tag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post7071621242985128097..comments2024-03-28T03:16:00.227-03:00Comments on Escreva Lola Escreva: GUEST POST: FILHOS, NÃO TÊ-LOS E NÃO SABÊ-LOSlola aronovichhttp://www.blogger.com/profile/10052573392567096050noreply@blogger.comBlogger103125tag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-44461788708486267192013-05-27T11:54:09.412-03:002013-05-27T11:54:09.412-03:00DW,
"É tudo muito ok, mas acho interessante a...DW,<br />"É tudo muito ok, mas acho interessante a decisão de se manter nisso que você chamou de luta, quando há um sem número de crianças cuja necessidade se encaixa perfeitamente nesse tal desejo de parentalidade."<br />Não é algo tão simples assim. Não se trata de economia. Não se trata de surplus aqui, escassez ali. Seres humanos são complexos e a decisão de ter ou não filhos é uma decisão complexa.<br />Pessoas são substituíveis? Tanto faz um como o outro? Se você quer uma criança, então toma aqui esta que já está pronta?<br />Não vejo confusão alguma na declaração da Adriana. O que ela disse foi "A adoção, no meu caso, não realiza o meu desejo de parentalidade."<br />O desejo de parentalidade pode para uma pessoa incluir um componente que, para outra pessoa, não inclui, como, por exemplo, o "desejo de engravidar/passar seus genes adiante/se reconhecer em outro ser".<br />Pode parecer egoísmo para você. E talvez seja egoísmo. E daí? Ser mãe não é, (nem deve ser!) em si um ato de caridade. Creio firmemente que não se deve ser mãe por pena. Por dó. Por responsabilidade social.<br />Como eu já disse, ninguém deve ser mãe a não ser que *queira* ser mãe E *queira* ter filhos. E se o seu desejo de ser mãe passa por ter *o seu próprio filho*, então "lute", como colocou a Adriana, para tê-los, se for o caso.<br />Essa decisão não é só a meu ver "interessante", como você disse, mas justa, pessoal e digna de respeito e aceitação, independentemente do tipo de programa de adoção existente onde se está.Letícia Penteadohttps://www.blogger.com/profile/06749449143074643586noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-7418016966611764172013-05-26T18:13:04.450-03:002013-05-26T18:13:04.450-03:00D.W. Obrigada por responder. Como eu disse eu gost...D.W. Obrigada por responder. Como eu disse eu gostei muito do post. Acho que há sim pessoas que têm filhos pelos motivos errados e aqui onde vivo a vida nos empurra mais para não ter filhos do que para ter. O projeto "adoção" foi muito ponderado por mim e por meu marido e não se trata só de estabelecer uma ligação por alguem que tem ou não tem os seus genes, infelizmente a questão no nosso caso é muito mais complexa porque aqui, onde vivo, a maior parte das crianças que estão para adoção foram retiradas dos pais por este ou aquele motivo e não foram abandonadas. ( eu repito, não foram abandonadas, foram retiradas das familias por decisão de um juiz) Ser alienado da sua família por problemas financeiros e (por vezes) como consequencia abusos de alcool e droga. Uma molestia social que, ao meu ver não se resolve dando as crianças a casais com mais condições de os criar. Esta é a realidade de onde vivo e eu me recuso a participar disto. Esta solução "perversa" a meu ver, não satisfaz o meu desejo de parentalidade e ponto final. Tentarei sim ter um filho e se ele não vier não serei menos mulher por isso.Adrianahttps://www.blogger.com/profile/02471663759769919772noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-63470293651860641842013-05-26T11:52:59.641-03:002013-05-26T11:52:59.641-03:00Adriana, acho que você está confundindo alhos com ...Adriana, acho que você está confundindo alhos com bugalhos: desejo de parentalidade e desejo de engravidar/passar seus genes adiante/se reconhecer em outro ser é outra coisa. Talvez por isso você ache que o seu "desejo de parentalidade" não seja realizado pela adoção. Cada um sabe de si: tem quem não queira ter filhos, tem quem os queira do jeito que for e tem aqueles que não se contentam em criá-los e amá-los sem tê-los gerado. É tudo muito ok, mas acho interessante a decisão de se manter nisso que você chamou de luta, quando há um sem número de crianças cuja necessidade se encaixa perfeitamente nesse tal desejo de parentalidade.D. W.https://www.blogger.com/profile/17755219499158289792noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-15243609599268624912013-05-26T07:21:13.832-03:002013-05-26T07:21:13.832-03:00Lola, Gostei muito deste post mas o final para mim...Lola, Gostei muito deste post mas o final para mim cheirou-me a chavão. Tenho 38 anos e ainda não sou mãe, mas quero ser. Como casal sofremos de infertilidade e ler palavras tão simplistas como " talvez o próximo Einstein esteja num orfanato a espera de ser adotado" Ou esta indignação por alguém querer um descendente dos seus próprios genes demonstra uma falta de tato com todos os casais que sofrem com este problema. A adoção, no meu caso, não realiza o meu desejo de parentalidade. Já foi uma questão proposta, pensada e repensada e para nós que vivemos em Portugal ( o que não torna fácil esta escolha)foi rejeitada enquanto houver opção de luta. Sim, há mulheres que querem ter filhos. E isto nada tem a ver com ser melhor que os outros ou merecer uma área VIP no paraíso.Adrianahttps://www.blogger.com/profile/02471663759769919772noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-16981301789085769712013-05-25T18:12:03.535-03:002013-05-25T18:12:03.535-03:00Ah, sim, Jane Doe!
Com certeza. A biologia triste ...Ah, sim, Jane Doe!<br />Com certeza. A biologia triste e equivocadamente acaba sendo a religião das pessoas que não usam a religião como argumento. Tão dogmático quanto...Letícia Penteadohttps://www.blogger.com/profile/06749449143074643586noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-64627159818258889232013-05-25T18:04:59.704-03:002013-05-25T18:04:59.704-03:00Não, Letícia, não foi...
Só aproveitei o "gan...Não, Letícia, não foi...<br />Só aproveitei o "gancho" já que o assunto surgiu.<br /><br />Falei sobre isso pois o determinismo biológico sempre foi, assim como a religião, uma arma poderosa de opressão. Afinal, quem pode discutir com deus ou a força da natureza?<br /><br />Jane Doehttps://www.blogger.com/profile/05956287341047592566noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-11868899250709055312013-05-25T17:42:12.076-03:002013-05-25T17:42:12.076-03:00Sobre a questão do dito instinto materno, a filóso...Sobre a questão do dito instinto materno, a filósofa Elisabeth Badinter tratou do tema em seu livro "Um amor conquistado - O mito do amor materno".<br />Segue um trecho da sinopse: "Observando-se a evolução das atitudes maternas, <br />verifica-se que o interesse e a dedicação à criança não existiram em todas as épocas e em todos os <br />meios sociais. As diferentes maneiras de expressar o amor vão do mais ao menos, passando pelo <br />nada, ou quase nada. O amor materno não constitui um sentimento inerente à condição de mulher, ele não é um determinismo, mas algo que se adquire. Tal como o vemos hoje, é produto da evolução social <br />desde princípios do século XIX, já que, como o exame dos dados históricos mostra, nos séculos <br />XVII e XVIII o próprio conceito do amor da mãe aos filhos era outro: as crianças eram <br />normalmente entregues, desde tenra idade, às amas, para que as criassem, e só voltavam ao lar <br />depois dos cinco anos. Dessa maneira, como todos os sentimentos humanos, ele varia de acordo <br />com as flutuações sócioeconômicas da história."<br />O livro está disponível para quem tiver interesse no seguinte link: http://www.fiocruz.br/redeblh/media/livrodigital%20(pdf)%20(rev).pdf<br /><br />Ximenahttps://www.blogger.com/profile/15412057619218729707noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-28974548700781214962013-05-25T17:40:24.822-03:002013-05-25T17:40:24.822-03:00Jane Doe, não sei se isso que você escreveu foi pa...Jane Doe, não sei se isso que você escreveu foi para mim; caso seja, por favor veja a minha resposta acima, para Roxy. Ninguém disse que "a natureza quer assim", ou qualquer coisa do gênero.<br />Minha colocação quanto ao instinto não foi só para mulheres e não se tratava da necessidade de ser mãe em si - estava restrita à questão do filho biológico. Divagando (divagando, não postulando, veja) sobre os possíveis motivos que levam uma pessoa a querer ter um filho biológico, ao invés de adotar uma criança.Letícia Penteadohttps://www.blogger.com/profile/06749449143074643586noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-84222473560349326592013-05-25T17:20:38.087-03:002013-05-25T17:20:38.087-03:00Roxy Carmichael disse...
"pra mim o grande po... Roxy Carmichael disse...<br />"pra mim o grande ponto é esse: será uma necessidade biológica, instintiva? eu nao saberia responder e tenho a impressão que pouca gente saberia (se é que saberia). só acho que instinto ou necessidade biológica nao sao expressões e conceitos adequados a essa situação, e na minha humilde opiniao deveriam ser citados com muitas reservas, já que se tornam infinitamente mais complicados se os relacionamos com o que entendemos como a divisão sexual do trabalho. e nesse sentido creio que nao vamos discordar, ja que temos uma historia de milhares de anos pra atestar isso. pergunto também como o instinto materno se articula com casos de mães que assassinam filhos ou que os abandonam, e eu já ouvi falar que lá no japão essa ocorrência tem sido um tanto quanto frequente."<br />Roxy, animais também matam (e muitas vezes comem suas crias). Só porque existe um instinto num sentido em uma espécie, isso não quer dizer que ele sempre se manifestará, em todos os indivíduos, etc.<br />O fato de sermos animais não nos restringe à nossa animalidade. Inclusive no que se refere à divisão sexual do trabalho. Por outro lado, não é por isso que podemos negar nossos instintos, ou a existência deles, etc. Isso é uma presunção que pode nos levar a racionalizar e recalcar muitas coias com que lidaríamos muito melhor abertamente.<br />Por isso, não tenho mesmo nenhuma reserva em citar esses instintos, porque é justamente compreendendo-os e seu relacionamento com a nossa cultura e a nossa razão que podemos melhor compreender o que se passa dentro da gente.<br />Claro que pode ter algum babaca machista que vai tirar as coisas do contexto - vive acontecendo, vide o que ocorre com as descobertas da neurologia. Mas eu prefiro lidar com a descontextualização depois do que ignorar a informação no agora.<br />Ressalto que não acho que nenhuma mulher seja incapaz de resistir ao impulso biológico de se reproduzir se, racionalmente, não quiser fazê-lo.<br />Minha colocação quanto ao instinto foi mais em relação ao desejo de se ter um filho biológico, de se repassar sua carga genética adiante. E foi mais uma divagação mesmo, como eu disse.<br />No mais, concordo plenamente.Letícia Penteadohttps://www.blogger.com/profile/06749449143074643586noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-40789842451274435902013-05-25T17:02:39.710-03:002013-05-25T17:02:39.710-03:00Sobre o "instinto materno", ou "ins...Sobre o "instinto materno", ou "instinto de reprodução" aqui tem um texto antigo com comentários (em inglês) escrito por MÃES que falam sobre como elas se sentem em relação a maternidade:<br /><br />Livre tradução de alguns trechos:<br /><br />"Eu descobri que estava grávida 2 meses depois da lua de mel. Eu também senti que não tinha outra escolha senão mantê-lo e eu estava infeliz com isso (...) Eu o amo, mas esse "instinto maternal natural" nunca apareceu(...)"<br /><br />"Eu me sinto tentada a ir embora. Tem dias que é tão difícil, mas tão difícil, muito pior do que eu jamais imaginei que fosse. Eu queria sair em uma estrada, entrar em uma rodovia e ir embora para nunca mais ser vista (...).<br /><br />(...) Eu procurei no google por "eu odeio ser mãe" e estou feliz por não estar sozinha. Sim, eu amo meus filhos, sim eles foram planejados (...) e não, ninguém pode te preparar para isso.<br /><br />fonte: <br />http://vomitcomit.wordpress.com/2007/03/26/i-cannot-handle-being-a-mother-anymore/ <br /><br />Não sei, posso estar redondamente enganada, mas se fosse assim tão natural e automático querer ter e amar os filhos não teriam tantas mães querendo correr deles! <br /><br />E falando em natureza - muitas fêmeas, mesmo em condição selvagem abandonam e matam seus filhotes. Nos animais, a maternidade também não é algo assim automático ou mágico. Muitas pesquisas feitas com animais domésticos mostram que o comportamento materno tem sim uma parte inata, mas há a parte fundamental do aprendizado. O laço mãe-filhote depende de uma série de fatores internos (fisiológicos) e ambientais. <br /><br />Acho que o ser humano complexo demais para se aplicar leis simplistas do tipo "a natureza quer assim". E mesmo que a natureza se aplique, não podemos esquecer que esta também é complexa e nem sempre exata,Jane Doehttps://www.blogger.com/profile/05956287341047592566noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-21785756185956188562013-05-25T15:06:50.135-03:002013-05-25T15:06:50.135-03:00pra mim o grande ponto é esse: será uma necessidad...pra mim o grande ponto é esse: será uma necessidade biológica, instintiva? eu nao saberia responder e tenho a impressão que pouca gente saberia (se é que saberia). só acho que instinto ou necessidade biológica nao sao expressões e conceitos adequados a essa situação, e na minha humilde opiniao deveriam ser citados com muitas reservas, já que se tornam infinitamente mais complicados se os relacionamos com o que entendemos como a divisão sexual do trabalho. e nesse sentido creio que nao vamos discordar, ja que temos uma historia de milhares de anos pra atestar isso. pergunto também como o instinto materno se articula com casos de mães que assassinam filhos ou que os abandonam, e eu já ouvi falar que lá no japão essa ocorrência tem sido um tanto quanto frequente. <br /><br />eu só acho que deveríamos ser mais criativos na forma como nos relacionamos e isso envolve ter ou nao uma relação, envolve ter ou nao filhos e penso que uma etapa fundamental é a reflexão acerca dos mandatos sociais. e isso nao me parece uma atitude diletante, e sim urgente, já que temos mulheres morrendo porque se supõe que uma mulher é no final das contas, uma incubadora. é urgente porque é um ultraje que uma mulher nao possa realizar uma cirurgia de laqueadura se nao tiver filhos. é como se dissessem: cumpra seu dever, e depois (só depois) sim, faz o que vc quiser. <br /><br />em relação a fetichização do filho biológico, não penso que se deva restringir ou diretamente proibir que casais recorram a ventres de aluguel em países do terceiro mundo (embora eu particularmente ache isso uma aberração), mas acho que se deva sim interrogar, debater qual a origem desse desejo de ter um filho com seus genes nessas condições (e até mesmo em outras condições). ou num caso ainda mais extremo, o que leva um casal que supostamente nao podia conceber uma criança, adote, para, depois de enfim conseguir conceber, devolver a criança adotada pro orfanato, situação que a leva ao suicídio? lembrando que a criança em questao tinha menos de dez anos e isso ocorreu na itália. eu tenho uma hipótese e tem a ver com o video que vi ontem, que a gaziela recomendou aqui, da psicologa no café filosófico: penso que sim, a maternidade/paternidade pode ser pensada atualmente na chave do consumo. que pessoas consomem essa idéia da familia margarina, assim como consomem a ideia de poder que um carro confere ao consumidor. digo que se resume a isso? definitivamente nao. mas é perpassada por isso? seguramente.Roxy Carmichaelhttps://www.blogger.com/profile/00187132015807534705noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-89774283234154973072013-05-25T14:46:21.961-03:002013-05-25T14:46:21.961-03:00Livia Siqueira
Por experiência próxima posso afir...Livia Siqueira<br /><br />Por experiência próxima posso afirmar qu essa lei não é respeitada,<br />pois tenho uma amiga com 27 anos e 3 filhos que tentou (e muito) fazer essa cirurgia pelo SUS e resposta era sempre que ela não atendia aos "critérios básico" para a realização da cirúrgia, que ela precisaria ser maior de 30 anos e ter no mínimo 6 filhos! Aliás não tevira ter "limite de filhos" pra fazer essa cirurgia, seja de 2 ou 6 pois é uma decisão SUA, não deveria ser necessário vc já ter tido filhos para ter o direito de escolher ligar as suas próprias trompas, isso é um absurdo!Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/06322508821395219244noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-26189885585741584752013-05-25T14:29:32.852-03:002013-05-25T14:29:32.852-03:00Roxy,
Creio que a discussão aqui tenha se envereda...Roxy,<br />Creio que a discussão aqui tenha se enveredado para o lado do querer ou não querer porque o seu post pareceu (a mim, pelo menos) se centrar na questão da mulher considerada como ser insuficiente quando sem marido ou filhos, etc.<br />Eu, de minha parte, acho vital destacar a importância e a responsabilidade da maternidade na formação de pessoas, não como motivo para que mais pessoas sejam mães sem o quererem, mas como motivo para que as pessoas que não querem ser mães JAMAIS sejam forçadas a sê-lo. E isso inclui, claro, isso que você está falando - infelizmente muita gente é obrigada a ter filhos que não queria (com muitas pessoas dizendo que ela "merece" isso, como se fosse um castigo pelo seu "descuido") ou obrigada a parar de ter filhos quando queria mais deles (porque, né, quem é miserável não pode procriar assim).<br />Já temos blogs de mães tratando da mãe como mulher (eu recomendo muito a Vila Mamífera nesse sentido), com tesão e tudo, não só como uma espécie de Virgem Maria. Tem um em particular que eu acho excelente, que é o MILF, no wordpress, lindamente escrito por uma pessoa linda. E feminista (assumidamente).<br />Sobre o "fetiche" do filho biológico... será que não estamos virando isso do lado do avesso? Será que não estamos interpretando uma "necessidade" instintiva, biológica como um processo psicológico? Até que ponto isso seria um narcisismo, como você colocou (não nego que seja, pelo menos em parte), e até que ponto seria um impulso natural de procriar, de reproduzir-se? É muito interessante pensar a respeito.<br />Não estou falando em termos do que deve ou não ser feito, ou do que é ou não certo, ou errado, do que é condenável. Estou divagando mesmo.<br />Quanto à utilização de mulheres carentes para a função de barriga de aluguel, acho essa questão tão complicada quanto à da prostituição.<br />Se por um lado temos mulheres sendo exploradas em virtude de uma necessidade que elas estão passando, por outro, creio que não podemos simplesmente impedir a prática, sob pena de estarmos incorrendo justamente no pecado que parecemos, todas condenar: querer determinar o que uma mulher pode ou não fazer com seu corpo. Além de dificultar o acesso da mulher que está envolvida nessas atividades à proteção contra eventuais abusos.<br />Enfim, ambos temas polêmicos dentro do feminismo. E muito interessantes de serem explorados.Letícia Penteadohttps://www.blogger.com/profile/06749449143074643586noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-29137208564377317912013-05-25T13:07:39.762-03:002013-05-25T13:07:39.762-03:00Oi, Fórmula de Bhaskara,
Não foi a minha intenção ...Oi, Fórmula de Bhaskara,<br />Não foi a minha intenção colocar a coisa em termos de quem está certa ou errada, desculpe se foi assim que pareceu.<br />Só o que eu quis foi, a partir do meu próprio exemplo, demonstrar que há mais em ser mãe do que o vemos nas nossas próprias mães ou mesmo em outras mães, entende?<br />Eu ainda hoje me surpreendo com o quão feliz eu (eu) me sinto sendo mãe. Eu, que durante tanto tempo nunca nem pensei que um dia iria querer filhos, que durante tanto tempo achei um absurdo uma mulher abandonar carreira e profissão para se dedicar à maternidade.<br />A minha sensação no começo era a mesma de quando você se descobre gostando de algo super mainstream (tipo, sei lá, Justin Bieber) muito contra a sua vontade, sabe? hahahaha<br />Claro que existe uma expectativa social em torno disso, claro que muitas vezes a mulher que não quer filhos ou não é casada é tida como incompleta e claro que isso é uma besteira sem tamanho, não discordo disso nem por um segundo.<br />Não estou aqui defendendo ser mãe, ou que isso é necessário para a realização da mulher, ou algo assim. Eu só me manifestei em relação ao seu comentário por conta do que eu disse - que me pareceu (peço desculpas se entendi errado) que o seu receio não era relacionado à maternidade, mas a tornar-se a sua mãe, o que, muitas vezes, é justamente o receio de muitas pessoas (de ambos os sexos) que não querem filhos.<br />Ao sentirem em suas próprias peles a frustração de seus pais e mães, gravaram para si mesmas que ter filhos é algo frustrante.<br />Eu cresci ouvindo que "filho é uma merda", que "faça um favor a si mesma e não tenha filhos", que "filhos estragam tudo". Não da minha mãe, mas do meu pai.<br />E durante muito tempo da minha vida, depois de crescer, amadurecer, etc., creio que me impedi de sequer cogitar a ideia de ter filhos, não porque de fato não os quisesse, mas porque não queria me tornar a pessoa que falava isso para um@ filh@. Era um bloqueio.<br />Meu caso, tá? Não estou falando que seja o seu, ou o de qualquer outra pessoa.<br />Eu entendo não querer ter filhos porque não se gosta de criança, porque não se quer colocar gente para sofrer no mundo, porque se prefere a vida sem filhos, porque não se tem vontade de tê-los. E não é que não entenda também não querer ter filhos para não se tornar como seus pais. É só que, em relação a este item em particular, trata-se de algo sobre o qual nós temos controle.<br />Foi só uma ressalva que eu quis fazer em relação ao que eu li no que você escreveu.<br />Sobre a perguntinha de elevador, a questão para mim não é tanto da expectativa - é a falta de noção mesmo. De bom-senso.<br />Que nem chegar para uma mulher aparentemente grávida e perguntar de quantos meses ela está. E se ela não estiver grávida?<br />Que nem chegar para uma pessoa que estava com um parente no hospital e perguntar como ele está. E se ele morreu e a pessoa está evitando o assunto?<br />Acho que você está certíssima quanto ao "padrão" e tal. Só acho que, nesses casos, a escrotidão é inescusável porque é muita falta de... bom-senso mesmo. De sensibilidade, de consideração.<br />Ah, e, a propósito (e off-topic), eu também tenho muita dificuldade com essa questão de escrever sem gênero. Muito tempo escrevendo com ele. Sempre achei besta, tudo no masculino, mas, enfim. E tenho muita dificuldade em escrever algo que não é legível. Não sei se você também encontra esse problema. Acho que já vi mais alguém reclamar disso por aqui.Letícia Penteadohttps://www.blogger.com/profile/06749449143074643586noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-20309778547245747052013-05-25T11:50:34.763-03:002013-05-25T11:50:34.763-03:00Minha "querida" mãe deveria ler este pos...Minha "querida" mãe deveria ler este post mesmo que ela não quisesse entender ou não entendesse. Ela nunca deveria ter tido filhos pois ela não gosta de crianças, detesta o "trabalho de ser mãe" e não tem mesmo "vocação" pra maternidade. E eu, por ter sido "criada" por ela, e por assistir um pouco da vida das minhas amigas com seus filhos, prefiro não ter filhos. Deuls me livre. É trabalho, é limitação, é estresse, é medo e etc Não, obrigada. E depois, ainda, quando estão maiores, ficam terríveis com os pais. Já pensei várias vezes se eu queria ser mãe, se eu aguentaria, se me sentiria feliz ao ser mãe. Sempre a resposta é NÃO. Acabaria culpando a criança por não ter a vida que tinha antes dela nascer. Ela não mereceria isso. L. G. Alveshttps://www.blogger.com/profile/12158324731880800536noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-81417468239238165352013-05-25T01:34:43.103-03:002013-05-25T01:34:43.103-03:00Ah sim, esqueci de dizer, se vc tem mais de 2 filh...Ah sim, esqueci de dizer, se vc tem mais de 2 filhos, como eu, vai ouvir frequentemente: nooooossa você planejou? Não tem tv em casa??? É impossível agradar a sociedade ;-)Renata Vellosohttps://www.blogger.com/profile/06614692496358407159noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-43292763647979092452013-05-25T01:28:20.833-03:002013-05-25T01:28:20.833-03:00Rafa,
Eu não quis comparar mãe com trabalho. Mas a...Rafa,<br />Eu não quis comparar mãe com trabalho. Mas assim dizer que como existe a pergunta "vc não é mãe?" , tb existe a pergunta 'vc é só mãe?" E o fato é que estamos sempre no tronco. Se vc está solteira questionam se não tem namorado, se tem namorado, qd vai casar, se casou qd vai ter filho, se tem um filho qd vai ter outro pq filho único é triste e mimado, ai vc tem 2. Vc acha que a sociedade alivia o preconceito e a vontade de se meter na sua vida? Óbvio que não! <br /><br />Primeiro porque mesmo sendo mãe vc continua tendo que estar gostosa, depilada, com as unhas feitas, sexualmente disposta, ser boa dona de cada, ter uma carreira bem sucedida e óbvio ser boa mãe. Ser boa mãe é bastante subjetivo, então vão questionar se vc teve parto normal ou cesárea, se amamentou ou não, se bate ou não bate no seu filho, e claro qualquer coisa errada que ele fizer vai ser culpa sua.! <br /><br />Então já que estamos todas sendo julgadas o tempo todo já ajudaria bem se parássemos de julgar umas as outras. Se a mulher decide ter filhos biológicos, adotar um recém nascido parecido com ela ou uma criança órfã no Camboja, ou chamar seus gatos de filhos, problema dela. Cabe as outras mulheres apoiarem e aceitarem essas escolhas.<br /><br />Renata Vellosohttps://www.blogger.com/profile/06614692496358407159noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-10385575564775285612013-05-25T00:54:02.553-03:002013-05-25T00:54:02.553-03:00Oi Letícia Penteado,
Maternidade, como qualquer gr...Oi Letícia Penteado,<br />Maternidade, como qualquer grande empreitada, tem seus prós e contras, de repente eu vi o lado ruim e você se concentrou mais no lado bom, cada uma com as suas experiências e nenhuma está errada. Mas o que eu acho sempre válido questionar é não limitar a felicidade das mulheres à ser mãe e ter marido,buscar outras alternativas de educação às crianças, quem for mãe ou educador@ que seja capaz de mostras às crianças que não precisamos seguir estereótipos para sermos complet@s. Também sinto o incômodo de algum@s comentaristas quanto à perguntas comuns quanto à família, na maioria das vezes quem faz estas perguntas não está sendo escrot@ de propósito, mas apenas cumprindo um papel que já está consolidado em nossas mentes e condutas, por exemplo: não é natural pra mim escrever em gênero neutro (usando @ e x), o que me obriga a revisar diversas vezes meu texto, da mesma forma, nos contatos sociais para "quebrar o gelo" as perguntas pessoais presumem que tod@s estão no padrão hetero, branco e queiram ter filh@s.Fórmula de Bhaskarahttps://www.blogger.com/profile/16439048278792988235noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-78885564322113789332013-05-24T22:36:46.557-03:002013-05-24T22:36:46.557-03:00Tenho um filho de três anos e vejo muitas crianças...Tenho um filho de três anos e vejo muitas crianças na idade dele muito carentes de amor, de carinho, de atenção e de cuidado, mesmo vivendo num ambiente classe média. Acho que muitas pessoas não se dão conta de que não queriam ter filhos. Para as mulheres brasileiras, ser mãe tb é questão de status. <br /><br />Por outro lado, acho que existe uma luz no fim do túnel. Os pais estão mais participantes e há muito mais mulheres conscientes e feministas do que no passado. <br /><br />Acho que o único pecado desse post foi ser um pouco pessimista...<br /><br />Em tempo: nos primeiros quinze dias, pensei que ia morrer e até o fim do primeiro ano (período da amamentação) minha felicidade materna vinha junto com uma tristeza enorme. Essa fase passou e acho que amar uma criança é uma grande oportunidade que homens e mulheres têm para se tornar pessoas melhores (ou piores, se maltratarem essas coisinhas fofuxas).<br />Tatiana Learthhttps://www.blogger.com/profile/16375631971270825089noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-21749858955649924272013-05-24T21:46:51.997-03:002013-05-24T21:46:51.997-03:00Mas sempre é bom pautar mesmo q off topic esse ass...Mas sempre é bom pautar mesmo q off topic esse assunto de nao trabalhar fora,quem sabe sai um postAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-90987552046903196102013-05-24T21:45:02.083-03:002013-05-24T21:45:02.083-03:00Exatamente Roxy,o abismo é grande,o ser mae é mais...Exatamente Roxy,o abismo é grande,o ser mae é mais superestimado,sem duvida.<br /><br />Enquanto a ultima comentarista olha quanto a trabalha,sim existe mae que trabalha se somando com as casadas e maes solteiras dar um numero mairor, nos estamos aqui falando de maes e nao de trabalho.sorry.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-24889333184852479552013-05-24T20:18:59.488-03:002013-05-24T20:18:59.488-03:00A mulher é julgada sempre independente das suas es...A mulher é julgada sempre independente das suas escolhas, isso é fato. Mas não acho que a mulher que não queira ter filhos é mais julgada do que a que quer, tudo isso depende da circunstância.<br /><br />Vamos pensar numa entrevista de emprego. O entrevistadxr pergunta: o que você planeja para o futuro. A a mulher responde: "ah meu sonho é ser mãe e ter pelo menos 3 filhos", e outra responde "ah eu quero me dedicar a minha carreira, aprender, viajar". Quem vai ser melhor vista?<br /><br />Quando uma mulher inteligente, estudada, chega numa roda de amigas, ou em qualquer lugar na sociedade e diz que decidiu que quer ser mãe período integral, que é disso que ela gosta, é isso que a deixa realizada, quantas pessoas não torcem o nariz? Quantas não julgam? Você acha que a pergunta "ah você não vai ter filhos" é tão mais frequente do que "ah, você não trabalha?"<br /><br />Uma mulher pode trabalhar mil vezes mais duro em casa cuidando dos filhos e mesmo assim vai ser sempre vista como a madame, ou como a inútil, ou como a coitadinha. <br /><br />Então no fundo estamos toda no mesmo barco já que o preconceito rola solto em relação as mulheres, meio que sempre. Claro que se for negra, pobre, homosexual é pior, mas não vejo a não-mãe numa situação pior do que a mãe.Renata Vellosohttps://www.blogger.com/profile/06614692496358407159noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-85120626720458336472013-05-24T19:31:14.504-03:002013-05-24T19:31:14.504-03:00lola, que surpresa, faz um tempo que nao comento a...lola, que surpresa, faz um tempo que nao comento aqui por causa da correria (a mesma correria que me impediu de reduzir um pouco o texto). muito obrigada pelo espaço! <br /><br />como eu sou uma das comentaristas mais pentelhas aqui, vou comentar meu próprio guest post, hahaha<br />queridas e queridos<br />sinto informar mas a questão não se resume a querer ter filhos, que tenha, nao querer ter filhos, que nao tenha. essa lógica se assemelha muito à lógica do suposto combate ao racismo que prega nao se referir às pessoas a partir da raça, como se nao soubéssemos muito bem, qual a cor da pele de quem é preterido em entrevistas de emprego, de quem é revistado pela polícia sem motivo aparente, enfim, tudo aquilo que nós sabemos.<br />a maternidade nao se resume a querer/nao querer, existe uma desigualdade gritante em letreiros de neon vermelho e isso é atestado pelo nosso sistema legal e jurídico que impõe leis bem restritivas ao direito da mulher sobre o proprio corpo, no que concerne à reprodução. falo do aborto, obviamente e do que ja comentaram aqui, ou seja, as restrições absurdas às mulheres que querem realizar uma cirurgia de laqueadura. falo também da licença paternidade de uma semana? quinze dias? ouvi dizer que no méxico é de um dia, me corrijam se eu estiver enganada. <br /><br />o outro ponto não é somente reclamar ou ignorar o comentário do papagaio da tia da vizinha da avó que vc precisa ter filhos, ou vai se arrepender amargamente de nao ter tido. mas sim, a identidade feminina ser fundada na oposição entre a mãe e a puta. da puta, falamos muito ultimamente, pro bem e pro mal, e tá aí a marcha das vadias que nao me deixa mentir. mas ainda é um grande tabu falar da mãe (falar que ser mãe é padecer no paraíso e escrever textos elogiosos no dia das mães, nao é falar da mãe!) e especialmente, do DESEJO da mãe, do erotismo da mãe.<br /><br />por fim, nao prego uma defesa irreflexiva da adoção em detrimento de uma gravidez. o que tento mostrar é como essa história do filho biológico é fetichizada. basta ver qualquer reportagem sobre celebridade e a distinção que a mídia (e a sociedade) faz entre os filhos biológicos e os filhos adotivos. eu só nao acho que deveria haver essa distinção. é filho e ponto. o mais interessante é que geralmente a adoção só é protagonista quando os pro-vida querem obrigar mulheres que nao quererm filhos a parirem, aí sim, ela aparece como um milagre, que tem pouco, ou nada a ver com a nossa realidade em que as crianças mofam em orfanatos (com exceção claro, das recém nascidas brancas). e o fetichismo do filho biológico chega ao ponto de converter a índia no paraíso dos ventres de aluguel. aliás esse é um grande filão do turismo lá por aquelas bandas, funciona assim: as mulheres pobres gestam os filhos dos casais ricos, e durante nove meses sao super bem cuidadas em clínicas caríssimas (muito mais eficientes e rentáveis do que as clínicas e hospitais destinadas a tratar a população local), depois sao abandonadas à própria sorte, enquanto os casais heteros ou gays voltam pros states ou pra europa com um filhote que é a carinha deles! entao eu acho sim que se deve questionar o "direito" à reprodução.<br /><br />concordo muito com uma comentarista que disse que no fundo existe essa ideia latente de que a mulher é incompleta e precisa de marido e filhos. e acho que isso é bastante evidente na nossa sociedade, vide pesquisa feita pela miriam, citada no texto, onde ela cunhou a expressão "capital marital".Roxy Carmichaelhttps://www.blogger.com/profile/00187132015807534705noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-6132451118561099402013-05-24T19:22:23.374-03:002013-05-24T19:22:23.374-03:00Tô fora... Eu vou é cuidar de mim,não quero botar ...Tô fora... Eu vou é cuidar de mim,não quero botar mais uma alma nesse mundo pra ele passar coisas que eu passei.Se for menina então...Vish.Não,não. SOU LIVRE \o/<br />Livre como o vento,posso ir para qualquer direção,mas digo que GRAVIDEZ HOJE não é a minha intenção.Sou uma mulher feliz,tenho um bom dinheiro comigo,um bom namorado ao meu lado e muita liberdade para desfrutar. Sinto que eu tirei um pouco disso dos meus pais,mesmo que não fosse culpa minha. Gastaram muito no meu nascimento,na minha criação e eu Sou Grata,eternamente. Mas tenho o direito de usufruir da vida que meus pais me deram sem filhos. Amém,que assim seja. E se eu quiser ter um filho,de coração,que Ele venha.Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/08587774069681502097noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-54528513276794906012013-05-24T18:16:49.701-03:002013-05-24T18:16:49.701-03:00O que mais me incomoda, é que muitas vezes a cobra...O que mais me incomoda, é que muitas vezes a cobrança pra casar e ter filhos (afinal parece que um sem o outro não vale muito pra nossa sociedade hipócrita) vem exatamente de quem mais passa o tempo reclamando do casamento, do marido, dos filhos.<br />É muito estranho.<br />Acho que quem é feliz de verdade não precisa ficar cobrando do mundo à sua volta que todos façam exatamente como eles.<br />As vezes fica parecendo que só querem que todo mundo siga o mesmo caminho só pra convencerem a si mesmos que fizeram o certo, que esse é o mesmo o único caminho, que não existe outra opção viável. Como se outro estilo de vida ser visto como bom fosse uma ofensa ao estilo de vida deles. <br />Eu não quero ter filhos. Pelo menos não nesse modelo atual onde tudo recai sobre as costas da mãe, onde sofrer, viver cansada, estressada, por suas vontades sempre em último lugar é tido como bonito, normal e se você tem "apoio" como o vindo de creches, babás, avós e do próprio pai, ainda é criticada.<br />Acho que nossa sociedade é muito cruel com as mães, só finge bajular pra que as coisas permaneçam exatamente como estão.Elaine Cris https://www.blogger.com/profile/07535155302715082439noreply@blogger.com