segunda-feira, 23 de novembro de 2020

É ASSIM QUE VOCÊ SE TORNA BRANCO

No início da apuração das eleições americanas (já acabou?), havia muita gente reclamando de que várias pessoas não brancas nos EUA votaram no Trump, um racista bastante assumido apoiado por supremacistas brancos. 

Um leitor antigo e querido, o Koppe, me chamou a atenção para esta didática e inteligente thread do jornalista Michael Harriot. Amei, aprendi demais com o fio (é verdade que irlandeses e italianos demoraram um tempão pra serem vistos como brancos nos EUA -- a gente vê isso nos filmes), e pedi pro Koppe traduzir. Aqui está (obrigada, Koppezinho!). Aprenda você também: 

Muito da raiva contra grupos não-brancos votando em um supremacista branco vem do fato das pessoas não entenderem uma verdade histórica: É ASSIM QUE VOCÊ SE TORNA BRANCO!

Antes de mais nada, vamos concordar que esse conceito de "branquitude" é feito por racistas. Não é baseado em ciência ou mesmo em lógica. Por exemplo, durante grande parte da história americana, irlandeses não eram considerados brancos, apesar de serem um dos povos mais brancos do planeta.

Irlandeses não foram escravos, mas ingleses e escoceses os consideravam "algo muito próximo de negros" e "chimpanzés humanos". Você sabe qual a distância entre a Inglaterra/ Escócia e a Irlanda? 30 quilômetros! É como se os negros do Brooklyn falassem merda sobre o povo do Queens.

Foi só depois da liberação dos escravos que os irlandeses subiram na escada social. Um documento dos democratas de 1864 dizia: "Temos fortes razões para acreditar que o primeiro movimento de miscigenação deste país será entre irlandeses e negros".

Os irlandeses eram considerados atléticos, fortes e preguiçosos. Eles podiam ser bons em dança. E mais: geravam excelentes boxeadores. Onde você já viu essas descrições antes?

Então, como os irlandeses viraram brancos? Bem, foi basicamente se organizando em gangues.

Em muitas cidades por todo o país, irlandeses não podiam viver junto com os brancos. Mas quando negros se mudaram em massa para cidades como Nova York e Chicago durante a Grande Migração, pessoas negras começaram a competir por seus empregos e suas casas, então eles formaram gangues. E logo as gangues ganharam poder na política.

Por exemplo, Richard Daley, de Chicago, era membro dos Hamburgs, uma das gangues responsáveis pelo protesto de Chicago de 1919. Daley nunca admitiu esse envolvimento, mas curiosamente ele foi eleito presidente dos Hamburgs logo depois. Então ele se elegeu prefeito.

Quando essas gangues ganharam poder na política local, deram aos seus membros cargos municipais, como oficiais de polícia e bombeiros. E nessas posições, eles passaram a oprimir os negros. Não só usaram seus cargos para reforçar a supremacia branca, como fizeram isso com a explícita intenção de abrir espaço para si mesmos.

Em Filadélfia, William "Bull" McMullen, líder dos "Killers", matou um homem e entrou no exército para escapar da condenação (irônico, não?). Quando voltou, ele tornou-se uma liderança do Partido Democrata, organizou a comunidade para apoiar o prefeito, se elegeu vereador e tornou o efetivo da polícia 76% irlandês.

Mesma coisa em Nova York. Em 1855, gangues irlandesas ajudaram a eleger o prefeito Fernando Wood. Seu primeiro ato foi contratar 246 novos policiais, metade deles irlandeses. Em 1860, 75% do departamento de bombeiros era irlandês.

Como bombeiros e policiais não podiam beber em público, eles se encontravam em bares. E como eles frequentavam pubs que pertenciam a gangsters irlandeses, eles se uniram e conectaram políticos ao crime organizado. Eles até escreviam as leis de zoneamento e permissões das ruas.

Eles passaram a ter até mesmo ruas onde podiam se embebedar sem ter problemas. Brancos não podiam fazer isso. Bem, talvez eles pudessem, uma vez por ano. Talvez em um feriado ou algo assim. Por isso algumas cidades faziam festas regadas a bebida no dia de São Patrício. Quem marchava nas paradas desse dia? Policiais e bombeiros. E foi assim que eles viraram brancos.

Sabe quem mais era bom em boxe, dança, música e gangues?

Quando os italianos migraram para os Estados Unidos no final do século 19, eram bons artistas, atletas e trabalhadores braçais. Mas ninguém queria viver perto deles, eram considerados sujos. E tinham fama de criminosos.

Mas eles se uniram. E isso aumentou ainda mais a suspeita sobre eles. As pessoas acreditavam que todo italiano era membro da máfia ou envolvido em conspirações para derrubar o governo. Em 1891, uma multidão linchou 11 italianos absolvidos pela morte de um policial de Nova Orleans.

O sentimento anti-italiano ajudou na ascensão da KKK no começo do século 20, além do "movimento nativista" (que dizia que pessoas de certas religiões ou nacionalidades não eram aptas a se tornar-se verdadeiros americanos). O Ato de Origens Nacionais de 1924 reduziu a imigração italiana em 98%. Durante a Grande Migração, para os considerados brancos, não havia diferença entre negros e italianos.

Após a Grande Depressão, o governo fomentou a concessão de empréstimos para todos, exceto negros. Mas o governo não considerava italianos como brancos, então você morar em uma vizinhança negra ou italiana era a mesma coisa. Eles podiam até frequentar as suas escolas.

"Suas escolas"? Sim, até a década de 1940, documentos de naturalização listavam "italiano" como uma raça separada de "branco".

Então como eles se tornaram brancos? Supremacia branca. Italianos praticaram as leis Jim Crow até mais do que os brancos, e votavam apenas em políticos que apoiavam as leis Jim Crow.

Lembram de como os japoneses americanos foram perseguidos após Pearl Harbor? Bem, o mesmo aconteceu com os italianos. Roosevelt declarou os ítalo-americanos como "combatentes inimigos". Mas depois que já tinham deslocado uns 10 mil deles, a situação era: "Droga, temos demais desses filhos da mãe!"

Então os ítalo-americanos aceitaram lutar na Segunda Guerra Mundial. Alguns diziam abertamente que queriam mudar a percepção negativa sobre eles. E depois?

Quando eles voltaram, eles eram brancos! Passaram a se recusar a viver nos mesmos bairros e colocar suas crianças nas mesmas escolas que os negros. Em 1947, estudantes italianos de Chicago fizeram uma passeata porque "tem muitos negros em nossa escola". O problema foi resolvido em menos de uma semana, depois que dez crianças negras morreram quando um incendiário colocou fogo no prédio.

Para se proteger, jovens negros formaram suas próprias gangues inspirados nas dos irlandeses e italianos. Mas nessa altura os italianos já haviam expulsado os negros de suas vizinhanças.

Então, para onde os negros foram? Bem, em 1941 a cidade de Chicago decidiu dar moradias. Mas claro, não para os negros. Em vez disso, juntaram a população negra em conjuntos habitacionais de baixo custo, demolindo as antigas vizinhanças negras para criar bairros italianos e judeus. Isso foi visto como um sucesso e várias cidades pelo país fizeram o mesmo.

Mas havia um problema. Lembram da "linha de corte" que impedia os bancos de oferecerem empréstimos em lugares onde negros viviam? Como eles poderiam recusar empréstimos para esses bravos italianos veteranos de guerra? (Fizeram isso com veteranos negros, óbvio). Essas pessoas haviam lutado na guerra, e haviam "limpado" suas vizinhanças! Eles haviam ajudado a excluir os negros e votado em seus opressores!

E voilá, italianos passaram a ser brancos!

Imigrantes judeus seguiram o mesmo modelo. Assim como os poloneses "étnicos". É na verdade uma tradição americana.

Agora, deixe-me fazer uma pergunta séria, e prometa que vai responder sem procurar no Google: o que é "hispânico"? É sério. Você sabe?

Porto Rico tem sido parte dos Estados Unidos por 100 anos. São "hispânicos" só por viverem em uma ilha do Caribe? E por que haitianos são considerados negros, e dominicanos são hispânicos, se os dois grupos vêm da mesma ilha?

Por que você é um "nativo americano" se nasceu de um lado do Rio Grande, mas é um "hispânico mexicano" se nasceu do outro lado? É a linguagem? E por que as pessoas que vêm da própria Espanha não são consideradas hispânicas?

E mais, por que cubanos são considerados hispânicos? Quando a Espanha colonizou Cuba, os povos nativos Taino foram exterminados. De fato, muitos cubanos têm ascendência mais europeia do que muitos americanos brancos.

O QUE DIABOS É SER HISPÂNICO, AFINAL?

Eu digo o que é: é mais uma bobagem artificialmente construída. Mas os brancos continuam criando políticas com medo de que este país deixe de ser majoritariamente branco. É por isso que eles enjaulam crianças mexicanas. É por isso que eles querem que você "fale americano!"

A verdade é: aqueles que fazem as leis garantem que este sempre será um país branco, porque criam um caminho para se tornar um "verdadeiro americano". E este caminho é pavimentado com o sangue e os ossos de pessoas negras.

Você não precisa entrar em um clube ou pagar uma taxa de inscrição para se tornar branco(a). Branquitude nos Estados Unidos da América é sobre chutar pessoas negras no rosto. Mas eles não fazem isso porque nos odeiam. Nós somos um exemplo. Quando colocam um alvo em nós, eles dizem: "Ah, vocês querem ser VERDADEIROS americanos? Bem, mostrem o quão forte vocês podem chutar!" E na terça-feira [dia da eleição], todas essas "pessoas de cor" estão respondendo: "assim é forte o suficiente?"

18 comentários:

Alan Alriga disse...

Outro exemplo de racismo de branco contra outros brancos, é em alguns países europeus, onde brancos de países do Leste Europeu, Rússia, Israel*, Arábia Saudita, Brasil**, e outros países onde a maioria da população é branca, sofrem racismo por não serem tecnicamente brancos, por mais brancos que eles sejam.

*Judeus sofrem racismo por parte de TODAS AS ETNIAS DO MUNDO, independente do país em que estejam, e isso faz com que alguns judeus sejam extremamente racistas, exemplo: Trump.

**Um fato curioso é se você fala português BR, você automaticamente não é branco em vários países mesmo que os seus pais sejam brancos de outros países brancos como EUA, Alemanha, França, Portugal e Inglaterra. E digo isso porque têm vídeos tanto no YouTube quanto Facebook, Instagram, etc... Mostrando desabafos racistas de crianças brancas nascidas no Brasil de país gringos que, falando que seus parentes brancos chamam elas de brasileiros ou hispânicos com um tom de voz de asco, ou falando que eles não hablam espanhol; e as crianças aos choros explicando que elas não são macacos brasileiros, falando que são brancos de verdade e não "falsos" como os macacos de terceiro mundo, e por aí vai. Mas como as diretrizes das plataformas não deixam que o Link seja compartilhado como no caso do YouTube, onde o botão de compartilhar some, e nas outras a postagem fica invisível para outras pessoas caso se compartilhado dentro da própria plataforma, ou simplesmente censurado que é o correto pouco depois de ser postado, faz que a enorme maioria desses vídeos não se expalhem pela internet.

Anônimo disse...

"chimpanzés humanos" é uma expressão que descreve muito bem os homens.

Como já disse Solanas sobre os preconceitos raciais, étnicos, religiosos, etc. :

O macho necessita de bodes expiatórios sobre os quais possa projetar seus defeitos e incapacidades, e sobre os quais possa aliviar suas frustrações por não ser fêmea.

(...)

O macho vive corroído pela tensão, pela frustração de não ser uma fêmea, de não ser capaz de alcançar qualquer tipo de satisfação ou prazer positivo; vive corroído pelo ódio: não o ódio racional dirigido contra quem te insulta ou quem abusa de ti, mas o ódio irracional, indiscriminado... ódio, no fundo, contra seu próprio ser desprezível.

A violência gratuita, além de “provar” que ele é um “Homem”, lhe serve como válvula de escape para seu ódio e, inclusive – como o macho só é capaz de respostas sexuais e necessita de estímulos muito fortes para excitar seu ser meio morto –, lhe proporciona um pouco de excitação sexual.

Anônimo disse...

Ele confunde e mistura (acredito que propositalmente) ser branco com ter poder e dominar. Nessa mesma lógica ser negro é não ter poder e ser dominado. Pessoas negras seriam então eternas vítimas subjugadas e subordinadas se não "se tornarem brancos" ?

Anônimo disse...

Teorias e ideologias que afirmam abertamente ou mais sutilmente que tudo que é relevante é puramente "construção social" negam, distorcem e deturpam a realidade material e acabam por favorecer os preconceitos, fortalecendo e dando mais armas e munições aos dominadores e preconceituosos, pois elas são tão auto contraditórias, ilógicas, pseudocientíficas e subestimam a própria luta e seus inimigos, ao mesmo tempo que trabalham para deixar as pessoas mais enganadas, iludidas, deslumbradas e mais longe da verdade e dos fatos por meio de toda a sofisticação e divagações existentes nessas teorias que no fim das contas afirmam que nada tem bases concretas, sólidas, reais, físicas, biológicas, materiais, palpáveis, tudo é imaginação e invenção humana, tudo é construído socialmente e pode ser "desconstruído" e todo mundo pode ser ou se tornar qualquer coisa que quiser, basta acreditar - e agir fazendo parte do jogo de manutenção do poder de forma "satisfatória".

titia disse...

Basicamente, então, é o velho ditado "Se não pode vencê-los, junte-se a eles". Como quando alguém sofre bullying na escola e, pra se livrar da perseguição, faz bullying com outras pessoas perseguidas pra passar de agredido e agressor. Marmanjos de 50 e muitos anos, com cargos públicos e poder político e financeiro agindo como pré-adolescentes do fundamental.

Aí quando eu digo que macho e branco tem que calar a boca e crescer, a intoletante sou eu...

Anônimo disse...

Não é que esses grupos - irlandeses e italianos - claramente brancos - pun intended - não eram brancos antes de subirem degraus da hierarquia social americana. Eles eram brancos, sabiam que eram brancos e os outros também sabiam, tanto que é notável que não tiveram maiores dificuldades de sair da posição inferior em que se situavam anteriormente, não tiveram que sofrer séculos de escravidão baseada em raça e mais outras décadas de subjugação subsequente a essa escravidão. Eles estavam abaixo na pirâmide da hierarquia social dos Estados Unidos não porque "não eram brancos", mas sim por outros motivos. A discriminação racial não é a única que existe no mundo, sabe? Tem também a étnica, a regional, a de nacionalidades, a econômica, a sexual, a educativa, a profissional, a do conhecimento, a dos diplomas, a da fama/notoriedade, a de influência, a do prestígio, a...

Anônimo disse...

Não aguento mais minha vida, Lola. Não tenho mais ânimo pra porra nenhuma. Nem mais te odiar eu estou conseguindo. Só continuo vivendo por não ser corajoso o suficiente pra me matar. Se eu fosse pra Fortaleza, você me receberia em sua casa? Só pra conversar. Por favor, estou sendo sincero. Eu não gosto de você, mas acho que você é a pessoa mais íntima que tenho, a minha família me despreza. Por favor, Lola, me responda.

Anônimo disse...

Se mata ninguém se importa com vc e a lola não vai te receber em casa mascu

Anônimo disse...

Vc acha que engana a lola ? eu entrei no dogolochan. e sei que vcs estao planejando algo com a lola eu sei que vc é da turma do emerson.

titia disse...

11:40 você precisa procurar ajuda médica. Procure um psiquiatra pois você pode estar com depressão, e essa doença precisa de tratamento medicamentoso. Se for diagnosticado com depressão, você precisará tomar direitinho seus remédios e fazer terapia, o que ajuda muito a gente a se livrar das coisas que nos fazem mal e encontrar nosso caminho. Falo por experiência própria, nunca precisei de medicação mas de terapia já precisei, e faz um bem danado. Mesmo que a princípio a terapia mexa em coisas que a gente quer deixar pra lá porque causam muita dor, no final você vai ficar contente por ter tratado daquilo. Vai lá, cara, cuide-se bem.

Anônimo disse...

Se estão planejando algo contra a Lola, eu não sei. Não frequento mais fóruns anônimos desde o início do ano. Se quiser ir lá ver se há alguém comentando sobre o que eu digo, pode ir. Estou sendo sincero com a Lola, uma pessoa que eu odeio, mas a única pelo qual tenho algum sentimento que não seja indiferença.

Anônimo disse...

E não acredito em psiquiatras e psicólogos. Já frequentei vários. Nenhum me ajudou, só pioraram a situação. Enfim, se não quiser aceitar, é só responder, Dolores.

Anônimo disse...

Se não aceitar, pergunte ao Silvinho se pelo menos ele aceitaria tomar uma cerveja comigo aí em Fortaleza. Eu realmente preciso disso pra não surtar de vez, Lola. Se não quiser que eu vá pra Fortaleza com outros objetivos... Estarei esperando a SUA resposta. Também não vejo motivos pra mandar meu texto em seu twitter. Eu chego com educação e você me trata assim? Mas não interessa, meu convite ainda está de pé. Fique em paz por enquanto, Dolores.

Anônimo disse...

Deixa a Lola em paz, seu doente grudento abusivo chantagista, ela nem te conhece e não tem nada a ver com você e com teus problemas, vai te tratar!

Vamos voltar ao assunto do post e ignorar esse mascu, gente...

Alan Alriga disse...

Amém

Anônimo disse...

Como se tornar um voto em branco:
https://www.redebrasilatual.com.br/politica/2020/11/tse-supercomputador-eua-especialista/

Anônimo disse...

Se o mascu ali tivesse realmente frequentado "vários psiquiatras e psicólogos", como afirma, teria sido informado por algum deles que é bem comum uma certa piora no início do tratamento; e se tivesse realmente frequentado "vários psiquiatras e psicólogos", certamente teria comentado com eles que a situação piorou com o tratamento e eles o teriam orientado ou mudado a terapia.
Se liguem, essas bravatas de vocês não funcionam mais. Vocês são criminosos doentes, isso é o que são. Basta uma olhada no /pol/ do 55chan e qualquer pessoa sã de consciência fica de estômago revirado com o grau de absurdo dos comentários racistas sobre o caso do Carrefour. Isso só pra citar um dos seus sites odiosos e pra citar apenas um dos assuntos comentados. Seha 55chan, Reinchan, Endchan ou o que for só se vê ódio, misoginia, racismo, antissemitismo, homofobia, neonazismo... Sério, não consigo acreditar como as autoridades deixam isso impune, porque falta de denúncia (ao menos da minha parte) não é.
Portanto, mascu, volte pro seu asqueroso recinto e diga pros seus amigos "anões" que é melhor tomarem vergonha na cara e virarem gente decente ou procurar ajuda profissional pra tratar com a psicopatia antisocial de vocês.

Anônimo disse...

Por favor, Trump não é judeu! Esse fato não anula que haja judeus racistas ou preconceituosos (por diversas causas históricas), mas atenhamo-nos aos fatos: Trump não é judeu.



Nana Moods