sexta-feira, 5 de outubro de 2018

FAÇA UMA LIMONADA

 Eu, Axé me beijando, e Camila

Anteontem publiquei um direito de resposta aqui no blog. Por orientação das minhas advogadas, não escrevi nada no post, nem aceitei comentários (que foram bem pouquinhos; parece que ninguém ligou muito, o que eu acho compreensível, em tempos de eleições).
Como sempre mantenho a transparência com vocês, gostaria de explicar. Falei pouco sobre isso no Twitter, e nada aqui no blog.
Dia 26 de setembro, ou seja, na penúltima quarta, tive que ir para Cuiabá para uma audiência de conciliação. Ano passado, um mascu abriu uma ação contra mim porque, num post de maio de 2017, eu comemorei o fechamento (por pouco tempo) de um chan de ódio que pertencia a Marcelo, que foi preso um ano depois (e continua preso, já com quatro habeas corpus negados, aleluia). No post, eu disse que gostaria que toda a quadrilha fosse presa, e incluí o primeiro nome -- não o nome completo, não fotos, não links -- de alguns que eu achava que fossem integrantes. O sujeito em questão achou que eu ter publicado seu primeiro nome e apelido lhe causou danos, e pediu 20 mil reais de indenização no Juizado Especial.
Este mesmo mascu havia publicado um post sobre mim dois anos antes, em maio de 2015. No seu blog ele me chamou de retardada mental, m*rda, feia pra c*ralho, gorda fedida, corna, ser repugnante. Atribuiu a mim a autoria de uma frase que eu nunca proferi ("todo homem é um estuprador em potencial") e disse que eu implorava que algum estuprador me "comesse".
Foi a primeira vez que eu soube da existência do rapaz. Como eu soube daquele post? Ele me mandou o link.
Esse post não só continha meu nome completo, como uma foto minha, usada sem autorização. Depois disso ele fez vários outros posts e vídeos com meu nome e fotos, me xingando de vaca, vagabunda escrota, gorda escrota, escória etc. Num dos vídeos, de novembro de 2015, ele me desafiava a ir a Cuiabá dar uma palestra: “Não iria fazer nada contra você, não iria te bater, não iria te matar, só iria rir da sua cara, e olhar bem nos seus olhos para ver se você teria coragem para me chamar do que me chama na internet, de mascu. (…) Vamos se encontrar. Vamos ver se você é macho. Eu sou homem, pra falar tudo que eu falo de você na internet, mas tenho certeza que você é uma covardona de merda”.
Além disso, ele fez montagens com fotos minhas (numa delas, na pior das injúrias, ele me colocou como eleitora de Bolsonaro), deixou vários comentários aqui no blog me xingando, e, só em 2015, me mandou doze emails me xingando.
Eu fiz um boletim de ocorrência contra ele em outubro de 2015 e, um pouco mais tarde, seguindo a sugestão de uma delegada, redigi uma queixa-crime, me baseando na ação de uma deputada estadual contra ele. Mas não cheguei a apresentar a queixa-crime. Em novembro de 2016, consultei o advogado da deputada que o processou (ela ganhou a ação; ele foi condenado a pagar-lhe R$ 35 mil) para ver se valia a pena eu também processá-lo. Decidi que não porque vi que a deputada nunca iria ver a cor do dinheiro, já que mascus não costumam ter nada no nome deles. 
Mas então, voltando ao final de setembro de 2018. Minha formidável advogada me avisou na quinta à noite (20/9) que eu teria que estar presente em Cuiabá para a audiência no dia 26/9, e que teria que encontrar um advogado para me acompanhar. Fiquei preocupada naquela noite e recebi carinho do maridão.
Eu, chateada, pra ele: Eu sei que se vc pudesse vc me daria seu fígado.
Ele: Hmmm....
Eu: Ou alguma coisa que vc tenha dois.
Ele: Meu braço?
Eu: Alguma coisa interna. Seu pulmão, ou seu neurônio.
Ele: Pra que você quer três?
Mas sério, e aí? Não só eu não conhecia advogadx em Cuiabá, como eu não conhecia uma só alma em todo o Mato Grosso. Foi aí que escrevi um post pedindo a ajuda de vocês. Foi a melhor coisa que fiz.
Recebi muito apoio, principalmente financeiro. Agradeço de coração a Damares, Virginia, Bruno, Sergio, Rodrigo, Antonio, Carlos, Emerson, Marcia, Fernando, Luciana, Rosane, Ana, Diego, Livia, Regina, Rosana, Flavio, Sandro, Juçara, Hugo, Claudio, Luiz, Humberto, José, Fernanda, Joana, Paulo, Tatiane, Alan, Juliana, Sandra, Nelson, Elis, Iuri, Martha, Nicholas, Edson, Romildo, Carina, Rosane, Ieda, Alessandra, Cassia, Rogerio, Flavia, Bernardo, Alex, Emile, Neide, e outras pessoas cujo nome nem aparece. Graças a vocês, não gastei nada do meu bolso tendo que me deslocar até lá.
Além disso, uma professora aposentada da UFMT se ofereceu para me hospedar em sua casa e me passou o contato de uma defensora pública. Falei com ela e agora tenho um importante contato feminista pra vida (já estamos planejando atividades em conjunto). E duas advogadas de Cuiabá, pessoas incríveis, se ofereceram para me representar. Pro-bono (infelizmente, não posso dizer o nome delas porque mascus já atacaram e ameaçaram advogados meus, e principalmente advogadas -- misóginos têm mais disposição para atacar mulheres). 
Na manhã do dia 26 desembarquei em Cuiabá, e a maravilhosa Camila foi me buscar no aeroporto. Fiquei na casa dela preparando aulas. O marido dela, uma simpatia também, me levou para almoçar. No meio do almoço, um homem de cabelo grisalho, bonitão, vem até a minha mesa, e se declara meu fã. De madrugada, no aeroporto de Fortaleza, uma mulher me pegou pelo braço e me apresentou ao seu parceiro como "esta é a Lola, uma guerreira". Primeira vez que fui reconhecida duas vezes no mesmo dia. E em dois Estados diferentes!
O marido da Camila é policial e, por causa das ameaças que eu havia recebido referentes a minha ida à Cuiabá, pediu que, se eu visse qualquer coisa suspeita, era para que eu ligasse pro celular dele imediatamente, que ele iria até lá. Fiquei comovida com tanta atenção.
À tarde, a advogada veio me buscar e fomos até o local da audiência. Já tínhamos combinado que, como era conciliação, a gente se ofereceria para remover o nome do cara (lembrando: só o primeiro nome e apelido apareciam) do meu post. A gente tinha certeza que ele não iria aceitar, porque os outros dois mascus que me processaram só queriam incomodar (tanto que abandonaram os processos sem uma única audiência). Mas a gente também tinha decidido que, se ele não aceitasse, iríamos transferir o processo pro fórum comum e então eu poderia processá-lo. 
A gente estava bem segura que ele não tinha muita chance de ganhar o processo, pois o juiz havia negado uma liminar para me forçar a tirar o post do ar. Sinal de que o juiz não pensou que aquilo que eu havia publicado era tão ofensivo. 
Tivemos de esperar um tempo, porque havia outras audiências. Não vou dizer que foi minha primeira audiência porque, 25 anos atrás, eu acionei uma ex-inquilina no Juizado Especial em Joinville. Eu havia comprado a casa e deixei que a moça (que eu não conhecia) continuasse morando lá por 3 meses, sem pagar aluguel, até que eu me mudasse. Aí, quando chego lá, à noite, vejo que ela havia levado todas as lâmpadas. Pouco depois, vi que ela não pagava as contas de luz e água da casa há 3 meses. Descobri porque cortaram a energia da minha casa. Achei aquilo uma sacanagem tão grande da parte dela que abri a ação. Na conciliação, ela se comprometeu a pagar o que devia.
Portanto, esta de setembro foi a segunda audiência de conciliação da minha vida. É bem chato ter que ficar frente a frente com um cara que te xingou tantas vezes, mas, sinceramente, deu pena. Esses mascus realmente levam uma vida miserável. Ele não olhou pra mim uma vez sequer. Olhava pro chão.
Basicamente, quem fala nessas audiências são os advogados. A escrivã (moderadora?) perguntou se havia alguma tentativa de conciliação. Minha advogada ofereceu tirar o nome dele do post. O advogado dele perguntou se havia mais alguma coisa. Minha advogada respondeu que eu publicaria um direito de resposta, desde que não tivesse ofensas. O cliente e seu advogado aceitaram.
Demorou mais porque a moderadora tem que redigir um auto pra todos assinarmos. Eu estava brava, mas calma (sou uma pessoa calma). Meu sangue só subiu um pouco quando o advogado dele pediu que a moderadora incluísse nos autos o meu email (já que o mascu mandaria o email do direito de resposta pra mim). Eu disse que ele sabia muito bem qual era meu email, já que ele já havia me enviado vários emails com ofensas. E que, aliás, eu gostaria muito nunca mais receber qualquer email dele. Ele se comprometeu a não mandar mais nada, balbuciou que este seria o último. 
Eu acho que eu comecei a falar mais alguma coisa, mas naquele momento minha querida advogada apertou o meu joelho, e eu entendi que era melhor ficar quieta. 
E foi isso. Não teve aperto de mão nem nada. Com o direito de resposta publicado, extingue-se o processo. Ele ganha o direito de resposta, e mais nada. Sua "honra" é "restabelecida". 
Melhor assim. Se não houvesse conciliação, o processo poderia se arrastar por bastante tempo, eu provavelmente teria que voltar à Cuiabá (gostei muito da cidade, mas a passagem não é barata, e além do mais, eu trabalho), e haveria o risco (pequeno) de eu ter que pagar alguma indenização se pegasse algum juiz machistão.
Agora espero que esse mascu me esqueça, re-avalie sua vida, e deixe de ser um mascu (que é diminutivo de masculinista, o que ele certamente é, ou era, pois se relaciona com mascus, usa o vocabulário deles -- ele se auto-intitulava "uma voz viril nesse mundo vaginante" --, e costuma xingar mulheres -- outro dia ele chamou mulheres que participaram do #EleNao de "cadelinhas do PT"; a Manu parece ser seu alvo-preferencial no momento). Afinal, ser mascu não traz felicidade ou sucesso a ninguém. Se alguma vez vocês virem um mascu de perto, saberão do que estou falando.
Pra mim não foi tão ruim. Lembram do que eu falei de não conhecer ninguém no Mato Grosso? Agora conheço várias pessoas fantásticas. Fiz novas amizades. Estabeleci novos contatos feministas que já compartilhei com outras advogadas feministas de todo o país. Conheci uma cidade nova, um Estado que não conhecia. 
Outro dia eu disse pro maridão, falando de todos os contatos importantes e do apoio gigantesco que recebi de tanta gente neste caso: "Sabe como é, se a vida te der limões, faça uma..." O maridão interrompeu: "Não chega perto dos meus limões!" (ele adora limonada sem açúcar ou adoçante e entrou em pânico desde que viu o limão por 8 reais o quilo num supermercado). 

22 comentários:

Anônimo disse...

Ahh lola, pena que o motivo não foi dos melhores, mas ao menos serviu p/ vc conhecer Cuiabá.

Eu não vivo mais em Mato Grosso, mas sou cuiabana e por mim morararia lá pra todo o sempre. Fui criada e toda minha familia vive lá. Estou em Cuiabá pelo menos 1 vez por mês e em breve, consigo uma remoção pra minha cidade do coração.

Espero que a curta visita tenha te permitido comer o peixe cuiabano legítimo (dizem que quem come cabeça
de pacu não vai mais embora, e eh chamado de pau rodado - quem nasce em outro estado e vai viver em Cuiabá, caso do meu pai, o paulista mais cuiabano do mundo rs), conhecer chapada dos Guimarães... só de falar morro de saudades.
Você chegou na época mais quente do ano (na verdade é muito quente o ano todo), mas ao menos ja comecou a chover e tem muita manga e caju.

Fiquei feliz com o resultado do processo, embora no seu lugar iria ficar muito injuriada, pq eh muito desaforo ter que publicar direito de resposta pra esse ser.

Alicia

Anônimo disse...

Muito bom, Lola. Eu estava curiosa para saber o que era aquele post, fiquei até pensando se não tinham invadido sua conta (o que acho meio difícil). Fico feliz que a viagem tenha tido seus lados positivos, espero que o mascu mude de vida para não incomodar mais os outros e para ele próprio ser mais feliz também.

Paulo Cunha disse...

Lola, sua voz é fundamental. Siga em frente, e espero poder ajudar sempre.
Abraços e beijos
Paulo e Flavia

Anônimo disse...

Lola. Uma pergunta. Já que o blog é moderado (vc é a moderadora) ao permitir publicações do tipo "todo homem é um estuprador em potencial" você não está sendo "conivente"?. Apenas uma pergunta. Sem ofensa.

Anônimo disse...

Te adoro, Lolinha! Fico muito feliz por ter contribuído contigo. Conte conosco sempre que precisar!

Anônimo disse...

21:46, achei a sua pergunta sem sentido dá espaço pra o outro falar mesmo barbaridades não torna ninguém conivente. Ha mulheres que aparecem por aqui com posicionamentos a direita e a Lola não está sendo conivente com isso

Anônimo disse...

Caralho que cara louco!! Que nojo deste cuckold.

Anônimo disse...

"Balbuciou", "olhou para o chão"... nossa Lola, como você não morreu de medo desse cara? 😂😂😂
Do mais, os teus diálogos com o Maridão são hi-lá-ri-os!!!😅

Jane Doe

betoquintas disse...

Eu comentei, mas meu comentário fez puf... eu fiquei chateado.

Anônimo disse...

N..n.d...

Anônimo disse...

Se achou sem sentido. Lamento. Mas responsáveis por blogs...sites..etc. devem ser responsabilizados por publicações que possam ser "enquadradas" no CPP ou CPV. Todos. Sem exceção.

Matheus disse...

Lola você é maravilhosa, te admiro muito

Anônimo disse...

"moderadora" para esquerda

lola aronovich disse...

É como eu disse, Roberto Quintas. Minhas advogadas recomendaram não publicar nenhum comentário no post com o direito de resposta dele. Se vc quiser colocar seu comentário aqui, sem o nome dele, de preferência, fique à vontade. Eu publico.



Anon das 21:46, não acho que estou sendo conivente. Tem muito comentário que é publicado que eu discordo. Isso é normal em todos os blogs. Infelizmente, tá cheio de mascu que lê alguma coisa escrita num guest post ou nos comentários e sai por aí dizendo que EU DISSE AQUILO. Mas eles não estão nem aí por falar a verdade. Eu estou.

lola aronovich disse...

Pessoas queridas, muito obrigada por todo o carinho! Sei que tá difícil pensar em qualquer coisa que não seja o cenário eleitoral no momento.

Anônimo disse...

Se você se ofendeu pelo conteúdo, lamento. Veja se a justiça vai te dar razão, babaca. Não é que a sua pergunta é sem sentido é que você é apenas burro mesmo

Anônimo disse...

Bom. Ja que voce quer que comente aqui. Brkeza.
Sabia que o mascu ja fez amizade com um monte de amigas suas?
Só não vou citar nomes.

lola aronovich disse...

Anon das 16:56, sei q o mascu em questão (assim como todos eles) é um carente, quer aceitação. Qualquer mulher que fala com eles, eles se apaixonam. Eu jamais poderia ser amiga de um mascu. Não me comunico com eles, tenho nojo. E escolho bem minhas amizades.
Não posso fiscalizar com quem minhas "amigas" fazem amizade. Coloco "amigas" entre aspas porque no fundo conheço pouca gente pessoalmente. Tem gente que só conheço na internet que considero amigas e amigos, mas não são muitxs. Sei de uma moça com quem eu me comunicava fazia tempo e ela fez amizade com esse mascu abjeto, mesmo ela sabendo que ele estava me processando e mesmo que ele continue escrevendo um monte de barbaridades misóginas, LGBTfóbicas, gordofóbicas... Considerei isso uma traição, falei com ela, ela me pareceu muito confusa, e cortei comunicação com ela.
Teve uma outra feminista que se dizia minha fã e começou a se comunicar com mascus. Passou a ser ameaçada por eles, e dizia que não se importava em ser mártir. Quando li isso, me afastei dela. Esse não é um discurso racional.
Existe feminista que até namora mascu... Mas não são amigas minhas. Cada uma faz o que quiser da sua vida, mas, se alguém me perguntasse, eu não recomendaria jamais fazer amizade com mascu e muito menos namorar um. É arriscado. Não é gente que bate bem da cabeça.

Anônimo disse...

Olá, Lola!

Parabéns pela excelente limonada que você fez nesta semana!

Eu tinha achado estranho aparecer o "direito de resposta", fui
pesquisar e concluí que provavelmente o indivíduo fazia mesmo parte do
grupo (não necessariamente da quadrilha), que foi desbaratado pela polícia,
e, desde então, é cada um por si acusando-se uns aos outros, para
salvar a própria pele (assim me pareceu).

Acabou que o péti do Sgt. Tainha se expôs ao ridículo…

Se ele não tivesse feito o processo, praticamente ninguém saberia da
existência dele; e, com o texto de "direito de resposta" publicado em
seu blogue (que tem numerosəs leitorəs), ele se colocou na berlinda.
Algo que, na verdade, não é nada bom para ele.

Lola, muito sucesso para você, que merece!

Ah, também gostei do bom humor que você e o Sílvio têm! “Alguma coisa
que você tem dois” − ahaha! :-D

Abraço,
Hudson

Camila disse...

Lola, só agora estou lendo o post, semana muito intensa (não que as próximas não sejam, pelo contrário). Foi uma alegria enorme receber você. Obrigada por ter sido sempre tao vigilante aos nossos direitos. Sempre terá nosso apoio. Saudades!

lola aronovich disse...

Quantas mentiras num post tão curtinho. O mascu que me processou não consegue me esquecer. Um site mascu nojento, A Voice For Men Brasil (nem sabia que essa desgraça existia ainda), publicou um post dizendo que fui "condenada a conceder direito de resposta". Condenada uma pinoia. Houve conciliação na primeira e única audiência. A conciliação interrompe o processo. Portanto, não fui condenada a nada. Eu (ou melhor, minha advogada) ofereceu publicar o direito de resposta do mascu não porque achávamos que eu iria perder o processo, mas porque responder a um processo (ainda mais numa outra cidade) é trabalhoso, exige tempo que não tenho, porque ao contrário do mascu em questão, eu trabalho, e só me locomover pra Cuiabá já é caro.
Olha como o site mascu não dá as notícias corretamente. "Alguém aparentemente quis incriminá-lo. Criaram blogs contendo apologia de crime, assinando-os como se fossem esses dois". "ALGUÉM"! Como se os mascus não soubessem quem é o autor desses sites. Aliás, por que o mascu que me processou não processou Marcelo, o autor do site em seu nome? Eu NUNCA disse que que o autor do Tio Astolfo era o mascu que me processou. Pelo contrário: eu defendi o infeliz em todas as entrevistas que dei na época (2015). Eu disse que, apesar do mascu ser um ser humano desprezível (por que como vc chamaria um cara que não só bateu numa mulher grávida na rua como ainda se vangloriou disso durante anos?), ele não era o autor do site. Depois, Marcelo passou a falar bastante do mascu no chan. Disse que se comunicava com ele, que foi Marcelo que o incentivou a me processar (eu acredito nisso). Na versão de Marcelo, ficaram amiguinhos. Dois meses antes de eu dizer no meu blog, em maio de 2017, que eu queria ver toda a quadrilha presa, e incluir o primeiro nome do mascu, o mascu sofreu uma busca e apreensão na casa em que mora e é sustentado pelo pai. Sofreu busca, pelo que entendi, por ter sido acusado de enviar ameaças de morte a uma deputada estadual que já o havia processado (e ela ganhou. O mascu sim foi condenado a pagar -- R$ 35 mil. Nunca vai pagar. Não tem dinheiro, não tem nada no seu nome. Pra gente como ele, não faz diferença ficar com o nome sujo por 5 anos. Ele não deve nem ter conta em banco). Ou seja, não era só eu que achava que ele fazia parte da gangue. A polícia também achava. (continua)

lola aronovich disse...

(continuação)

O post diz que não é a primeira vez que sou processada (não é mesmo: também fui processada pelos mascus Marcelo e Emerson -- Marcelo está preso, Emerson está foragido na Espanha, como tenho certeza absoluta que o site A Voice for Men sabe muito bem --, e estou sendo processada pelo "Prof. Pinto". O mascu que me processou está em ótima companhia). O post diz: "Aparentemente não é a primeira vez que a Justiça decide contra ela". Putz, a justiça não decidiu contra mim no caso deste mascu asqueroso. O processo foi encerrado porque houve conciliação. E nos dois outros casos, os mascus abandonaram as ações. No caso do Prof. Pinto, sequer houve audiência ainda. Então ninguém decidiu contra mim. Ainda não, pelo menos.
Aí o cara escreve que o mascu lhe disse que "não foi indenizado porque Lola, pobrezinha, teria dito não ter recursos para a parcial compensação do que lhe causara". Que mentira deslavada! Nunca se falou em dinheiro. O mascu havia pedido uma indenização de 20 mil reais na ação, mas, como houve conciliação, o processo foi encerrado. Eu nunca disse que não tinha recursos. Nâo houve qualquer conversa sobre dinheiro. Isso só é decidido na conclusão do processo, nunca numa audiência de conciliação. O mascu nunca seria indenizado porque seu processo era ridículo (pedir 20 mil de indenização por danos morais porque eu citei o primeiro nome do cara?!), mas minhas advogadas recomendaram a conciliação porque é uma droga responder processo. Aliás, se o mascu não aceitasse a conciliação, eu já havia decidido com minha advogada que nós o processaríamos (através de reconvenção). O que é totalmente inútil porque mascu não tem onde cair morto. Eu fiz isso com Emerson e perdi mil e poucos reais (porque tem que entrar com uma porcentagem do pedido de indenização para entrar com reconvenção). Felizmente minhas amadas leitoras e leitores cobriram tudo através de doações, assim como cobriram todas as minhas despesas para ter que ir pra Cuiabá, assim como cobririam caso eu fosse condenada a pagar indenização. Mascus ficam indignados que eu tenha leitorxs que me apoiam).
O mascu aceitou correndo a oferta de publicar direito de resposta. Ele sabia bem que não tinha a menor chance de ganhar.
Bom, não se pode esperar que mascus escrevam qualquer coisa minimamente parecida com a verdade mesmo.