terça-feira, 25 de setembro de 2018

CARTAS DE UMA MENINA PRESA

Como vocês sabem, sou muito fã da professora Debora Diniz, da UnB. 
Em 2015 ela iniciou uma pesquisa a junto à Unidade de Internação de Santa Maria, em Brasília, habitada por adolescentes meninas privadas de liberdade por atos infracionais. Ao longo de um ano acompanhando o plantão de um grupo de agentes socioeducativas, Débora buscou entender o que seria o "estabelecimento educacional" onde a medida de internação deve ser cumprida, conforme determina o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Essa pesquisa gerou o estudo "Meninas fora da lei: a medida socioeducativa de internação no Distrito Federal".
Mas não foi só isso. Através do convívio com essas garotas, Débora passou a trocar cartas com elas. Uma delas foi Talia (não seu nome verdadeiro), que chegou a ser uma importante traficante do DF. Talia foi presa pela primeira vez aos 14 anos, mas já perambulava pela rua desde os 8. Não teve escola ou conselho tutelar que a resgatasse da perdição do crime, do sexo por dinheiro ou da violência.
Débora, Virgínia e Iasmim
no lançamento do livro
A correspondência virou um livro, Cartas de uma Menina Presa. Após ser rejeitado por seis editoras, o livro foi financiado por doações e publicado pela editora LetrasLivres, da Anis – Instituto de Bioética. Você pode comprá-lo por R$ 30, e esse valor irá custear o curso universitário na modalidade educação à distância para a coautora Talia, que atualmente cumpre pena em regime semiaberto na Penitenciária Feminina do DF. E também será usado para imprimir uma nova edição.
Vírginia Nabut, outra grande fã da Débora, comprou cem exemplares do livro para distribui-los em escolas. Ela conta melhor tudo isso:

Conheci a Dra. Debora Diniz por volta de 2002. Desde então acompanho sua carreira. Ora de perto, ora de longe, mas sempre muito admirada pelos temas que pauta.
No ano passado fiquei sabendo do seu trabalho na unidade de internação socioeducativa para meninas em conflito com a lei, na capital do país. Fui a um evento onde ela contou um pouco sobre a experiência, mostrou fotos (tiradas por ela mesma) e leu cartas dessas meninas com quem tinha convivido durante 14 meses em regime de plantão (24h trabalhando por 48 de descanso).
A ideia dela, antes de iniciar a pesquisa, era aplicar questionários, tirar fotos, conversar com as meninas. E todos os seus planos foram por água abaixo quando elas começaram a fazer perguntas e a escrever cartas e pediam livros para ler e queriam saber quem ela era...
Como pesquisadora, tudo o que sabia até então não lhe preparava para o que estava por vir: centenas (talvez milhares) de cartas trocadas com várias das meninas.
Como caneta pode ser usada para ferir outras pessoas, Debora importou (com o próprio dinheiro) dos Estados Unidos canetas específicas para serem usadas por presas/internas. A caneta tem corpo de silicone, é dobrável e, por isso, pode entrar nas celas. Antes as cartas só podiam ser escritas nos momentos de aula, de banho de sol, ou escondidas por alguma menina que quebrava as regras e levava a caneta escondida.
O livro são apenas algumas das cartas trocadas entre Debora e Talia.
Cartas que falam, que gritam, que choram. Cartas que movem, em uma linguagem simples de adolescente, cartas respondidas com a linguagem simples de quem soube se adaptar para conviver.
Um encontro improvável de uma das 100 maiores pensadoras do mundo (segundo o  Foreign Policy Magazine, de 2016), portadora de inúmeros títulos e prêmios, com uma menina encarcerada que era tida como “xerifa” na unidade socioeducativa.
Um livro que teve que ser publicado do próprio bolso, pois nenhuma editora quis bancá-lo. Por isso, o livro conta com apenas 1000 exemplares impressos.
Debora e Iasmim, que escreveu a
orelha do livro
Um livro que está sendo vendido, hoje, apenas pela própria Anis, e que busca, com a receita das vendas, ajudar Talia a cursar a faculdade (ela acabou de passar no vestibular) e a criar a sua filha, que hoje tem um ano.
No lançamento do livro, Talia não pode estar presente, então quem acompanhou a Debora na mesa foi a menina que dividiu a cela com Talia e que escreveu a orelha do livro.
Debora disse que não foi para lá com o intuito de salvar ninguém, de ajudar ninguém. No entanto, hoje, várias dessas meninas viraram universitárias. Várias se tornaram pesquisadoras. Algumas, como Talia, voltaram para o sistema, mas dispostas a saírem. E mostram isso todos os dias.
Elas escolheram os mais diversos cursos. Você pode esbarrar nelas em alguma universidade, pública ou privada, nos primeiros ou nos últimos semestres.
O livro, de forma alguma, é um livro acadêmico. É um livro leve (com tema pesado), mas que pode ser enquadrado facilmente como infanto-juvenil.
Deveria estar, aliás, em lugar de destaque nas bibliotecas, junto com o Diário de Anne Frank e Eu Sou Malala.
E, assim como Malala, o livro continua acontecendo e refletindo tudo o que Debora e Talia representam uma para a outra e para todas as pessoas que leram ou viveram essa realidade.
Vale ler cada linha. Vale gastar cada centavo. Vale falar dele para os amigos, conhecidos, professores de escolas públicas e particulares.
Quem sabe, assim, ele ficará tão famoso e com tantas tiragens quanto aqueles escritos por Malala e Anne Frank.
Anne, Malala e Talia. Três sobreviventes. Três pessoas reais. Três meninas que sofreram o que ninguém deveria sofrer.
E todas com uma história de luta para contar.
Boa leitura.

55 comentários:

Anônimo disse...

Essa tal menina foi presa injustamente? nao ficou claro, pois caso contrário, nao cabe comparação com Malala ou Anne Frank

Lara disse...

Poderia trocar cartas com as pessoas que perderam parentes por tráfico ou tem dependentes químicos na família, aposto que a visão sobre ela não seria tão gentil.

Essa história de passar pano na cabeça de criminoso está desmoralizando a esquerda.

Anônimo disse...

Sempre desmoralizou. E a esquerda não evolui! Não vê que bandido tem que ser tratado como bandido e não como coitado!

Anônimo disse...

O foco aqui é que pessoas podem ser ressocializadas e virar um membro digno e ajustado à sociedade, embora sempre tenha a torcida contra.

Anônimo disse...

Malala com toda certeza teve menos oportunidades que essa garota. Viveu em ambiente de guerra, hostil, quase foi morta. E vejam só quem ela se tornou: um ícone.
Escolhas.

Nao contem com m meu dinheiro p/ financiar faculdade p/ traficante.

Alicia

Anônimo disse...

Quando você tem 8 anos você não escolhe viver na rua. Você quer ser criança, brincar nos parques com seus brinquedos, viajar para o litoral com seus pais, ir para escola, se alfabetizar, aprender sobre a aurora boreal e os animais que vivem nas profundezas marinhas. Você quer uma casa limpa, uma comida gostosa, uma história antes de dormir, o beijo de boa noite do pai, a mãe garantindo que o ralado no joelho vai passar.
Mas você tem 8 anos e está na rua. Você dorme no meio de ratos, é abusada múltiplas vezes e de todas as formas por homens conhecidos e desconhecidos. Sua mãe é usuária de drogas, seu pai está preso. Você sobrevive e aprende com o mundo que está aí, porque é nele que você nasceu (poderia ter sido abortada, mas né??).
Então, meus caros comentaristas, não venham com esse papinho de escolha não. Argumento raso e pequeno que não convence ninguém não.
Fabi.

Silvia disse...

Boa tarde. Esses comentários estão em sintonia com aqueles chamados cidadãos de bem, bastião da moralidade e bons costumes, aqueles eleitores do COISO. Cuidado com julgamentos, cuidado !!!

Anônimo disse...

Estou na página 17 desse livro.

Anônimo disse...

Nao tente virar o jogo como se nós não nos compadecessemos, quando na verdade faltou compaixão ao filho morto pelo tráfico, às inumeras vítimas da criminalidade.

Alicia

Anônimo disse...

Jamais votaria no bolsonaro.
Apenas tenho mais compaixão pelas vítimas da violência do que pelos causadores da violência.
E nao acho que pobreza justifique a maldade.
Sim, maldade.
Uma coisa é a pessoa cometer um furto, um crime que nao envolva ameaça ou violência.
Outra eh a pessoa machucar, ferir, matar, estuprar, cobrar dívida com violência.
Não há e nunca haverá justificativas para atrocidades.

Torço pela ressocialização de presos, apenas não acredito nelas. E entre financiar o ensino superior de uma infratora e comprar um livro pra eu continuar estudando, fico com segunda opção.

A

Alicia

Anônimo disse...

Isso foi uma mensagem subliminar?

Anônimo disse...

Eu tb vim de comunidade pobre na zona periférica do Rio. Tive todos os motivos pra entrar no tráfico d vi muitos, mas muitos mesmo, amigos que entraram nessa vida zombarem de mim por "perder tempo com escola" enquanto eles ostentavam com dinheiro ganho como aviãozinho e traficante mesmo.

Hoje a maioria já morreu, os poucos que estão vivos têm várias passagens por cadeia, então me desculpem mas não caio nesse papo de não teve escolha, escolha todo mundo tem e eles só pegaram a mais fácil.

E também não acredito em ressocialização, isso é exceção e querem tratar como regra, é só vê o número de pessoas que são presas mais de uma vez e o número dos verdadeiramente ressocializados.

Anônimo disse...

O dinheiro não é seu, Alicia. É de todos que pagam impostos. E como é impostos, ninguém tem escolhas. Também sou contra essa defesa de bandidos feita pela esquerda. Esse vai ser um dos motivos pelos quais a esquerda vai afundar.

Anônimo disse...

Apesar de tudo de errado que esta garota possa ter feito se a prisão servir para que ela abandone o crime e se torne cidadã pode-se perdoar o seu passado. Não tem essa de usar imposto para custear bandido. É preciso que haja punição sem progressão de pena, mas também é necessário que o criminoso tenha a chance de mudar e não ser levado, na cadeia, a se tornar ainda pior. Não da pra comparar Malala e Talia. Malala pelo menos teve uma boa família e isso influencia muito alguém a continuar no bom caminho. Uma criança sem família, sem orientação, sem afeto tem passaporte pra entrar na criminalidade facilmente.

titia disse...

"Nao contem com m meu dinheiro p/ financiar faculdade p/ traficante". Antes disso veio o "Não pago impostos pra patrocinar safadeza!" quando propuseram distribuir contraceptivos nos postos de saúde, o "É só pra corromper as crianças!" quando se fala em educação sexual, o "É uma vida inocente!" sempre seguido por um "Se fode, vadia, morram você e seu trombadinha de fome na rua que não é problema meu!" quando se fala na legalização do aborto, o "Desperdiçando dinheiro público com esmola pra vagabundo!" quando se trata do bolsa família da dona Maria, desempregada, com seis filhos e que sem aquele trocadinho morre de fome com a família, o "Professor não tem que querer aumento, é tudo vagabundo doutrinador mesmo!", enfim, acho que já deu pra entender né?

É como eu já disse: esses cretinos acham que cidadão trabalhador brota do chão e vive de ar. Não veem - ou melhor, FINGEM não ver - a relação entre aquela criança abandonada na rua, negligenciada e maltratada a quem falta tudo, da comida à dignidade, e o traficante que entrega pó e dá tiro na favela. Óbvio, não? Por que o traficante teria peninha do playboy que deu calote, se quando ele era uma criança indefesa ninguém teve pena dele? Por que teria empatia pela mãe que chora o filho se, quando ele chorava de medo, dor e fome ninguém teve empatia por ele? Por que se comoveria com a dor de uma família, se quando ele perdeu a dele ninguém ligou? Por que ele se importaria com o sofrimento de quem tem dependente químico na família, se quando ele sofreu todo tipo de abuso e violência ninguém se importou com ele? Por que ele daria valor à vida alheia se ninguém valorizou a vida dele?

A criança aprende o que é ensinada, e se ela não foi cuidada, suprida e ensinada a ter empatia, valorizar a vida e se importar com o bem dos outros ATRAVÉS DA PRÓPRIA EXPERIÊNCIA DE VIDA (ou seja, alguém tendo empatia com ela, valorizando sua vida e se importando com o bem estar dela) ela simplesmente não será isso. Se ela foi ensinada pelo abandono e pelo abuso que a vida não vale nada, que empatia não existe, então ela será o traficante sem empatia e que não liga pras vidas dos playboyzinhos que usam droga por estarem sem lote pra carpir ou roupa pra lavar.

Mas não. Criar direito uma criança dá muito trabalho, olhar dois palmos além do umbigo dá muito trabalho, olhar como as coisas funcionam no mundo real dá muito trabalho, fazer sacrifícios (ooooh, que sacrifício hein, dar uma parte da grana - especialmente do seu salário de funcionário público - pro Estado cuidar dos mais vulneráveis!) para o bem de todos é chato, aceitar ter um pouco menos pra que não falte nada a ninguém é chato. Enfim, agir como adulto numa sociedade colaborativa é chato. melhor enfiar a cabeça na bunda, acreditar que todos os bandidos são bandidos porque nasceram malvadões e não tem recuperação e passar a vida agindo feito a criancinha cujo papai (não raro, papai Estado) tem que dar tudo na mãozinha e sem cobrar nada em troca. Gente grande agindo feito pirralho mimado que não quer dividir o brinquedo pra todos terem sua vez de brincar, e arruinando várias vidas - tanto dos que recorrem ao crime quanto dos que morrem em consequência dele - por mesquinhez. Quando a gente manda crescer ou oferece um pé de cabra ainda ficam putinhos.

Prof. Ane Santos disse...

Curioso é que se a pessoa faz pesquisa, tenta mudar a sociedade ao menos um pouquinho ao dar voz para quem perdeu-se na violência devido à questões familiares, o pessoal vem logo apedrejar. Mas estes mesmos provavelmente não se levantam do sofá para realizar alguma atividade digna para a sociedade. Acusar é muito mais fácil do que transformar. E o pessoal tem visão restrita de sociedade ao achar que tudo é simples escolha.

Anônimo disse...

Desculpe, mas eu estou me referindo ao dinheiro para comprar o livro.

Nao sei você, mas quando compro livro ou qualquer outra coisa uso sim o MEU dinheiro, que recebo como contraprestação ao meu trabalho.

Alicia

Anônimo disse...

Ja que fui citada ne....


Titia, eu não sou contra a descriminalização do aborto (apesar de todas as ressalvas que ja explanei em outros comentários).
Eu não sou contra ações afirmativas que visem tirar pessoas em situação de vulnerabilidade (pessoas inclusive em situação de rua). Eu não sou contra a distribuição de contraceptivos e de educação sexual e planejamento familiar nas escolas (pelo contrario: vejo tudo isso como pre requisito para a descriminalização do aborto!).
Eu sou a favor da escola básica e gratuita. Sou mesmo ate entusiasta, pasme, do bolsa familia (a ideia eh sensacional, nao tem como negar. Infelizmente as pessoas deturparam. Nao to falando de gente que nao precisa e recebe, pq essas psssoas são a escória, mas isso eh outro assunto).

Mas cara. Eu nao tive filho e pretendo ter só daqui a alguns anos justamente pq eu NAO QUERO TER O TRABALHO DE EDUCAR NINGUÉM AGORA, nem um cachorro (pq ja tive e sei o trabalho que eh ensinar a fazer pipi no lugar certo). Sim, educar dá muito trabalho. E por isso nao quero a responsabilidade de formar um ser humano agora.

Dai a culpa eh minha se dois seres humanos nao pensam em nada disso e colocam uma criança no mundo?

Eh injusto colocar isso nas costas de quem nao tem porcaria nenhuma a ver.

Eu concordo com tudo o que vc falou, educar eh a coisa mais difícil que existe.

Alicia

Manoela disse...

Infelizmente as pessoas confundem ressocialização com ter pena e proteger a pessoa que comete o crime. Acho que quando a pessoa infringe a lei, el tem de ser punida no sentido de pagar dentro da lei, pelo crime que ela cometeu. Mas se pensarmos a longo prazo, apenas a punição não resolve o problema da violência. È necessário sim pensar em medidas de ressocialização porque não adianta apenas prender e depois quando a pessoa sair ela fizer o mesmo. Diversos países desenvolvido adotam medidas de ressocialização e têm índices de criminalidade baixos.

Repressão apenas não resolve. É preciso pensar em medidas de prevenção e diminuição de desigualdade social e acesso a bens básicos, que está relacionado, não é a causa única, a criminalidade.

Anônimo disse...

Uma dúvida, como o Bolsonaro é machista se ele se casou com uma mãe solteira?

Letícia Bolzon Silva disse...

Pensando nesse tanto de pessoal que tá sem voz, se importam de dar uma olhada no meu humilde post e espalhá-lo?
http://leticiabolzonsilva.blogspot.com/2018/09/o-futuro-da-juventude-brasileira-em-jogo.html?spref=tw

Anônimo disse...

Pela sua lógica titia, feministas nem deveriam existir. Já que sempre fomos ensinadas a sermos meros buracos para macho.
No caso dela, uma criança , realmente teve que fazer qualquer coisa para sobreviver, sem apoio de ninguém. Mas no geral todo mundo tem escolha sim, ela poderia ter cagado para ajuda dessa mulher e continuar no crime ou não? Ela escolheu sair disso, quer fazer faculdade. Muito legal.
Mas o povo finge que na maioria desses casos, o bandido só era pobre, n era miserável, passando fome ,mas queriam coisas boas, de marca, só pra ostentar.
O que revolta é que realmente as pessoas estão pouco se fudendo para as vitimas dos bandidos, só falam dos sofrimentos dos bandidos e seus problemas na vida. A vida dá vitima que provavelmente ficou traumatizada, q se dane. Supondo q ainda esteja viva, claro.
E ter uma vida fudida n te dá direito de descontar tudo nos outros.

Com essa logica vamos justificar todo tipo de merda:

Pobre machista, só bate em mulher pq lhe ensinaram assim, o coitado é incapaz de pensar por si mesmo. Tem culpa de nada...

O sujeitinho pratica bullying, coitadinho né. Sofreu na vida, com certeza...

Anônimo disse...

Casar com mãe solteira não faz ninguém menos machista. Bolsonaro troca de esposa que nem troca de carro, e mantém um harém, com um monte de filho de mulher diferente de tudo que é idade. Deve achar que é um macho alfa com 70 anos na cara.

Anônimo disse...

E a ex vai visita- lo no hospital juntamente com a atual. Ambas tiram fotos juntas. Não há ressentimentos. Como né?

Anônimo disse...

a)Temo mais os bolsominions que o Bolsonaro ele se cercou de pessoas intolerantes pode ver que eles ameaçaram Marilia Mendonça hackearam uma pagina que e contra a Bolsonaro

Anônimo disse...

a) A esquerda nao e contra a policia.e sim contra abusos policiais.

b) A esquerda quer que o bandido seja punido com respeito dentro da lei cadeia nao e hotel mas nao precisa ser inferno e fora os casos de erros judiciarios ja ocorreu em minha cidade caso de motorista de urver preso por ser confundido com bandido e houve um outro episodio que um rapaz de uma comunidade foi confundido com um bandido passou 2 meses preso saiu da cadeia com tuberculose pois la na prisao estava ocorrendo uma epidemia.

c) O mesmo cidadao de bem que quer transformar cadeia em inferno e contra o bolsa familia e o aborto nao faz nada pelo semelhante manda se virar e depois reclama do resultado

Unknown disse...

Uma dúvida, como Bolsonaro não é machista se defende que mulheres ganhem menos que os homens porque engravidam? Dane-se Bolsonaro ter casado com mãe solteira, é fácil se casar 3 vezes e "empregar" essas mulheres com dinheiro de pagadores de impostos. Bolsonaro e as mulheres dele não passam de parasitas. Porque estas mulheres vão brigar entre si ou com Bolsonaro? É Bolsonaro que paga essas mulheres, não com o dinheiro dele, mas com dinheiro público recolhido das mulheres que trabalham no setor privado, aquelas que de acordo com Bolsonaro engravidam e por isso devem ganhar menos que os homens.

Anônimo disse...

Penitenciária é o lugar onde se cumpre penitência. Mesmo que a instituição tenha outro nome, é um eufemismo. E se ela esteve lá por fez por escolha.

Ajuda-la a pagar um faculdade é uma ação inócua, ela não irá valorizar o que recebeu. É da natureza humana: O pouco comido é muito esquecido.

Se alguém arranjar-lhe o emprego e dele conseguir cursar uma universidade já será de bom tamanho. Só assim ela saberá dar valor ao cada centavo poupado.

Anônimo disse...

Alícia, essa indignação toda é só quando a traficante de 14 anos é presa, ou tem também para uma grande maioria de membros dos judiciário que vivem cheirando cocaína e fumando baseado e mandando menores para prisão, enquanto alimentam o tráfico?

Tu faz com o teu dinheiro o que tu quer, mas me pedir para aplaudir fascismo e crueldade contra outra mulher que não teve nem a metade do teus privilégios, me poupe...

E, em tempo: abre lá a legislação penal na parte ressocialização e me diga qual é a base jurídica que a refuta? Moral fascista?

A menina não é assassina (maioria de presos por assassinato no brasil é homem), a menina não é estupradora (ainda mais homens cometem estupro do que a percentagem daqueles que comete homicídio), e ela foi presa por ser avião do tráfico (e não comandar uma milícia - mas já sabe, né? Teria maior chances disso se fosse homem, e com conexões bem estabelecidas na polícia militar) e qualquer pessoa de bom senso deveria ser capaz de entender a importância da ressocialização para ela não voltar para o mundo do tráfico. Nem tô pedindo moral elevada, tô pedindo racionalização básica, do tipo custo-benefício.

Essa indignação aí é classismo puro, repense.

Anônimo disse...

Sei que a pergunta não é pertinente, mas estou curiosa, o que fariam caso o COISO se eleja presidente?

titia disse...

Ah, Alícia, no discurso é realmente muito fácil ser a favor da ressocialização, do bolsa família e de tudo isso. Mas a máscara cai nas suas atitudes. Você não é obrigada a comprar o livro, ninguém é. O que está acontecendo é que uma ex traficante foi punida pelos seus crimes e quer se reintegrar à sociedade, inclusive estudando para conseguir um emprego digno e honesto com o qual possa se sustentar e à filha; isso é a tal ressocialização. E, pra ajudar na ressocialização dessa mulher, quem puder e quiser pode comprar o livro. Pode, se quiser. Ninguém é obrigado a fazê-lo. Faz quem pode e quer. Ponto.

Você poderia simplesmente dizer "Não, obrigada"; ou, como seria realmente adulto e maduro, não dizer nada. Mas fez questão de bater no peito e berrar que não vai dar seu dinheiro pra traficante, numa atitude digna de um bolsominion. Basicamente, você está dizendo que mesmo que possa pagar e até se interesse pelo assunto, não vai comprar o livro pra não ajudar a pagar a faculdade da ex traficante que quer sair do crime e se reinserir na sociedade de forma honesta; trocando em miúdos você está contra a ressocialização. Falar que é gente boa e honesta o nazipalhaço está fazendo; mas as atitudes dele é que mostram quem ele é. O mesmo acontece com você.

E essa atitude do "não é problema meu" é geral na sociedade. Vc pode ser a favor da descriminalização do aborto, bolsa família, etc. mas a maioria não é, e essa mesma maioria compartilha a sua opinião a respeito da ressocialização da Talia. Não estou cobrando você pra cuidar de todas as crianças abandonadas; estou dizendo que não adianta se dizer a favor da ressocialização dos adultos que essas crianças abandonadas se tornaram e agir ao contrário. E sim, mencionei você porque é ridículo alguém cujo salário é pago pelos impostos do povo (inclusive desses presos que você tanto despreza e suas famílias) e depois protestar por uma parte desse dinheiro ser usado pra proteger os mais vulneráveis socialmente ou reabilitar os criminosos.

00:21 punição E ressocialização. Sempre. A única maneira de realmente mudar criminalidade, machismo ou bullying é punir a conduta errada ao mesmo tempo em que se ensina a conduta certa. O problema de gente como você é fazer questão de esquecer a parte da ressocialização. Querem (geralmente se o criminoso for preto e pobre) que seja punido pro resto da vida, e se for branco e rico/classe média, querem que pule logo pra ressocialização e não seja punido nunca. Falam da esquerda mas quem tem bandido de estimação é conservador direitista, e o bandido de estimação da direita é o branco rico. Vocês defenderiam o próprio Charles Manson se ele fosse rico.

18:09 se ressocialização fosse exceção e não regra, países como Dinamarca, Noruega e Finlândia - que investem PESADO em ressocialização de presos - não teriam índice quase zero de reincidência. Não adianta enfiar a cabeça na bunda e fingir que todos os presidiários são psicopatas à lá Champinha que não tem 'conserto'.

01:03 muito simples: dindim! 'Bolsonaro novamente na lista de nepotismo – o deputado revelou à reportagem da FSP que os dois “Siqueira Valle” que empregava eram familiares, mas se recusou a dar o grau de parentesco. (Arquivo da FSP - 04/03/2007)'. O nome da ex dele é Ana Cristina Siqueira Valle. Por isso ela está mentindo agora a respeito da ameaça de morte, dizendo que ele nunca fez qdo tem uma carta do embaixador norueguês no Itamaraty PROVANDO que ela fez a denúncia, e fica posando de ex-mulher amigona no hospital; se o nazipalhaço perder a mamata, ela perde a dela também.

16:09 que foi, a mamãe não tava com tempo pra assistir Galinha Pintadinha contigo e você veio tentar chamar a atenção das feministas? Vai brincar, guri, os adultos estão tendo uma conversa séria aqui.

titia disse...

É isso mesmo que esse pessoal não entende, Manoela. E ficam babando os baixos índices de criminalidade da Noruega e da Finlândia, que investem pesado em ressocialização pra conseguir que os presos não voltem pro crime. Mas basta querer implantar aqui as medidas deles pra esse povinho infantilizado surtar e dizer que 'a esquerda' quer proteger os bandidos. Preguiça de pensar é dose.

titia disse...

00:21 e sim, eles roubam pra ostentar. Porque precisam se sentir valorizados, ser vistos, respeitados como qualquer ser humano precisa, e nessa nossa sociedade capitalista selvagem cujo lema é "Compro, logo existo", seu valor é medido pelo que você ostenta. Eles ostentam pelo mesmo motivo que vocês classe média comprometem boa parte da sua renda por um, dois, cinco, vinte anos pra comprar iPhone último tipo mesmo que o anterior ainda funcione bem, pra trocar o carro a cada cinco anos embora o anterior ainda esteja bom, pra morar num bairro considerado nobre ou mesmo usar o sapato ou roupa que a celebridade global apareceu usando na última novela. Pra que todos olhem o que vocês podem ostentar e lhes valorizem como pessoas.

A diferença é que, ao contrário de vocês, eles não tiveram mamãezinha e papaizinho abonado pra dar as coisas na infância e adolescência, muitos não tiveram sequer chance de estudar; e enquanto vocês olham pra esses jovens pobres de cima, com desprezo, como se eles fossem alguma coisa nojenta grudada nos seus sapatos e ainda dizem que pagar salários maiores a professores, arranjar programas de educação e bolsa pra eles é desperdício de dinheiro público, o crime lhes oferece facilidade, conforto, um certo grau de respeito e todas as coisas das quais eles precisam pra ostentar e serem valorizados. E aí vocês reclamam quando esses jovens não escolhem se fazer de mártires da moral e dos bons costumes e se contentar em serem capachos pra alimentar o ego de classe média metido a membro da corte que não consegue viver sem ver alguém numa situação pior do que ele. E quando eu digo pra pegar um pé de cabra e tirar a cabeça da bunda...

Marina disse...

11:48, 8 anos e jah tava na rua, sem aparo, sem Estado, sozinha. Tem como haver justiça depois disso?Pra ela ou pra sociedade?Somos todos vítimas do abandono do Estado.
Alicia, ter compaixão por essa mulher que cresceu na rua não exclui ter compaixão "ao filho morto pelo tráfico, às inúmeras vítimas da criminalidade". Pare de pensar de forma binária...é bem raso e vc consegue mais que isso.
E Alcia, vc falou de maldade. Te aconselho a ler o 'Um relato sobre a banalidade do mal', da Hannah Arendt. As pessoas em sua grande maioria não são más. Elas estão apenas reproduzindo, sem pensar, uma lógica violenta. Uma pessoa que não recebeu educação e só viveu violência, como vc acha que essa pessoa vai agir? Pra ela violência é o padrão, não é questão de ser boa ou má.
E outra, a ressocialização não é (só) pra quem cometeu algum delito, é pra proteger a própria sociedade gente!


Marina disse...

00:21, "Pobre machista, só bate em mulher pq lhe ensinaram assim". Sério q vc não vê o furo no seu raciocínio?
O 'pobre machista', nesse caso, não está em posição de vulnerabilidade colega, mto pelo contrário, uso sua posição privilegiada pra fz o que quiser da mulher, como se ela não fosse ser humano. Não faz o menor sentido o q vc tah falando.

Cocada disse...

A Alicia que frequenta esse blog estava nas últimas semanas de gestação.
Ou se trata de uma coincidência de nomes ou estamos diante de (mais um) fake...
Considerando o histórico desse blog fico com a segunda opção.

Anônimo disse...

Eh serio que vc ta comparando eu eventualmente me individar p construir um sobrado num condominio pra ostentar com alguem roubar um tênis de marca pra ostentar?

Vc realmente nao consegue ver a diferença? Eu trabalhar e comprar (mesmo que com dificuldade) eh igual a eu roubar pra ter, titia?
E outra: todo mundo paga meu salario Sim, mas pq eu trabalho. Se nao nao cak na conta, nao to ganhando nada de graça não.

Eu nao li isso.

Gente. Vou aqui fazer uma concessão. Acho que existem criminosos ressocializaveis, e eles precisam de ajuda pra isso. Um emprego, qualificação, etc.
As duas coisas deviam andar juntas: punição e ressocialização.
Mas isso pra crimes sem violencia. Estelionato, furto, receptação.

Eu não quero investir na ressocialização de um estuprador. Um assassino. Alguem que cometeu um latrocinio. Ou violência doméstica. A gente tem eh que cuidar dos traumas que essas pessoas causaram na vítima.

Trabalho tbm eh ressocialização. Senso de responsabilidade tbm eh ressocialização. No entanto quando sugeri que presos deveriam trabalhar p/ comer como todo mundo aqui do lado de fora, fui acusada de facista.

E sobre indignação seletiva, pode ter certeza que pra crimes do colarinho branco, pra quem rouba dinheiro de merenda, pra agente politico que enriquece no serviço público... eu acredito que a punição deveria ser ainda mais severa, inclusive com supressão de algumas garantias processuais. Àquele em que o povo deposita confiança e trai esse mesmo povo não merece usufruir das prerrogativas que uma democracia oferece.

Enfim. Eu vou comprar o livro. E espero do fundo do meu coração que essa menina se ressocialize.
Mas fica aqui a minha descrença no sistema.
Eu sei que pessoas reproduzem comportamentos negativos, violência. Mas as vítimas ainda são mais vítimas do que elas. E sempre serão.

Alicia

Anônimo disse...

Endividar
Alicia

titia disse...

Não, Alícia, eu não estou comparando roubo com trabalho (esse comentário nem foi pra você, aliás, mas se a carapuça serve...). Estou apenas dizendo que a motivação por trás do "roubo pra ostentar" e do comprometimento da renda por anos parcelando alguma merda desnecessária é a mesma: a necessidade comum a todo ser humano de se sentir valorizado, e que numa sociedade capitalista se resume às merdas caras que você pode esfregar ter na cara do outro. Acalme-se e leia de novo que você entende. Leia, aliás, essa segunda parte aqui mais de uma vez:

A diferença é que, ao contrário de vocês, eles não tiveram mamãezinha e papaizinho abonado pra dar as coisas na infância e adolescência, muitos não tiveram sequer chance de estudar; e enquanto vocês olham pra esses jovens pobres de cima, com desprezo, como se eles fossem alguma coisa nojenta grudada nos seus sapatos e ainda dizem que pagar salários maiores a professores, arranjar programas de educação e bolsa pra eles é desperdício de dinheiro público, o crime lhes oferece facilidade, conforto, um certo grau de respeito e todas as coisas das quais eles precisam pra ostentar e serem valorizados. E aí vocês reclamam quando esses jovens não escolhem se fazer de mártires da moral e dos bons costumes e se contentar em serem capachos pra alimentar o ego de classe média metido a membro da corte que não consegue viver sem ver alguém numa situação pior do que ele. E quando eu digo pra pegar um pé de cabra e tirar a cabeça da bunda²...

Anônimo disse...

Mãezinha e paizinho abonado.



Meu pai era motoboy e minha mae dona de casa. A unica coisa fora da realidade que eles pagaram na vida foi a melhor escola da cidade p mim e meus irmãos.

Nunc tomavam uma cerveja. Nunca viajavam. Nunca compravam nada supérfluo. Nada.
Tudo era pra gente, eu e meus irmãos.
O que eles me deram de essencial não precisa de dinheiro: foi muito amor, tempo disponível, paciência pra ensinar.

Se quem teve essa garota não quis fazer nada disso, não sou eu quem tenho que pagar a conta.


Alicia

titia disse...

De novo, Alícia, suas atitudes derrubando suas máscaras. Bom, que tal desistirmos agora? Mais claro do que o que eu já expliquei só desenhando, e não há chilique e esperneio que vá me convencer de que você é uma pessoa consciente e preocupada com a ressocialização dos presos - e, consequentemente, com a diminuição da taxa de reincidência e a maior segurança da sociedade.

Anônimo disse...

Mas eu não quero te convencer.
Desde quando aqui nessa caixa de comentários alguém pode falar algo contrário ao que você pensa sem que voce taxasse a pessoa de mascu/bolsomimion/hipocrita/elitista etc.?
Nunca ne?

Ninguém quer mais o bem do mundo que você, titia. E vejam só que coincidência maravilhosa: você e só você tem a receita pra fazer dar certo


Parabéns.
Alicia

Manoela disse...

As causas relacionadas a criminalidade são complexas e multifacetadas para serem reduzidas apenas a omissão de pais ou outros responsáveis, dinheiro ou falta de caráter do sujeito. Porém, é comprovado cientificamente que altos índices de miséria associados a falta de acesso a bens e serviços, desestrutura familiar, rede de apoio governamental precária e que pouco auxilia na inserção ou reinserção social do sujeito, assim como fatores relacionados a personalidade do sujeito e outros, atuam como vetores nas taxas de criminalidade.

Países sérios com gestão séria atuam em diversas frentes para tentar minimizar isso, como é o caso de muitos países Europeus. Eles têm políticas públicas para auxiliar os mais vulneráveis seja a nível de rede familiar, financeira e sócio assistencial, treinamento qualificado para a polícia e redes de segurança. E tudo investimento a curto, médio e longo prazo.

Logo, não vejo motivo para isso não ser implantado no Brasil. Porém aqui, o pouco que é investido serve apenas para construir mais cadeia, e UPPs como se a repressão e o lema "bandido bom bandido morto" por si só fosse a solução dos problemas. Não sou defensora de criminosos e acho que têm de ser punidos. Mas desse jeito apenas acho pouco frutífero.

Me chama atenção como na sociedade há presente um discurso de punição fortíssimo com os criminosos pobres, de preferência, negros. Porém, pessoas corruptas, isto é brancas e ricas como Eike Batista ganham indultos de compreensão e empatia com grande facilidade.

Anônimo disse...

Manoela disse...
Me chama atenção como na sociedade há presente um discurso de punição fortíssimo com os criminosos pobres, de preferência, negros. Porém, pessoas corruptas, isto é brancas e ricas como Eike Batista ganham indultos de compreensão e empatia com grande facilidade.


Não sei daonde.

Corrupto tinha é que pegar perpétua.

Anônimo disse...

Papai era motoboy e mamãe dona de casa, então aos 8 vc não tava morando na rua, né, Alícia? Você estava na melhor escola da sua cidade, tinha o que comer, e sua mãe dentro de casa cuidava de você, dava "muito amor, tempo disponível, paciência pra ensinar". Igualzinho à Talia, aos 8 na rua, abandonada, estuprada, sem nenhum futuro à vista, sem o que comer, podendo contar somente consigo mesma... Ela deveria ter feito um concurso público, afinal, ela só virou traficante porque quis...

Seu umbiguismo não é digno de pena, é digno de horror. Comparar sua vida com quem não teve metade dos seus privilégios (boa escola, pai e mãe em casa, família estruturada) é de uma desonestidade intelectual sem tamanho. A única diferença entre você e o salnorabo é que ele é homem, e você já sacou que, como mulher, sua situação não é lá muito boa no pior país para nascer mulher na América Latina... Esse privilégio de ter nascido com pinto você não tem... E já que seu dinheirinho tão suado (risos) não pode ser usado para financiar "bandida" (sororidade que chama?), o meu (pouco) pode, então vou ter o prazer de comprar vinte deles e doar para as bibliotecas públicas da minha cidade. Vou fazer um trabalho com ele na escola em que leciono, vou indicar para todos os meus conhecidos, enfim, vou divulgar.

Titia, você é a melhor comentarista desse blog! Nem sempre concordo com seus pontos de vista, mas cara, como te respeito. Saber que mulheres como você existem, e que estamos no mesmo lado na luta me dá esperança de um futuro melhor para nós, nossas filhas e irmãs.



Lilian

Marina disse...

Alicia, vivemos em sociedade e a criação de nossas crianças deveria SIM ser uma questão coletiva, responsabilidade de todos, independente de quem concebeu ou pariu. Se vc não quer tomar a parte que te cabe nessa responsabilidade por empatia e solidariedade, tome ao menos para garantir sua própria segurança no futuro, pois a criança abandonada ao deus dará hoje pode virar a pessoa que te dá um tiro na cara amanhã.

"E sobre a violência que você fingiu não ver e agora explode, agora atinge os seus filhos e eu só vejo lágrimas a correr".

Anônimo disse...

Salário de moto boy que dá para pagar a melhor escola da cidade, alimentação, moradia, talvez livros, roupas e material escolar? Çei.

titia disse...

Obrigada, Lilian. Ora, discordar todos nós vamos, né? O importante é se unir na hora que a corda aperta e não permitir que nos arrastem pra baixo.

Anônimo disse...

Sim. Dá. Meu pai eh um empreendedor. Motoboy era o que ele fazia pessoalmente. Mas ele tinha pontos de taxi na cidade, que comprou com a venda de um restaurante que ele montou com o dinheiro da recisao dele quando saiu da caixa econômica, nos anos 90.
E como eu disse, eh muito dificil encontrar mesmo entre pais dedicados, um que se sacrifique tanto quanto o meu, que andou com um par de sapatos por 2 anos. Ja passamos momentos muito tensos financeiramente. Meu pai chegou a dever varios meses de mensalidade escolar. Nao tinhamos luxo nenhum. Hj me envergonho por ter tido vergonha de levar colegas da escola em casa, pq era uma casa simples enquanto muitos moravam em pequenas mansões. Alem do mais era uma escola católica e por mais ateia que eu seja, tenho que reconhecer que as freiras foram muito solidárias. Quando eramos 3 irmaos, um ganhou bolsa. Depois que saiu um, fiz o teste p/ meia bolsa, ganhei, e elas deram bolsa integral no terceiro ano pq estudei la desde o pré.

Alicia

Anônimo disse...

Lilian


Me diz onde me comparei com quem quer que seja.
Eu nao comparei minha vida a de ninguem, sei da sorte que tive por ter pais responsaveis e comprometidos. Sei do valor de uma mae, um colo, uma bronca, pq tive tudo isso.

O que eu disse eh que nao foi fácil pros meus pais serem bons pais. Criar um filho dá trabalho. O merito eh deles.
Eu culpo eh o pai da talia. A mae.
Eles colocaram no mundo um ser indefeso e, apenas por isso, ela eh um peso pra sociedade hj. Um peso que, segundo vc, todos temos a responsabilidade de carregar.
Eu estou sendo crucificada - muito mais do que qualquer criminoso - por nao me sentir responsável.

Alicia

Anônimo disse...

Tbm nao sei.

Eu mesma disse que crime do colarinho branco tem que ser punido com ainda mais severidade
Crime de agente politico deveria ter pena perpetua.


Alicia

titia disse...

Uau, Alícia, algumas criticazinhas ao seu umbiguismo e já estamos te crucificando? Tomara então que você nunca tenha que se livrar de um tarado no ônibus ou denunciar um cara por assédio...

Anônimo disse...

O que uma coisa tem a ver com a outra?

Alicia

Anônimo disse...

Sentir-se responsável pela irresponsabilidade de pais que põe 4..5..6 filhos na mundo sem ter condições de sustentar sequer 1????? NEVER!!!

Tinúviel disse...

Nossa, Alicia, tu realmente falou que aos réus denunciados por um tipo específico de delito "a punição deveria ser ainda mais severa, inclusive com supressão de algumas garantias processuais. Àquele em que o povo deposita confiança e trai esse mesmo povo não merece usufruir das prerrogativas que uma democracia oferece" e não entende o porquê de ser chamada de fascista?!