terça-feira, 6 de janeiro de 2015

GUEST POST: TRABALHO OU TORTURA?

Semestre passado, conversei com um aluno querido que trabalhou como motorista em Fortaleza durante a Copa do Mundo. Segundo ele, foi o melhor emprego da sua vida. 
Já a P., uma comentarista frequente e também muitíssimo querida, teve uma experiência totalmente diferente em SP. Ela a relata aqui neste guest post:

Alguns meses antes da copa do mundo, eu procurava uma oportunidade de trabalho. Quando soube que havia vagas abertas para o setor de hospitalidade dos estádios, imediatamente me interessei, embora não soubesse do que se tratava ao certo. Pelo próprio site da empresa, fiz minha inscrição para a vaga. Não havia muita informação; dizia apenas que era preciso saber inglês e que trabalharia como hostess.
Durante a inscrição, online mesmo, já havia uma primeira avaliação do conhecimento de inglês. Como fui aprovada nessa primeira etapa, algum tempo depois recebi um email me convocando para uma entrevista.
A entrevista aconteceu no CAT (Centro de Apoio ao Trabalho). Logo na sala de espera, já aconteceu um momento desagradável. Apareceu um sujeito, que não se identificou, mas se dirigiu ao grupo dizendo que ia dar um conselho de amigo. Ele disse: "O trabalho é bom, remunera bem. Para passar na entrevista, o mais importante para as mulheres é ter 'presença', boa aparência... Para os homens, vão verificar a dicção; mas para as mulheres, o importante é ser bonita mesmo. Se quiserem retocar o batom..."
Eu já fiquei estarrecida. Quer dizer que se a candidata for "bonita" nem precisa falar inglês? Pode orientar os gringos calada? E o pior foi que ainda teve candidata que agradeceu pelo "conselho". Eu nem falei nada, porque se eu falasse, eu ia brigar. E, naquele momento, eu ainda queria a vaga.     
A entrevista (feita por três mulheres) não demonstrou nenhum tipo de discriminação. Foi apenas competitiva, com uma pergunta em inglês para o grupo, para ser respondida em inglês também, e perguntas individuais do tipo: "Por que você é o melhor candidato da sala?" e "Do que você tem mais orgulho?".
Pouco tempo depois, recebi uma ligação me notificando que eu havia sido selecionada e desejando agendar um horário para a assinatura do contrato, o que aconteceria no CAT novamente.
No dia de assinar o contrato, a pior complicação era não poder levar o contrato para ler com calma ou mostrar pra alguém de confiança. Não era permitido sair da sala com o contrato, o que é super estranho. Tivemos que ler lá, tirar dúvidas, assinar e entregar documentos na mesma hora.
Como eu precisava do dinheiro, acabei assinando (depois me arrependi muito). O cachê por dia de trabalho seria R$ 280,00, o que me pareceu uma boa proposta. Mas muitas das dúvidas não foram esclarecidas na hora. A gerente T. alegou que ainda faltava definir muita coisa. Só que no primeiro dia de treinamento, as definições se mostraram muito ruins.
O treinamento é um capítulo à parte. Nele o nível de precarização ficou mais evidente. O cara do CAT, que eu tinha chegado a pensar que era algum funcionário de lá mesmo, estava presente no primeiro dia de treinamento. Ele estava entregando o material e, assim que o vi, tive uma intuição ruim, que se confirmou ao longo do dia.
De cara a gerente regional M. passou o vídeo do momento em que o público cantou o hino nacional junto com os jogadores no Castelão, na Copa das Confederações. Saquei a dela na hora: ela queria emocionar a gente.
Logo em seguida apareceu uma mulher, que vou chamar de K., cujo cargo não lembro, mas ela estava envolvida com a organização desse setor de hospitalidade. Ela ficou pouco tempo por lá só para dar alguns "conselhos".
Entre as regras de segurança definidas pela FIFA, constava a proibição de levar copos até a arquibancada. A esse respeito, essa mulher disse algo assim: "Você vai ter que saber flexibilizar. Você não vai implicar com o CEO da Coca Cola, um desses caras 'pica grossa', porque ele quer levar copo pra cadeira. Se for aquele cara que ganhou o vip do Pão de Açúcar, aí você peita. Mas se for um 'pica das galáxias', você finge que não vê".
No contrato era pra chegar 6 horas antes do jogo, que já é bem cedo. No treinamento já era pra chegar 7 horas antes e ficar 3 horas depois. Quer dizer, mais de 12 horas de serviço nos jogos com prorrogação. E quando a gente ia poder comer? Só na hora do jogo. E revezando entre o primeiro e o segundo tempo.
Só para ilustrar, uma pessoa que tivesse demorado duas horas para chegar ao estádio e fosse "almoçar" no segundo tempo, poderia passar até dez horas sem se alimentar caso não tivesse beliscado nada durante a viagem. E a esse respeito K. disse: "Sei que tem gente que não gosta de tomar café em casa porque vai pegar condução, mas não vai ter jeito, vai demorar pra vocês poderem almoçar lá. Então sugiro que vocês acordem bem cedo e tomem um café da manhã reforçado com ovos e bacon. É pra todo mundo chegar lá 'comidinho'". E pior que ainda teve gente que riu dessa piada infame.
Se a refeição do dia de trabalho seguisse o padrão do almoço do treinamento, seria bem fraca: deram pra gente um saco de papelão com um misto frio, uma goiabinha e um bolinho de chocolate da Bauducco, um Sufresh de uva, uma banana e um Baton. Uma gerente chamava de "lanche" e dizia que estava tentando conseguir que fossem servidos dois no dia do trabalho porque sabia que "um era pouco".
E nós não poderíamos entrar com comida porque não seria permitido pela FIFA, nem poderíamos largar o posto para comprar comida lá dentro. A única solução era morrer de fome até que entregassem comida pra gente.
Quando disseram que não poderíamos comer no trabalho, imaginei que teríamos uma copinha. Mas que nada, separaram umas escadas restritas ao público pra gente sentar e comer. Quando M. falou dessas escadas, acho que todo mundo fez cara de choque, porque ela começou a se explicar: "Não é masmorra. É que eu não quero que no momento em que vocês vão descansar apareça cliente para importunar..."
O outro ponto polêmico era a questão do frio. Havíamos tido alguns dias de frio bastante rigoroso, e o uniforme das mulheres era um vestido. Mas os homens também estavam assustados com a possibilidade de passar frio, ainda mais que no contrato constava que poderíamos usar luvas, e no treinamento suspenderam essa possibilidade porque "luvas só foram liberadas para Porto Alegre".
E, sobre isso, K. disse que poderíamos comprar uma tal blusa "polar" por R$29,90 na Decathlon, pois "dá pra ir pro Alasca com ela". Só que as mulheres não poderiam colocar essa tal blusa por baixo por causa do decote do vestido. E nada poderia bloquear o decote. Por que será, né?
Fora que a empresa só ia fornecer parte do uniforme. Os sapatos, as meias-calças (para as mulheres) e as calças (para os homens) seriam nossa responsabilidade. E cada vez mandavam a gente comprar mais coisa pra compor o uniforme...  Até teve um rapaz atrás de mim que falou: "já foi o cachê", e eu concordei.
O pior eram as gerentes falando das concessões feitas como se fosse tudo caridade: "Pelo menos o uniforme de vocês vai ter um bolero, uma segunda pele, uma pashmina e meia fio 40. Pior é em BH que não foi liberada a meia calça, e lá está frio".
Como assim não foi liberada? Por quê? Pra quê? Submeter as meninas a frio sob que justificativa? Mas a coisa ainda pioraria. Porque todo mundo tinha que se vestir da mesma forma. Então se esquentasse, o pessoal não poderia tirar casaco, nem pashmina. Então M. disse [sic]: "Decidimos que em São Paulo [as hostesses] teriam que usar meia porque de frio pode morrer, de calor, não".
O momento mais torpe foi quando ela insistiu que a meia "tinha" que ser fio 40 porque ela ia reparar por já ter feito muitas provas de roupa. Ela até poderia reparar, mas clientes reparariam? É claro que não. [Imperdível, sobre meia-calça].
Bom, eu estou acostumada a ver show em estádio e sei o quanto é frio. É frio que agasalho não segura, porque tem muito vento e a sensação térmica cai bastante. Imagina um casaquinho e uma meia? E tinha que ir de uniforme; não poderia se trocar lá, porque não ia ter lugar pra gente colocar as coisas. Aliás, não poderíamos nem levar bolsa. Todo mundo ia levar suas coisas dentro do envelope de plástico que envolvia o crachá, um espaço minúsculo.
Teve um rapaz que perguntou sobre a questão da chuva, porque não poderia entrar guarda-chuva no estádio. Ele falou sobre a necessidade de chegar "arrumadinho" caso chovesse. A gerente respondeu torto: "A sua obrigação é chegar arrumado, a minha é orientar. Você pode usar uma capa de chuva, uma capa de chuva cabe aqui (indicando o envelope do crachá)".
Teria que ser uma capa de chuva bem vagabunda pra caber naquele espaço, e imagina guardar uma capa de chuva molhada com o resto das coisas? Ela provavelmente estava sugerindo que ele jogasse fora ao chegar ao estádio. Que foi a mesma sugestão que ela deu para que as moças não precisassem andar de salto até o estádio; usar chinelinho de pedicure. Por nossa conta também, claro.
Agora chegando à gota d'água que me levou a desistir do serviço: os sapatos. Para as mulheres tinha que ser escarpim preto básico com até 6 cm de salto. E ainda diziam que o escarpim precisava ser confortável. Isso é conversa pra responsabilizar as hostesses; qualquer pessoa que já usou sabe que confortável e escarpim são praticamente antônimos.
Eu tenho um par lindo de linha conforto, que era o que eu pretendia usar. Em nenhum momento eu cogitei usar um escarpim desconfortável. Mas no treinamento a gerente disse que o escarpim não podia ter pespontos aparentes no bico, e sapatos de linha conforto (como o meu) costumam ter, porque isso reduz a pressão nos dedos. 
Concluindo: saldo final 16-17 horas de pé de escarpim não confortável, considerando o tempo de transporte. E assim, elas não conseguiram me convencer de que eu precisava usar esse uniforme.
Por que não um terninho? É claro que é para mostrar o corpo da gente. Eu sei que aeromoças se vestem mais ou menos assim, mas não vai comparar com as condições de trabalho duma comissária, que pode se sentar durante boa parte da duração de um voo.
E é no mínimo curioso que tenham nos orientado a recusar gorjeta por causa de uma política "anticorrupção". Colocam os corpos das garotas à mostra, e depois as proíbem de aceitar gorjeta pra tentar moralizar. Ok.  
Na boa, é um absurdo entrevistar a gente em inglês e depois oferecer condições tão precárias. Aliás, no treinamento descobri que nem todo mundo que estava lá falava inglês. Pretendiam colocar essas pessoas ao lado de quem fala, mas claro, não iam pagar nenhum adicional para quem teria que obrigatoriamente efetuar a conversação.
Mas tem algo pior ainda. Nós teríamos que pegar o uniforme antes de cada jogo, depois devolver lavado, seco e passado. Tudo isso no Itaquerão. Ou seja, três idas ao Itaquerão para cada jogo. Por que não podiam simplesmente entregar os uniformes antes do começo dos jogos e receber no final? Porque não davam certeza pra gente de que trabalharíamos em todos os jogos. A convocação aconteceria antes de cada jogo. Ou seja, todo mundo ia investir em roupa e sapato sem nem ter certeza de que o investimento seria recompensado.
Além de tudo isso, o controle do corpo era muito forte. As moças deveriam obrigatoriamente fazer manicure, e com esmalte de cor clara, além de manter a maquiagem retocada ao longo do dia (base, pó, sombra clara, blush leve, batom vermelho e sem delineador). Rapazes deveriam fazer a barba completamente. Só poderiam manter, desde que aparada, os que tinham barba completa. Até entendo que pedissem para que piercings fossem retirados, pois são acessórios. Mas os furos não poderiam aparecer, teriam que ser tampados com esparadrapo "cor de pele".
Eu contei essa história para muitas pessoas, e nenhuma delas achou que eu deveria ter ficado com a vaga. Na minha opinião ninguém deveria ter aceitado, mas infelizmente não é todo mundo que pode escolher. Para mim foi terrível, pois investi tempo, dinheiro e energia na esperança de ganhar algum dinheiro. Para não ficar com uma sensação total de perda, o que me resta é compartilhar a experiência para que outras pessoas tenham mais condições de avaliar e escolher caso desejem trabalhar nessa área. 

113 comentários:

R. disse...

Eu fiz Gestão Empresarial e minha professora falava que a única exigência na hora de procurar um emprego era a de colocar roupas sociais e não usar uma maquiagem muito exagerada (isso desde a entrevista). Mas me surpreendi com a quantidade de coisas que estavam pedindo de você. Ficou claro que a intenção deles era de agradar os gringos a qualquer custo. E se for pra isso, pra que ser fluente no inglês, não??

Kittsu disse...

O_O
quê isso, meu.

C. disse...

Eu me vi em quase cada trecho desse texto, pois passei pelo processo seletivo para trabalhar no Mineirão (estádio de BH) como hostess. Eu também achei um absurdo essa questão das roupas para mulheres, a questão do sapato não poder ser sapatilha, tinha que ter pelo menos um saltinho, sendo que eu nunca uso salto! Os cabelos tinham que ser presos, até pensei que fossem obrigar pessoas com o cabelo crespo a alisar, mas acho que no fim não precisaram.

Eu sou poliglota, passei em todas as etapas, assinei o contrato, passei por vários dias de treinamento NÃO REMUNERADO e no fim das contas não fui escalada para trabalhar em nenhum dia de jogo. Foi tempo e dinheiro perdido, por causa do que tive que pagar de condução. Pelo menos não tive que sofrer durante o dia inteiros nos estádios, no fim foi até bom que não me chamaram!!!

Porque eu tinha ficado chateada por não ter sido chamada pra trabalhar, pois fiquei sabendo que no dia tinha gente lá trabalhando que nem tinha sido visto no dia do treinamento, tem base???

Ta-chan disse...

'Na boa, é um absurdo entrevistar a gente em inglês e depois oferecer condições tão precárias." Se tiver só a língua pátria pode ter condição precária?É isso?Na boa moça, absurdo é ter essa essa falta de estrutura pra quem vai trabalhar.

Anônimo disse...

Que horror!

Anônimo disse...

Que bom que vc não pegou o trampo, que pena que algm pegou.
Essas diferenças do uniforme entre homens e mulheres dá pra ver tranquilo o quanto o machismo ainda reina. Isso de algumas profissões ter uniforme e a gnt precisar fazer maquiagem, pintar as unhas, muitas vezes usar salto*, e: se depilar. Deixo separado mesmo, pq mulher tende a ter menos pelo e mesmo assim a nossa cultura fala como se tivesse algo a ver com higiene. Nunca vi ninguém explicar pq pernas de mulheres com pêlos são anti-higiênicas e a de homens não.
*A questão do sapato feminino é uma desgraça à parte. Tênis em geral não, mas desses sapatos um pouco mais "arrumados" que alguns trabalhos exigem: grande parte mesmo entre as sapatilhas machuca de deixar marcas. Existem mulheres que se dão bem com uns acessórios de colocar no sapato pra ele não machucar. Eu não tenho essa sorte. Mas, mesmo que tivesse, não deixa de ser patético que conforto pra sapatos (que algm poderia pensar que foram criados pra proteger os nossos pés) femininos seja algo vendido separadamente.

Anônimo disse...

E ainda tem gente que defendeu essa Copa e disse que foi boa pro Brasil. Ela só foi boa pra FIFA e pra classe média alta pra cima, pro povão foi o maior engana trouxa.

Anônimo disse...

Por conta de um bando de otários e otarinas que aceitaram essas condições que isso aconteceu. Se todo mundo falasse um belo FODA-SE ali na hora, duvido que não mudava tudo.

Anônimo disse...

Ta-chan, eu também não gostei do tom dela quando disse isso, mas acredito que ela quis dizer que "os caras entrevistam em inglês como se fosse algo muito pomposo, mas tratam as pessoas como lixo". Enfim, achei meio "classe média sofre" essa frase.

Anônimo disse...

Eu teria desistido desde o momento que ressaltaram a aparência em detrimento da fluência no inglês. Ali já ficou claro que as mulheres serviriam mais de bibelô que qualquer outra coisa. Aliás, mesmo precisando de dinheiro eu já desisti de processos de seleção menos rigorosos; pesando todas as desvantagens eu só continuaria se a a alternativa fosse passar fome e até hoje felizmente ainda não me vi nessa situação.

Anônimo disse...

Se vocês soubessem o nível de exigência e controle sobre o corpo alheio pra trabalhar na Disney, achariam essas restrições levissimas, quase um passeio no parque. Deve ser uma praxe mundial tratar pessoas do setor de apoio ao entretenimento como lixo, não é possível isso.

Anônimo disse...

"Mas, mesmo que tivesse, não deixa de ser patético que conforto pra sapatos (que algm poderia pensar que foram criados pra proteger os nossos pés) femininos seja algo vendido separadamente."

Só nas botas de uso industrial (aquelas brancas, de "açougueiro", mas q são usadas por quem trabalha em cozinha, hospitais etc.) é que existe igualdade de desconforto pra homens e mulheres. QUE DESGRAÇA AQUILO. Basicamente tive que largar de um bom emprego porque estava, no sentido mais literal possível, perdendo a capacidade de caminhar.

Anônimo disse...

Ta-chan:

Eu sou a autora do texto. Não sei se é difícil entender que a empresa exigiu demais pra oferecer muito pouco, mas foi isso que eu quis dizer.

Anônimo disse...

"Eu sou a autora do texto. Não sei se é difícil entender que a empresa exigiu demais pra oferecer muito pouco, mas foi isso que eu quis dizer. "

É difícil sim, porque ficou bastante arrogante.

Anônimo disse...

Eu passei exatamente pela mesma coisa, autora do post! Você descreveu exatamente tudo que aconteceu mesmo. Fui em todos os treinamentos para trabalhar nos jogos em São Paulo também (não pelo ''sonho da copa'', mas sim porque achei que 1.000 e poucos reais, que seria a remuneração de todos os jogos, cairiam bem no momento, já que eu tinha acabado de me formar e estava desempregada). Só umas coisinhas para acrescentar: durante o treinamento também tive que ouvir calada a M. falar que "-a gente, as mulheres, tinham que se dar o respeito" (que ódio dessa frase!), caso algum homem bêbado chegasse na gente, porque elas não estariam toda a hora ao nosso lado, o que deu a entender que a culpa de um possível assédio seria nosso. Aliás, foram vários os comentários machistas durante aquele treinamento. E a orientação dada para as meninas era somente "fazer seu trabalho sorrindo e retocar o batom vermelho sempre que necessário". Tive sorte que, nos jogos em que trabalhei, tinham os hostess masculinos que eram bem legais e sempre ficaram perto das meninas e sempre iam "confrontar" os bêbados engraçadinhos, o que me deixou mais aliviada (sou pequena, não sei me defender de força física, e os caras bebiam demais, já que era open bar o tempo inteiro do jogo). Não tinha UM segurança na área em que eu fiquei, e se você chamava alguém da segurança, era muito tempo pra alguém chegar, pois ninguém sabia se localizar naquele estádio.
As condições para comer foram piores que as descritas no treinamento também. A partir do segundo jogo, não tinha nem bolinho e batom, era só o misto quente frio e suco de garrafa quente. Para o dia todo. E a gente tinha que comer no chão, numa salinha de 4m² cheia de caixas de papelão onde se encontravam os brindes dos convidados. Em 5 minutos. Mas era o momento de alívio em que as meninas tiravam o scarpim! Meus pés ficavam muito doloridos no meio do dia, imagina pra voltar pra casa, de metrô, ia mancando. Realmente, a remuneração foi MUITO baixa perto de tudo isso, ainda mais para mim que também não fui chamada para todos os jogos - fora as idas e vindas pra pegar o uniforme e fora ter comprado um sapato que nunca mais usarei na vida, já que não uso saltos.

Anônimo disse...

Lola! Não sei como te mandar email, mas esse novo projeto dos partos me parece um lobo disfarçado de cordeiro! Pelo que eu entendi, os planos de saúde têm o direito de cobrir APENAS cesáreas necessarias podendo de recusar no caso das eletivas. Oras, isso é uma castração da autonomia da mulher! Concordo que deve ser conversado, esclarecido a respeito das opções e tudo, mas não acho justo forçar mulheres que não te dinheiro pra pagar particular a ter um parto normal! Pois é isso que vai acontecer! Por favor, como usuária de plano de saúde e tendo consciência do preço de uma cesárea particulAr, isso me apavora!

Anônimo disse...

O nível de exigência da Disney é bem menor do que pensam por aí: você só precisa ser "invisível", ou seja, nada fora do natural. Se usar maquiagem, que seja natural. Cabelos com cores naturais, sem piercings. Quando fiz o College Program pensei que iam implicar com óculos grosso ou o cabelo cacheado, mas a moça olhou para mim e disse bem honestamente "só não é para aparecer mais do que o parque".

Anônimo disse...

Anon das 20:43

Cê tá preocupada com quem quer fazer cesária? Moça, se informe sobre essa cirurgia. Eu tô preocupada com quem sofre para conseguir um parto normal, que é muito mais saudável, mas ninguém quer atender porque "demora e dá trabalho".

Honestamente, cesária não deve ser uma "escolha", deve ser uma indicação real numa situação de perigo. Ninguém escolhe uma amputação sem indicação médica real. "Não, tô com medo da dor de tratar essa unha encravada: amputa logo essa perna, Doutô!"
A cesária tem que ser o último recurso, não mais uma "escolha da mulher".

Anônimo disse...

"Concordo que deve ser conversado, esclarecido a respeito das opções e tudo, mas não acho justo forçar mulheres que não te dinheiro pra pagar particular a ter um parto normal! Pois é isso que vai acontecer! Por favor, como usuária de plano de saúde e tendo consciência do preço de uma cesárea particulAr, isso me apavora! "

até isso tudo ficar bem regulamentado, eu não aconselharia NINGUÉM a engravidar. Vai dar merda.

Anônimo disse...

"A cesária tem que ser o último recurso, não mais uma "escolha da mulher"."

O corpo é DA MULHER, o bebê está DENTRO DA MULHER, quem vai passar pelo parto é A MULHER então é A MULHER GESTANTE quem deve dar a palavra final se não houver obstáculo médico para realização do procedimento. Tanto normal quanto cesárea.

O CORPO FEMININO NÃO É PÚBLICO, É PRIVADO.

Anônimo disse...

E eu aqui achando que tô sofrendo demais no meu trabalho...

A carga horária me mata, mas o pior mesmo é que por ser iniciativa privada, cliente pode fazer cretinice e a gente não pode falar nada. Outro dia um cliente otário só esperou o outro funcionário sair de perto de mim pra começar a falar putaria. E eu não podia fazer nada.

Anônimo disse...

Caralho, que merda! Pior que isso só os que trabalharam como "volotários", tudo isso e ainda não ganharam nada.

Raul disse...

Todos os trabalhos que já tive foram uma tortura igual a essa ou parecidas. Ai, por isso não estou aguentando mais.

Anônimo disse...

Não. É difícil porque você decidiu entender em um txt escrito, sem o contexto de fala que medeia a significação, que ela estava sendo arrogante. Uma interpretação possível, mas em face de tudo o que ela havia escrito, não me pareceu que essa era a intenção da autora.

Bruxinha disse...

Xiiiiii que história é essa com as cesareas? Eu escolhi a minha e não me arrependo nem meio minuto. Minha irmã casou agora é tá tentando engravidar e não quer normal tb...não ouvi nada a respeito a não ser nesses comentários. Alguém pode esclarecer?

Zrs disse...

Tenho duas amigas que quase morreram pois no SUS não quiseram fazer a cesárea. Uma delas, teve a bexiga perfurada no processo com o fórceps utilizado depois de mais de 18 horas de trabalho de parto. Ela ficou 2 meses na UTI, entre a vida e a morte, o filho foi amamentado por uma irmã. Anos depois, qdo ela engravidou novamente (corajosa!) escolheu logo de cara a cesárea.

Sabemos da importância do parto normal, mas mais que isso, o parto tem que ser humanizado, seja normal ou cesárea, e que seja sobretudo uma escolha da mulher e ponto!

Meda desta nova lei.

Anônima disse...

Concordo que a mulher deve ser a protagonista do seu parto e a principal a ser ouvida na escolha do tipo de parto. Atualmente não e o que acontece. As mulheres são submetidas a partos normais sem acompanhamento do trabalho de parto e com violência obstétrica em muitos hospitais do SUS e influenciadas a realizarem uma cesárea por conveniência médica ou institucional nos hospitais privados. Não achei que a lei restringe a autonomia da mulher. Os princípios da nova lei são a informação da mulher sobre tipos de parto, o que aumenta a autonomia da mulher para uma escolha consciente, a obrigatoriedade do preenchimento dos dados da gestação no cartão da gestante, o que auxilia na avaliação do risco gestacional, importante para a saúde da mulher e bebe, além de possibilitar que essa mulher possa discutir os dados da gestação com outros profissionais, caso não confie no seguimento do seu pre-Natal, e o ultimo critério da lei e a obrigatoriedade do preenchimento do partograma durante o trabalho de parto, o que obriga o acompanhamento de todo o trabalho de parto, reduzindo complicações, intervenções desnecessárias e pode se constituir em documento importante para essa mulher em caso de complicações, descasos, violência obstétrica, etc. Levando em consideração que a maioria das mulheres não são informadas sobre tipos de parto, os riscos da cesariana, como por exemplo maior risco de infecções, hemorragias, prematuridade, etc acho que a lei, apesar de não ser perfeita contribui mais com a autonomia e empoderamento da mulher do que prejudica.

Anônimo disse...

Essa votou Aécio e é mais uma reacionária querendo desmerecer a Copa das Copas idealizada pela Deusa Dilma. Inveja mata, coxinha.

Raven Deschain disse...

Credo gente. Credo. Credo. Cruz credo. Uma amiga e eu trabalhamos nos jogos em Curitiba, e não foi nadaaaaaa disso! O uniforme foi cedido por eles, um conjunto de tactel igual esses que os velhinhos usam pra fazer academia e camiseta branca. Igual pra todo mundo. Só os tênis eram de responsabilidade nossa, mas tênis é tênis, todo mundo tem. E não entendi quantos dias vcs iriam trabalhar, mas me parece que a remuneração tb foi maior por aqui. 1200 por 3 dias. Os milão mais fáceis que já arranjei. A gringaiada foi bem bacana (até pq por aqui pegou forte aquela campanha do Não means No) e podíamos pegar gorjeta - na vdd ngm falou nada, então pegávamos. Só a questão da comida era mais ou menos isso mesmo. Não dava tempo. Eu não me incomodei pq tou acostumada a passar longos períodos sem comer, mas teve gente que sofreu.

Anônimo disse...

As condições de trabalho são tão degradantes que deveria ter recurso judicial. Como assoim tem que passar frio? Tem que passar fome? E que palhaçada é essa de mumher tem que ser bonita, homem tem que ser competente ( saber falar inglês)?
Da uma desânimo na humnidade.....pena que muita gente tenha que aceitar esse tipo de trabalho.

Lia

Anônimo disse...

isso de forçar a mumher a ter parto normal é um absurdo. Como sempre, escolhendo no nosso lugar, pois claro que uma mulher não é capaz de escolher por ela mesma. E quem comparou uma cesarea a amputar uma perna... sério? Não entendi MESMO essa comparação.

Eu leio muito sobre o assunto, e olha, depois de ler e conversar com deus e o mundo, quero cesaria. E não é medo da dor durante o parto não. O medo é a recuperação. Um corta a barriga, mas o outro, rasga a vagina. RASGA. Prefiro ponto na barriga que na vagina. E POis a barriga dpeois niniguém mexe mais. ... e fora que parto vaginal depois deixa o perineo largo SIM! TAnto que estou na França e depois que tem parto normal fazem 10 sessões para fechar o perineo.

E o proximo que vier falar que a natureza sabe o que faz, respondo: terremoto é natural. E a aranha mata o parceiro depois de ter copulado. Pode até ser normal, mas não é bom...

Anônimo disse...

Gente, vocês estão MUITO equivocadas em relação a nova regulamentação da ANS para partos. Em momento algum falam que não vai ter mais parto cesárea. Falaram que o médico vai ter que entregar o partograma, explicando TUDO, todos os motivos que o levaram a fazer uma cesariana...E que a cesariana só vai poder ser feita após início do trabalho de parto, que é fundamental para o bebê e para a mãe. A mulher deve ter liberdade total para saber se quer ter filho, por qual via o terá mas é DEVER do médico não a submetê-la a uma cirurgia desnecessária (cesariana é cirurgia e oferece risco 3x maior à mulher!!). Lívia

Anônimo disse...

Junto com o privilégio de poder escolher, vem o privilégio de poder reclamar.

Devemos cobrar e exercer nossos direitos! É um absurdo que em pleno século 21 ainda exista uma divisão sexista do trabalho!

Anônimo disse...

"Na boa, é um absurdo entrevistar a gente em inglês e depois oferecer condições tão precárias. Aliás, no treinamento descobri que nem todo mundo que estava lá falava inglês. Pretendiam colocar essas pessoas ao lado de quem fala, mas claro, não iam pagar nenhum adicional para quem teria que obrigatoriamente efetuar a conversação".
Não entendi? explica qual é a relação em ter fluência em inglês e o oferecimento de condições precárias.
Em qualquer circunstâncias as condições devem ser dignas. É assim que vejo.
O neoliberalismo é nojento mesmo!

Anônimo disse...

Quem é da História pode me confirmar: Isso é resquício da escravidão, sou advogado trabalhista e dia após dia vejo isso nas relações entre patrão e empregado.

Anônimo disse...

Acho que essa lei nova do partograma ajuda a mulher a ter mais controle da sua ficha médica. Nao vejo em como informacao pode tirar a autonomia de mulher nenhuma.
Tive um parto ótimo com um bom atendimento e acredito de coracao que qualquer mulher deveria ter o direito a uma orientacao adequada e apoio para viver plenamente o nascimento de um filho, da maneira mais natural possível. Quando bem vivido um parto normal é uma experiência maravilhosa, muito edificante, traz uma conexao muito forte e imediata com o bebe, com o feminino e com si mesma.
Nao condeno a cesariana sem real indicacao médica, mas essa decisao tem que partir da mulher depois de informacao e reflexao. Todas as pessoas tem seus limites e tudo bem, o que nao podemos aceitar é uma cirurgia desnecessária que coloca maes e bebes em risco por conveniência médica.
Eu acredito que grávidas bem atendidas num parto normal (incluindo, por exemplo, um bom curso de preparacao) nao irao se arrepender.
Assistam o documentário O Renascimento do Parto. É muito exclarecedor.
Quanto ao medo de todas serem obrigadas a parir, eu acho infundado.

Anônimo disse...

AHHAHHAA Parto normal rasga a vagina HAHAHHAHAH

Cesária pelo medo da recuperação do parto?? Oh, I've got bad news for you.

Anônimo disse...

Anônimo das 20:43, n ão se preocupe que isso não vai acontecer. Os médicos do plano vão continuar fazendo as cesáreas, vão dar um jeitinho pra isso. O que acontece é que no momento as mulheres não tem autonomia para escolher um parto normal! O sistema empurra a cesárea goela a baixo, usando a desinformação e medo das pacientes. Muitas querem o parto normal e são coagidas a aceitar a cesariana, tem medo de ir para o SUS e acabam se sujeitando aos caprichos dos médicos. A OMS preconiza que 15% dos partos sejam cesarianas e na rede privada do Brasil chegam a mais de 80%, eu vejo muita coisa errada nisso. No momento a mulher não tem autonomia para escolher, o governo está interferindo por isso. Nem vou entrar no assunto da taxa de disponibilidade para o parto normal, mais uma forma de coação.

Anônimo disse...

Sabe o que vai acabar com esta nova regulamentação da ANS?Cesareas agendadas (não serão mais pagas)!Logo...acabou boa vida de médico cesarista que gosta de agendar 10 cesarianas prara antes do feriado para não correr risco de alguma grávida interromper seu feriado.CHORAAA classe médica!!

Anônimo disse...

Anônima das 07:25
Nunca vi ninguém ser tãoooo desinformada como vc. Você deve estar lendo só Revista bem leiga pra estar dizendo tamanha sandice. Em cesariana se corta SETE camadas de pele!Sete!!!Você e o bebê tem três vezes mais risco de morrer no parto!!Para quem falou ai q já viu a filha da vizinha da comadre da fulana ter problema em parto normal, já vi muitossss bebês irem pra UTI pq o médico agendou a cesarea e o bebê nasceu prematuro (ultrassom NÃO é 100% confiável quando fala que vc está na 38 semana, por exemplo). Parto normal que é defendido é o parto natural, sem ocitocina sintética, com respeito ao protagonismo da mulher, esperando o tempo do organismo dela para ter o bebê e com alternativas não-farmacológicas para alívio da dor. Em MUITOS casos não há sequer laceração do períneo e mesmo quando há ela é infinitamente mais fácil de cicatrizar do que quando cortam sete camadas da sua barriga!Dicas de sites confiáveis para estudra sobre o assunto: cientistaqueviroumãe;
estudamelaniaestuda;
Dá um google nestes dois que vc vai começar a abrir seus olhos!

Anônimo disse...

Trabalhei, desconfio fortemente com essa mesma empresa na copa das confederações no rj, esquema de tortura,nem água deram pras meninas, comida nao podiamos levar tb e tinhamos q comprar lá em 30 minutos de intervalo com o nosso dinheiro, nunca mais!! se soubesse q ia ser assim nao tinha nem ido, mas tem gente que vive dessa exploração.

Anônimo disse...

Amigas... pode até ser que aconteçam lacerações em parto normal...

mas no MEU caso, tive dois e não levei NENHUM ponto, minha vagina não alargou, pelo contrário... a primeira relação depois dos partos parecia que eu era virgem novamente.

Não falem besteira, esse negócio de que parto vai obrigatoriamente te arregaçar é mito.

Anônimo disse...

"AHHAHHAA Parto normal rasga a vagina HAHAHHAHAH

Cesária pelo medo da recuperação do parto?? Oh, I've got bad news for you."

7 de janeiro de 2015 09:49
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Sim querida, rasga a vagina sim!!! Como você quer fazer passar uma melancia pelo buraco de um limão sem forçar? Afrouxa tudo. Depois volta, mas demora. ta????

E claro que a cesaria precisa de tempo de recuperação, mas dou um exemplo: caí e tive que tomar 8 pontos na altura da sobrancelha. minha cara ficou inchada, horrorosa 10 dias. Mas passou. E até hoje, 1 ano depois quando tiro uns pelinhos de sobrancelha ainda doi na cicatriz. Acontece que a sobrancelha é um lugar one eu mexo pouquissimo. então ta bom.

Por outro lado tive candidiase severa, que durou uma semana. Além de me coçar igual uma condenada, me cortava e me afetava psicologicamente. 1 semana depois, tava tudo ok. E claro, não guardo sequela nenhuma.

Prefiro abrir a arcada novamente, e tomar 8 pontos novamente e ficar com uma pequena cicatriz quase invisivel na sobrancelha do que ter uma porra de candidiase de uma semana novamente. Sabe porque? POrque uma afeta fisicamente ( a abertura no rosto). Passou 20 dias, acabou. Mas a candidiase me afetou ^psicologiacamente. Tudo bem ir pro trabalho com a cara arrebentada de ponto, o pessoal fica até com dó, pergunta se ta tudo bem.... Mas vai pro trabalho e fala: "nao posso sentar por que minha vagina está arregaçada!" Eh isso que eu falo. PRA MIM prefiro uma desconforto na barriga, que será fisico. Mas na vagina, cheia de pontos, sem poder sentar e ter vida sexual ativa depois de 6 meses, pra mim, é pscilogico.

Vocês podem respeitar isso, ou não?

Anônimo disse...

Em outros países não tem isso não de aí tô com medonho vou fazer césares pelo plano. É normal fia. Minha cunhada parou na Espanha e não teve opção de fazer césares pq estava tudo normal. Eu sou medrosa e ainda bem que posso pagar césarea particular, pq não sou uma vaca parideira e não estamos mais no século XV.

Anônimo disse...

Gente sabe quando chega um mascuzão aqui questionando coisas básicas sobre o feminismo tipo: "ah mas cantada é um elogio, tem mulher que gosta" e a gente tem que desenhar pra ele que não é assim, que eu NÃO QUERO CANTADA?

Então tá parecendo essa discussão sobre parto aqui no blog da Lola. Busquem informação amigas, sério, isso aqui tá uma vergonha. Recomendo a fan page do cientista que virou mãe só pra começar...

abraços

P.S.: pra essa anônima que insiste que parto arregaça e leva 6 meses a recuperação, sério amiga, para que tá feio. Pode acontecer sim, claro, mas nem de longe é a regra. Tem uma indústria inteira fazendo mulheres acreditarem que seus corpos não funcionam direito e que elas PRECISAM de um médico pra fazer algo que elas podem perfeitamente fazer sozinhas -em condições de saúde íntegra, obviamente quando há complicações a cesárea é simplesmente a melhor coisa do mundo, fim.

LEIAM RELATOS, LEIAM SOBRE O ASSUNTO, REFLITAM. BUSQUEM CONHECIMENTO IGUAL O ET BILÚ. SÉRIO!

https://www.facebook.com/cientistaqueviroumae?fref=ts

bjs

@vbfri disse...

Credo, credo, credo.
Nunca estudei direito trabalhista (só na faculdade, nas disciplinas obrigatórias), mas estou certa que houve um belo abuso aí. Seja pelas péssimas condições de trabalho, seja pelo tempo escasso de alimentação, seja pelos horários prolongados. Algo muito errado existe aí.
E concordo com quem falou que isso é resquício da escravidão... Num país como o Brasil, com tamanha desigualdade social, existe, sim, gente que não pode ficar escolhendo muito... Inclusive gente qualificada que, por um motivo ou outro, não consegue se colocar no mercado de trabalho.
Quem comparou com Disney: olha, que eu saiba não é assim não. Mas eu tenho pena da galera lá que, num calor infernal, tem que usar aquelas roupas de personagens.
E aposto que ganham bem mais por hora do que quem trabalhou na copa.
E concordo com quem falou que ninguém deveria ser submetido a condições tão degradantes. Como assim só serviam um misto e um suco por 12h ou mais de trabalho?
Galera que entende de direito trabalhista... não tem que ter um intervalo mínimo a cada x horas trabalhadas? Em 6 eu sei que são uns 15 minutos, 8, 45 minutos e mais do que isso não tem que ter um intervalo mínimo a cada 2 horas?
E eu teria desistido fácil na hora que falassem do scarpin. Hoje eu trabalho sentada e mesmo assim só uso sapatilha.
Mas, assim, tb minha família teria condições de me ajudar se eu estivesse passando por dificuldades. Na hora do aperto é que a gente perde o direito de escolha...
Enfim, situação absurda essa.

Anônimo disse...

Lola,
Agora que reparei no canto direito superior do blog, tem um pedido de doacao. Nao entendi muito bem. E para alguma causa ou apenas para o blog continuar ativo?

lola aronovich disse...

SIM, GENTE, CONCORDO! Estou precisando de um guest post URGENTE sobre esta notícia do governo querer reduzir as taxas de cesáreas no país. Alguém pode me mandar um post, por favor? Temos uma das mais altas taxas de cesarianas no mundo, o que é cultural e nada recomendável. Mas como não sou nem nunca fui nem nunca serei mãe não me sinto tão à vontade para escrever este post. E hoje estou ocupadíssima escrevendo sobre um ataque que sofri do Danilo Gentili ontem. Alguém por favor me mandar um guest post sobre cesáreas etc pra eu publicá-lo aqui amanhã? Obrigada!

@vbfri disse...

Pergunta (assim, só por curiosidade...): Por que num post sobre copa tem um monte de gente falando de cesárea?
Assim, só pra saber...
Minha opinião: que as pessoas tenham mais direito à informação. Tem gente demais que acha que cesárea é coisa-linda-de-deus, quando é uma cirurgia de médio porte.
Estou com quem falou que é tipo preferir amputar o pé do que tratar a unha encravada.
Que seja amputar o dedo.
Em tempo: tive que operar 2 vezes de unha encravada (uma vez no Brasil e outra na França). A recuperação doeu mais do que a unha encravada em si, fui super mal tratada no hospital da França, praticamente amputaram minha unha, ainda deixaram um pedaço da raiz crescendo num lugar onde não devia... uns 6 meses depois esse pedaço começou a romper músculo, pele, tecido, infeccionou (e eu morrendo de medo de voltar ao hospital), até o dia que rompeu a última camada de pele. Aí eu tenho um pedaço de unha que cresce na vertical, separado do resto da minha unha...
E nem a pau que eu faria uma cesárea por opção. A dor que eu sofri na recuperação de uma mísera e ridícula cirurgia de unha encravada já foi trauma demais para uma vida.
Aliás, a recuperação da unha encravada demorou mais de um mês. Como a segunda cirurgia (a da França) foi nos dois pés, o dia mais feliz foi quando eu não senti mais dor ao caminhar.
E, claro, sempre tem a galera pisando no seu pé. E o remédio para dor que me deram era um opiáceo afetou o meu estômago a ponto de eu preferir sentir a dor no pé.
Uma coisa é você passar dois dias tendo contração e não ter nem um centímetro de dilatação e ter que partir para a cesárea.
Outra beeeeem diferente é você marcar a cesárea para o dia x pq é aniversário de alguém próximo (já vi isso), ou é um dia bonitinho (já vi também), tipo 10/10/10 (tb já vi). Uma coisa é cesárea por necessidade, a outra é por vaidade.
Não tem lógica (desculpa quem falou que faria por causa do efeito psicológico de um parto normal) uma pessoa escolher cesárea. E aí eu concordo com o plano de não cobrir uma cirurgia ELETIVA quando existe uma maneira bem menos invasiva de se proceder.
Vou dar um exemplo besta: o meu plano de saúde não cobre cirurgia para miopia até que se atinja 7 graus. Cobre um óculos básico, cobre as consultas, cobre tratamento se eu tenho algum problema. Mas não cobre cirurgia.
Uma cirurgia simples, rápida, com anestesia local. Se eu quiser fazer a cirurgia (tenho 6 graus), tenho que pagar do meu bolso. Fim.
Agora vou lá encher o saco porque deve ser escolha MINHA fazer cirurgia, podendo ganhar óculos? Porque é MINHA escolha, MEU corpo? Sei lá... acho meio absurdo. Com 7 graus já tem uma justificativa médica (sei lá qual é, não pretendo fazer essa cirurgia).
Ninguém está PROIBINDO a mulher de fazer cesárea. Eles estão apenas DECIDINDO por pagar APENAS as que forem NECESSÁRIAS.
Não tô vendo nenhum absurdo.
Aliás, tô batendo palmas.
Porque se eu quiser um parto humanizado, natural, em casa ou num hospital privado, com estrutura para esse tipo de parto (são pouquíssimos) o plano não cobre e eu tenho que pagar particular.
Aí vem a pessoa dar xilique porque o corpo é dela e o plano TEM que pagar porque a pessoa QUER fazer uma cirurgia ELETIVA??? OI???? Que o corpo é dela e ela que escolhe???? Sério isso???
Ow, se eu quiser fazer plástica pra reduzir o nariz (cirurgia eletiva de médio porte, que nem cesárea), você acha que o plano tem que ser obrigado a pagar?? Jura??
E pra colocar silicone?
Ah, gente, menos, vamos... Por favor.
Quer colocar seu medo/trauma/problema psicológico do parto normal como justificativa médica? Beleza. Vê se um psiquiatra atesta isso.
De repente, se for algo tão enorme assim, dá certo.

@vbfri disse...

Gente, é simples, juro: o plano não deve ser obrigado a pagar por uma cirurgia ELETIVA de médio porte. Simples assim.
Quer fazer particular? Faça e seja feliz.
Recuperação de seis meses pra parto normal?? Parto normal "cheio de ponto"???? Primeiro que episiotomia deveria ser abolido para sempre. Quando for (ó a esperança) será o fim dos pontos na vagina (exceto em casos RAROS de laceração) e a mulher estará linda e pronta pra vida saindo do parto.
Todas as mulheres que conheço que tiveram parto normal (e foram MUITAS), saíram da sala de parto e foram tomar banho e trocar de roupa. Sem dor, sem trauma, sem neura.
As que conheço que fizeram cesárea (algumas eletivas, outras necessárias) não conseguiam sequer levantar para amamentar. Uma delas (necessária - não teve dilatação) teve TRÊS médicos empurrando a barriga dela para o bebê sair e só conseguiu amamentar o filho 24 horas depois por causa da dor. A minha irmã que nasceu por cesárea (necessária - minha madrasta teve pré-eclâmpsia) ficou uma semana na UTI por baixo peso (isso que, segundo o cálculo do médico, nasceu apenas uma semana antes do previsto).
Cesárea é melhor pra quem mesmo?
Eu acho um crime a pessoa optar por cesárea marcada, sem esperar o trabalho de parto começar.

Anônimo disse...

Tem acho que não tem nada que obrigar plano a pagar césarea pq a mulher tá com medo. Me poupe. Em lugar nenhum do mundo existe isso. Vão fazendo a poupança da césarea. .. eu vou...

Anônimo disse...

Desculpa, mas eu não entendi por quê ela queria receber gorjeta. Pelo que está escrito, ela seria hostess, e, não garçonete.

De qualquer modo, uma experiência horrível, que bom que ela não aceitou.

Anônimo disse...

Só faltou mesmo o tronco e o pelourinho, porque isso aí é praticamente trabalho escravo. A pessoa não tem intervalos pra descansar, precisa aguentar assédio calada, não tem o suficiente pra comer nem permissão pra trazer de casa (juro que essa eu não entendi por quê. Alguém explica? Qual é o problema de trazer de casa, vai pegar mal pra empresa, vai parecer que não dão as condições mínimas aos empregados? Porque não dão mesmo, viu) e pra terminar de lascar tudo, o pessoal que trabalhou vai ter gastado tanto do próprio dinheiro pra cumprir as exigências do contratante que pode até sair no prejú. A lei áurea já não foi assinada, não?

Anon das 12:46 a vagina é elástica, ela é feita totalmente de músculos e pode se dilatar e contrair de novo. O problema de rasgo no períneo se deve à posição deitada, que é conveniente pro médico mas péssima pra mulher. Quando a mulher dá à luz deitada, ela tem que fazer força contra a gravidade, pressiona vasos sanguíneos importantes, e alguns obstetras ainda usam a tal manobra de Kristeller (é assim que se escreve?), em que alguém sobe na barriga da mãe, faz peso e empurra o bebê com toda força-o que pode causar o colapso do assoalho pélvico. As melhores posições pras mulheres parirem são na vertical, de cócoras ou sentada, nessa posição a gravidade ajuda, não precisa empurrar a barriga, o parto é mais rápido e o períneo não rasga. Ah, e a imobilidade a que a mulher é submetida no parto hospitalar tbm não é bom. A mulher tem que andar e fazer muito movimento pq isso ajuda o bebê a se encaixar na pelve e agiliza o processo. Ou seja, o parto dito normal é feito de forma toda errada, contando só o que é mais confortável pro médico, a saúde da mulher e do bebê são ignoradas - a mesma coisa que acontece quando o doutor marca a cesárea com 38 semanas, abre sete camadas de pele, gordura, músculo, carne, e tira um bebê do útero direto pra UTI neonatal pq a criança não está madura e não consegue respirar. De qualquer maneira que se olhe, o parto no Brasil é desvalorizado e feito da forma errada, mas não dá pra culpar a natureza. Ela não pretendia que as mulheres fossem obrigadas a parir nas piores posições e condições pra conveniência dos médicos mal informados e desatualizados. O seu antagonismo pode não ser com o parto normal em si, mas no modo totalmente errado como ele é conduzido por aqui.

Minha mãe teve três partos normais e uma cesárea. Ela diz que quer parir mais três de parto normal, mas não quer fazer cesárea nunca mais. Prefere a dor do parto, onde o moleque saiu a dor acabou e no mesmo dia voltou com os bebês pra casa, do que ficar semanas imóvel, sem poder fazer nada em casa sem sentir dor, sem andar direito e mal conseguindo segurar os filhos. Então sem essa de que mulher não é "vaca parideira" como se parir fosse uma vergonha, coisa de primitivo, digno de desprezo, um insulto a ser usado contra as mulheres que não se renderam ao modo "superior" e cirúrgico de ter filho. Quer fazer cesárea sem se prejudicar nem ao bebê? Faça. Mas sem ofender as mulheres que preferiram parir pela vagina, ok?

Anônimo disse...

Lolinha, veja se é possível com a Lígia Moreiras Sena, do cientista que virou mãe, republicar um post excelente que ela publicou no blog dela hoje sobre esse assunto do parto.

Ela é a pessoa mais indicada, segundo minha opinião, pois é mulher, mãe, feminista, a favor do aborto e meu corpo minhas regras, e além de tudo é doutora na área de saúde pública! Ou seja...
pede pra ela, ela é linda de querida e super acessível e já publicou outros dois guests maravilhosos aqui...

só uma dica!

Zrs disse...

Conheça algumas histórias de horror com parto normal, aliás, várias. Algumas boas com cesárea, podem acreditar.

Conheço também algumas histórias recentes de partos normais mais humanizados e bem felizes.

Agora questiono, o plano vai fazer de TUDO para não ter que pagar a cesárea, óbvio, dessa forma teremos vários médicos, com experiência zero em normal, rasgando mulheres com fórceps, é o que acontecerá.

A mulher, como sempre, pagará o pato

Engraçado que defender a "natureza"só vale para parto e para a mulher, né? Para todo o resto utilizamos o bom e velho cultural, a boa e recente tecnologia.

Anônimo disse...

Eu não acho a indicação do "receber assédio calada" é tão problemática, muitos que é culpabilizar a mulher.
A questão é que como hostess é sua função evitar conflitos. Os homens devem ter sido orientados a não responder provocações e insultos também.

Ta-chan disse...

" Eu sou a autora do texto. Não sei se é difícil entender que a empresa exigiu demais pra oferecer muito pouco, mas foi isso que eu quis dizer.
6 de janeiro de 2015 19:21"

Oi autora do texto.Todo mundo entendeu como a condição de trabalho era ruim, mas o que disse é que nem vc e nem qq outra pessoa deveria ter que se submeter a isso.Agora a sua frase:
"Na boa, é um absurdo entrevistar a gente em inglês e depois oferecer condições tão precárias."
Essa frase tá cheia de preconceito de classe.

Zrs disse...

Acho que as opiniões sobre esta questão não devem vir apenas das que defendem o perto normal, mas das que defendem também a escolha das mulheres.

E mais, muito mais que um parto normal, que o parto seja humanizado, e seja uma escolha da mulher, uma escolha autônoma de decidir ser quer passar pelas dores do parto normal e suas complicações, ou pelas dores da cesárea e suas complicações.

Anônimo disse...

Eu tenho dó de quem precisou se submeter a isso... Muitas vezes as contas apertam e as pessoas precisam fazer o que vier pela frente, mesmo que seja humilhante, doloroso e precário.

Quanto essa questão sobre o parto eu digo mais uma vez - A ESCOLHA É DA GESTANTE. Ponto final!!!
Não é do plano de saúde
Não é do governo
Não é do GO (principalmente por ser a especialidade médica com a maior quantidade de gente escrota por metro quadrado)
Não é das ativistas do parto natural (que se dizem tão acima do resto da humanidade mas adoram usar termos como "extração cirúrgica do bebê" e "filho de anestesia" ao se referir as mulheres que não alcançaram o "parto-encantado")...
Nem da vizinha, do tio, marido avó, papagaio. É DA GESTANTE!!!!

Minhas duas avós tiveram 10 partos cada uma, em casa e com parteiras analfabetas. Uma viveu até os 79 anos, muito bem obrigada. A outra acabou de fazer 80. Vai bem obrigada...

Minha mãe teve dois partos normais no hospital. Sem ajuda, no primeiro meu irmão teria morrido. No segundo, ela teria morrido algumas horas depois de trombose. Ela está com 63 anos, meu irmão com 35 e eu com 31. estamos todos bem, felizes e saudáveis. Muito abrigada.

Minha cunhada fez cesárea eletiva e não amamentou - Oh... the horror... queimem a bruxa!!!
Ah... ela vai muito bem, obrigada. Meu sobrinho está com quase um ano, já anda, vai na escolinha (oh... another horror - a bruxa demoníaca "abandonou" o bebê nas mãos da "tia" perversa da creche que como criancinhas)é lindo, esperto, 100% saudável e se desenvolvendo normalmente. Muito obrigada...

Mulheres adultas devem ter acesso a informação. Sem coação, nem conto de fada. A partir daí elas decidem o que fazem com seu aparelho reprodutivo. Só elas e ninguém mais!!! Para o resto do mundo, façam sua caridade do dia e calem a boca!!!


Jane Doe

Anônimo disse...

Fuga ao tema legal aqui.Vamos voltar à discussão do guest post mimimi.

Anônimo disse...

P/ Jane Doe

Sou sua fã. O que você disse foi perfeito. Um beijo no coração gata, vc merece!

Pepper.

Anônimo disse...

Desculpa, Jane Doe, mas cesárea eletiva causa sofrimento para o bebê e é sim uma crueldade. O fato da criança se desenvolver normal depois e não se lembrar de nada não muda o fato que o bebê sofreu "porque a mãe ou o pai queriam que o pimpolho nascesse no dia da árvore", ou sei lá.

Anônimo disse...

Vejo as optantes de césarea falando mal do normal como uma defesa. Pq cansa tanto banal lá natureza blablabla se não sai pela vaginismo é menos mãe e mulher blablabla. Tem todo um movimento (que não é do governo nem de médicos, esses têm seus motivos, mas de OUTRAS MULHERES) pra de Mônica a cesariana. Deixem que cada uma tenha o parto que quiser, CARALHO.

Anônimo disse...

Pra DEMONIZAR, não de Mônica

Bruxinha disse...

Jane Doe eu sou bruxa tal qual sua cunhada. Não quis saber de trabalho de parto nem de amamentação e sou uma grande mãe. Respeito o povo do parto normal, circulo de fogo, aleitamento exclusivo e blá bla bla...mas não espere que eles tenham a mesma conduta. Cassam a carteirinha direto nesses blogs maternos. Affff

Anônimo disse...

Bingo!!!

Rasguem a mulher no meio. Cortem-na com um cutelo se for preciso. Costurem-na com corda de sisal, mas tragam um bebê feliz e saudável.
As crenças, os desejos, os medos da "chocadeira" não são importantes.
Na verdade, nem mesmo o bem estar do bebê é importante. O importante mesmo é garantir que mulher nenhuma possa escolher SE e como quer parir.

Jane Doe

Tamires Barbosa disse...

Partograma só pode existir uma vez que a mulher entre em trabalho de parto.

A mulher tem direito a escolha se quer passar por um trabalho de parto ou não!

Quando eu postei isso no grupo da universidade o que vi de gente falando (n foi gostoso fazer? Agora aguente! Quer tirar o filho que não tá pronto por frescura! Medinho. Não quer parir, não engravide. Tá certo, mulher n tem direito a fazer cesariana não, vai fazer mal bb por capricho, se é capricho ela que se vire pra pagar. Nunca vi tanta frescura pra nascer, quer cesariana que pague)

Se o governo autoriza os planos a glosarem partos cesarianas eletivos ele tira a autonomia da mulher sim! E da mulher que não TEM dinheiro para pagar uma cesariana. Sinto muito que mulheres informadas queiram fazer uma cesariana, mas essas mulheres existem. E precisam ser respeitadas!

Essa lei privilegia empresas privadas em detrimento da AUTONOMIA da mulher a partir do momento que os planos n precisam pagar.


Gente, planos negam cirurgias importantes por dinheiro, se a vontade de ter uma cesárea for considerada uma frescura de mulher ninguém vai poder escolher a via de parto se não tiver dinheiro pra pagar.

Defendo o parto natural, defendo a educação em saúde, mas outra lei limitando a autonomia corporal de mulheres e principalmente mulheres pobres, NÃO MUITO OBRIGADA!

Anônimo disse...

A cesárea NÃO É a grande vilã. A mãe que escolheu fazer uma cesárea eletiva NÃO é uma bruxa, NEM é menos mãe. Nem significa que as crianças nascidas assim vão crescer desequilibradas. Mas cesárea não é só um jeito de parir. É uma cirurgia com vários riscos, inclusive de morte materna, e que frequentemente leva bebês direto da sala de cirurgia pra UTI neonatal. Os problemas que os defensores das cesáreas mais citam no parto normal não é culpa do processo de parto propriamente dito, mas do jeito como ele é acompanhado e tratado pelos médicos no Brasil, todo errado do começo ao fim. Se quer fazer cesárea, faça. Mas custa ao menos esperar o trabalho de parto começar antes da cirurgia pra ter certeza que o bebê está pronto pra nascer? E tem defensor da cesárea aqui demonizando o parto normal também, dizendo que mulher não é "vaca parideira", que parto normal causa mortes (césarea também, fofis, é uma cirugia e cirurgia tem risco de morte), ou seja, cada um dê sua opinião e respeite os outros. Nada de chamar a que fez cesárea de bruxa ou menos mãe, nem querer queimar essas mulheres na fogueira, e nada de chamar a que teve parto normal de vaca parideira, dizer que são umas irresponsáveis, umas burras que querem arriscar a vida do bebê, etc. Porque, gente, qualquer que seja a decisão que tome, a mulher vai ouvir groselha. Se escolher cesárea, é bruxa e menos mãe; se escolher parto normal, é burra e quer matar o bebê. Mulher não pode decidir NADA sem ter alguém disposto a jogar pedras nela, então vamos só dar nossas opiniões sem xingar e pronto.

Anônimo disse...

Jane Doe,

Tu és uma comentarista tão certeira e inteligente, mas do que estás falando agora?

Sabia que a porcentagem de cesáreas nos planos de saúde é de 80%? E que, segundo uma entrevista feita ano passado, 67% das mulheres que usam o plano desejavam o parto normal? Não é estranho que apenas 20% tenha conseguido o que desejava?

Ninguém vai coibir mulheres de ter as suas cesáreas, pode crer. Esta é a cultura no brasil, cultura esta muito apoiada pelos obstetras. O que está acontecendo é que as mulheres que querem o parto normal NÃO ESTÃO PODENDO FAZER ESTA ESCOLHA, entende?
As que querem - e podem - tem que pagar muito caro para conseguir, cerca de 5 mil reais.

Entende agora? Ninguém está querendo TIRAR o direito da mulher de fazer a cesárea. Este direito já existe, apenas acntecerá de o plano de saúde não mais cobrir cesáreas eletivas, como já não costumam cobrir quaisquer cirurgias eletivas (como as com fins estéticos, por exemplo).

Nesses grupos de mães tem aquelas que julgam e falam besteira sobre as que escolheram a cesárea, assim como aqui no blog temos muitas feministas julgando, xingando e cagando regras em outras mulheres. Não dá pra julgar todo um movimento por suas maçãs podres. O movimento pelo parto normal é extremamente necessário neste momento, onde as cesáreas ultrapassam 50% da totalidade de partos feitos no brasil (SUS + Planos particulares), quando a recomendação da OMS é de que as cesáreas não ultrapassem 15% dos partos.

É sim escolha da mulher, é ÓBVIO! O que acontece é que esta escolha não é exatamente autônoma, há uma indústria médica que convence as mulheres de que seus corpos são imperfeitos e incapazes de parir, que o parto é sujo, primitivo, animalesco, dolorido e que nenhuma mulher moderna e bem sucedida "deve" se submeter a esta humilhação toda. Isto é mentira. É parecido com a campanha da Gilette nos anos 70 convencendo às mulheres de que pelos (apenas os femininos, diga-se de passagem) são sujos, hoirríveis e etc para vender mais produtos. Consegui me fazer entender sobre a analogia?

Obviamente, não há problema nenhum em se depilar pra se sentir mais bonita, mas devemos entender o contexto histórico onde este "desejo de depilar" está inserido.

Já a opção pela cesárea é algo mais complexo do que a opção pela depilação, pois envolve a saúde materna e a do feto/bebê. Há diversos estudos que apontam que a cesariana eletiva (aquela que é agendada antes de o bebê demonstrar maturidade pulmonar suficiente para nascer - o que se dá quando o trabalho de parto ativo é iniciado) eleva em 3x o risco de mortalidade materna e infantil. MULHERES estão morrendo por uma escolha não informada, pois a cesariana é mais conveniente para os obstetras (dura 30 minutos, enquanto o normal pode durar dias. pense no lucro).

Há um contexto muito maior do que MEU CORPO MINHAS REGRAS. Especialmente porque as regras, neste caso, não são SUAS, ou da MULHER, mas do MÉDICO que quer ter mais lucro e mais comodidade (imagina um parto normal no natal, que horror! melhor agendar uma cesariana no dia 20 e ficar sossegadão em casa com a família, não é mesmo?)

No final das contas, eu acredito que a opção deva ser exclusivamente da mulher. mas da mulher bem informada dos benefícios e riscos de cada procedimento (e isto não vem acontecendo, ok?).

O movimento do parto natural tem absolutamente TUDO a ver com feminismo, com empoderamento da mulher. Até porque, 50 anos atrás a esmagadora maioria dos médicos era do sexo MASCULINO, então parece lógico terem tirado da mulher o "poder" de parir, para que, até neste momento que a natureza lhe conferiu total autonomia, ela precisasse loucamente de um HOMEM para fazer isso por ela.
Cinquenta anos atrás foi quando começou a transição do parto em casa com parteira (tradicionalmente MULHER) para o pato hospitalar com médico (tradicionalmente HOMEM), adivinhem qual ganhou no quesito confiabilidade?

Contexto histórico ajuda bastante gente, vamos ler. De qualquer forma, só quis acrescentar à tão necessária discussão.

abraços

Anônimo disse...

Primeiramente mulheres são pessimamente informadas sobre os riscos e consequências de ambos tipos de parto. Um médico fala "você sofrerá de 10 a 16 horas de dor pelo parto normal OU em 40 minutos fazemos uma cesária com anestesia..."
Em segundo lugar nunca vi Plano de Saúde, por melhor que seja, cobrir cirurgias opcionais. Cesária É opcional se não existem condições clínicas que a justifiquem.
Acredito sim que a mulher tem o direito de escolher como quer ter x bebê mas o plano de saúde não tem obrigação de cobrir esse tipo de cirurgia. É análogo à rinoplastia em decorrência de uma fratura e uma somente por motivos estéticos; no primeiro caso é imperativo a cirurgia para manutenção da qualidade de vida- o plano cobre- enquanto no segundo caso, que eu tenho o direito de escolher fazer, eu tenho que pagar para que seja realizada.

Anônimo disse...

Anon das 18:38, cê merece um beijo na testa.

Anônimo disse...

Mas minha gente, vcs acham que a mulher que quer fazer cesária eletiva não vai conseguir por causa dessa lei? É óbvio que vai, da mesma forma que os médicos inventam "probleminhas" pra induzir a gestante a escolher a cesariana vai inventar "probleminhas" pro plano de saúde. Isso vai acontecer pq os obstetras simplesmente não querem perder tempo com o parto normal. A lei só vai trazer informação para as mulher poderem realmente decidirem o tipo de parto que querem. Putz, sempre pedimos políticas públicas voltadas para mulheres e quando o governo se mexe não aceitamos? Obs.: Isso é o que acontece com quem tenta exercitar seu direito de escolha: http://www.cientistaqueviroumae.com.br/2014/07/nao-ela-nao-e-uma-comedora-de-placenta.html nunca vi acontecer com quem quer fazer cesariana, e espero que nunca aconteça, n tenho nada contra quem quer.

Anônimo disse...

Querida Anônima das 18:38,

Muito obrigada pelo comentário. Agora que você desenhou acho que muitas aqui vão entender.

Anônimo disse...

"A questão é que como hostess é sua função evitar conflitos. Os homens devem ter sido orientados a não responder provocações e insultos também."

Exatamente. E, como vivemos num mundo machista pra caramba, o que os homens nessa posição passam é geralmente beeeem diferente do que mulheres na mesma posição.

Anônimo disse...

O movimento do parto natural tem absolutamente TUDO a ver com feminismo, com empoderamento da mulher. Até porque, 50 anos atrás a esmagadora maioria dos médicos era do sexo MASCULINO, então parece lógico terem tirado da mulher o "poder" de parir, para que, até neste momento que a natureza lhe conferiu total autonomia, ela precisasse loucamente de um HOMEM para fazer isso por ela.
Cinquenta anos atrás foi quando começou a transição do parto em casa com parteira (tradicionalmente MULHER) para o pato hospitalar com médico (tradicionalmente HOMEM), adivinhem qual ganhou no quesito confiabilidade?


Essa foi boa,agora a mulher sabe mais do que um médico sobre problemas que podem ocorrer na gravidez.
É opressão demais,a mulher n poder parir com uma parteira e ter que parir num hospital,onde tem todos os equipamentos e medicamentos,caso dê algum problema na hora.

Anônimo disse...

Muitas mulheres gostariam de por silicone mas isso não significa que o plano de saúde ou SUS devam bancar algo que, como o próprio nome diz, é eletivo.

Anônimo disse...

heheh confesso que tava adorando os comentários sobre o post, mas essa discussão sobre os tipos de parto tá muitíssimo interessante!

Paula disse...

Sim, eu considero que o sofrimento de um bebê que tem que ir pra UTI por não conseguir respirar direito é mais grave que o sofrimento da mãe em início de trabalho de parto. Me processe.

Tamires Barbosa disse...

Re-vol-tan-te. Vcs realmente acham que essa medida de dar autonomia dos PLANOS DE SAÚDE glossAr o parto que a mulher escolhe, é empoderador? Vocês realmente acham que essa medida foi pensada pensando na mulher? Eu tenho certeza que os aspectos positivos do projeto foi uma forma de se aprovar somente isso disfarçadamente. Já passou da época da saúde paternalista! De pessoas dizendo o que você deve ou não deve fazer com seu corpo "pro seu próprio bem". A saúde deve empoderar! Dar conhecimento, educar! NUNCA LIMITAR! Principalmente pessoas vulneráveis! Sim, pq quem depende de plano de saúde ē mais vulnerável que eu, que posso juntar o meu é fazer minha cesariana se me aprouver. Isso não é justo! É paternalista!

Pra vocês que defendem essa medida vos questiono: é mais importante as mulheres terem que fazer o que " é melhor" por falta de opção, ou escolherem o que é melhor pra elas com informação? A nossa luta é diferente então ! Eu luto pela escolha SEMPRE.

Anônimo disse...

Tamires Barbosa,
Noto que você está interessada e minimamente informada sobre tema. Peço, por gentileza, que leia o texto contido neste link - pois pelo que escreves é do teu interesse - para que possas perceber e esclarecer sozinha as falhas na sua argumentação.
Por favor, não propague desinformação. Nenhum direito está sendo tolhido, não há limitação na escolha das mulheres que desejam a cesárea. Os obstetras continuarão dando suas justificativas para as cesáreas desnecessárias.

@vbfri disse...

Sobre cesarea:
Quando é cirurgia eletiva: pague você.
Quando necessária: paga plano de saúde.
Quer fazer? Saiba que tem riscos e que é cirurgia de médio porte.
Seu corpo, suas regras. Também acho. Mas da mesma forma que eu não vou acionar o plano de saúde pra fazer plástica no abdômen (exceto se tiver uma condição médica que necessite), não queira que o plano de saúde pague por uma cirurgia ELETIVA.
Ninguém tá proibindo ninguém de fazer cesarea.
Agora, tem gente pintando a cesarea como a salvação da vida de todo mundo.
E não percebe a indústria que ganha com cirurgias pré-agendadas. 10 partos por dia, ao invés de ficar 10h esperando UMA mulher ter UM filho por parto normal.

Anônimo disse...

Para o plano (ou SUS) a cesárea sai muito mais caro que o normal? Ok, é uma cirurgia, mas o tempo profissional empregado no normal é muito maior.
Alguém saberia me responder a diferença dos custos?
Obrigada

Anônimo disse...

Vamulá...

1) Estou consciente de como os direitos não só das gestantes, mas tudo em relação aos direitos reprodutivo das mulheres, são tratados no Brasil. Eu escrevi em letras garrafais no primeiro post de que a decisão de SE, COMO e ONDE parir É DA GESTANTE... do parto domiciliar a cesárea.

2) NADA me choca mais do que a violência obstétrica. Pra mim é algo comparável a mutilação genital (que em muitos casos termina com consequências semelhantes). É a face mais cruel, brutal e covarde do machismo, exercido contra mulheres em situação de extrema vulnerabilidade.

3) Pessoalmente eu acho que fazer cesárea ANTES do bebê estar completamente formado e deixa-lo na UTI neo-natal por semanas, salvo por REAL necessidade, bestial.

Jane Doe

Continua

Anônimo disse...

4) O movimento do parto natural, do respeito a parturiente e neonato, pelo fim das mentiras contadas por GOs, da selvageria praticada contra mulheres tem 100% meu apoio. Apesar de não ter e nem querer ter filhos, se me chamarem para ajudar na luta eu vou de boa vontade e pronta pra lutar até morrer.

Por que digo isso, se não quero ter filhos??? POR QUE ACREDITO QUE AS MULHERES, MÃES OU NÃO, SÓ SERÃO LIVRES QUANDO ESTIVEREM EM PLENO PODER DE SEUS CORPOS E VIDAS. Quando o mito da beleza, do príncipe encantado e da maternidade forem pulverizados.

5) Quando li a primeira vez sobre violência obstétrica e de como mulheres estavam se mobilizando para erradicar essa praga, eu vibrei. Mas daí eu comecei a ler sobre o assunto e eis minha impressão:

GOs - mãezinha, você é muito estúpida, não sabe o que diz. Deixe o deus do jaleco branco fazer tudo que tudo vai ficar bem. Você não terá dor, nem imprevistos acontecerão. Tudo será lindo e perfeito. Se você não fizer exatamente o que digo, seu bebê e você vão sofrer uma morte lenta e excruciantemente dolorosa. Se sobreviverem terao sequeles pro resto da vida.

Ativistas do parto natural - mulher, você é uma pobre coitada vítima do sistema. Foi tão oprimida que não sabe o que diz. Entra aqui na banheira, não haverá dor, nem imprevistos. Tudo será lindo. Caso você não faça, você e seu bebê vão morrer de infecção hospitalar. Se sobreviverem seu bebê será o futuro Hannibal Lecter.

Dois lados da mesma moeda.

6)O que me provoca aneurismas é, que não importa de que lado venha o argumento, a maternidade é sempre um joguete usado contra as mulheres. O bebê em primeiríssimo lugar e o "envólucro" que se fo***.

7) Já me estendi demasiadamente, mas preciso repetir ad nauseam. O que as mulheres precisam é de informação. Sem firula. Sem conto de fada. Sem coação. Dar as ferramentas e as opções para tomar decisões. Isso é empoderamento.

Ah... pra quem acha que eu xinguei alguém (ou se sentiu xingado), quando eu começo frases com "the horror" estou sendo sarcástica.

Jane Doe

Anônimo disse...

Jane Doe, normalemente ndiscordo de você, mas dessa vez, adorei.

Também acho que esse povo endeusa demais um parto natural.. e pouco importa se a mãe sofre, se tem consequencias depois.. se o beb^é está bem, que se dane a mãe, essa parideira.

E essa turma pró parto natural, que acha que TODO MUNDO que escolhe cesária é uma pobre mulher enganada pelo médico, me cansa.... seria bom que eles soubesse que existe sim mumher que prefere abrir 7 camadas de pele na barriga que correr o risco do que ter o perineo rasgado até o anus.

E não tem nada a ver comparar uma cesarea com uma cirurgia no nariz... até porque quem decide se uma cirurgia no nariz é necessaria ou não? Agora uma mumher gravida, o beb^é tem que sair e pronto. E seria bom se ela pudesse escolher a maneira. O beb^é VAI sair. E comparando com uma cirurgia estética, seria como falar: você VAI fazer a ciruriga, e suas opções são essa ou essa.




Tamires Barbosa disse...

Eletiva é cirurgia plástica de nariz. Se a mulher não deseja ter parto normal a cesariana é necessária! Pq aquele bebê vai nascer de algum jeito. Não diga que Eu não estou minimamente informada sobre o tema, não diminua minha opinião porque ela não é igual a sua.

A autonomia do paciente é mais importante do que eu acho que é bom pra ele.

Se ele as pessoas têm autonomia de negar receber transfusões de sangue mesmo que custe a vida delas, assim como receber qualquer tratamento, o correto é baixar uma lei falando : se essa pessoa recusar o melhor tratamento é direito do plano náo pagar as medidas paliativas. Oi?

Isso não existe. Mas falaram assim do parto pq sabem que no corpo e nas escolhas das mulheres todo mundo pode meter o bedelho, e gente que se importa mais convicções do que com a liberdade da mulher sobre o seu corpo ia apoiar sem pensar duas vezes.




Tamires barbosa disse...

Digo e repito, se ninguém tá escrevendo projeto de lei pra autorias plano a glossAr pagamentos de qualquer tratamento que Não seja a melhor opção pra qualquer coisa é pq tem algo errado aí.

Parto natural é melhor? É! É lindo ver uma mulher que acabou de parir andando de um lado pra outro, ver a vagina voltando ao formato normal. Lindo! Lindo! Lindo!

Mas não é pq eu acho lindo que eu vou achar legal uma lei que permita o plano a glossAr o pagamento de uma cesárea.

E se aquele bebê vai precisar sair e a mãe não quer que seja por via vaginal, a cirurgia não é "eletiva". Se ela não fizer, o bebê vai nascer de uma maneira que ela não escolheu pra ela.

Anônimo disse...

Só lembrem de uma coisa, normal pode N ser bom pro obstetra, mas é maravilhoso pros planos de Saúde. A interesse de quem foi criada essa lei?

Anônimo disse...

O documentário "O Renascimento do Parto" é interessantíssimo, revelador e informativo.
Só pra fazer propaganda pró-parto (afinal anti-parto qualquer metido faz). Meu parto natural durou 2 horinhas e foi maravilhoso. Me senti uma deusa, muito poderoso isso de parir. Parto rápido sem dor existe e é comum! Partos longos bem atendidos costumam ser ótimos!
Sou total pró-escolha informada da mulher. O que nao pode acontecer é das conveniencia médicas/hospitalares continuarem a serem postas a frente da parturiente e de quem vai nascer. Fim ao terrorismo médico e sim a ampla informacao de boa qualidade.
Uma cesariana a pedido da gestante mesmo sem indicacao clínica acaba possuindo, ao meu ver, uma indicacao psicológica, entao eu acho justo que os planos de saúde continuem pagando.

Anônimo disse...

Antes laqueadura do que cesárea! Se já sabemos que o mundo é machista, para que procurar ainda mais problema? E pior, expor alguém inocente e vulnerável a todas as adversidades do mundo!

Anônimo disse...

Caro anon 21:28 não sei se você sabe, mas as parteiras de 50 anos atrás não eram curiosas, eram mulheres ensinadas e altamente treinadas pra fazer partos. Elas acompanhavam partos desde cedo, começavam ajudando as mais velhas e tinham anos e anos de experiência porque geralmente trabalhavam a vida toda, a mulher virava bisavó e ainda trabalhava como parteira. Pra você ter uma noção, elas sabiam como fazer um bebê que não estivesse na posição cefálica se virar ainda dentro do útero, coisa que nenhum médico(oh, tão esclarecido) faz. Pro médico se o bebê não está na posição cefálica vai pra cesárea e dane-se. Aliás, veja que as parteiras de 50 anos atrás faziam tudo que a OMS hoje em dia diz que o certo durante o parto (a mãe se movimenta, anda, posição vertical durante o expulsivo, água e comida leve à vontade), enquanto os médicos fazem tudo errado: imobilidade materna, posição deitada (a pior e mais difícil), jejum desnecessário. Ou seja, lamento furar sua bolha de segurança, mas as mulheres, as parteiras de 50 anos atrás, sabiam sim MAIS que um médico.

Raven Deschain disse...

Anon da "vaca parideira": obrigada. Vacas são lindas e úteis. Ainda bem que elas existem. Agora quanto a parto normal, pari em 3 horas, não fiquei arregaçada, não levou mil anos pra cicatrizar e se fico 6 meses sem dar, pulo na frente de um trem. Agora, uns anos depois, quando tive que extrair um ovário (cirurgia de médio porte praticamente igual a cesárea, corta as mesas camadas de pele), fiquei com dor, sangrei que nem uma filha da puta, fiquei 3 meses sem poder comer carne de porco e 2 meses sem poder transar. Então para de ser burra e vai estudar, fia, que vc não tá sabendo de nada.

Raven Deschain disse...

Ah e dessa última cirurgia, ainda tenho a cicatriz horrorosa (mes a GO tendo feito aqueles pontos de cesárea, q na teoria são invisíveis), enquanto na buceta - here it comes - não tenho nada.

Anônimo disse...

O legal é que com a discussao sobre o parto todo mundo esqueceu do guest post mimimi!!!

Zrs disse...

ABSURDO Total ver mulheres aqui querendo obrigar outras a fazer parto normal (chamado-as de desinformadas, problemáticas, etc, etc).

Pois é, dane-se a vontade da mulher. Parir por "desnecesária" não é como fazer cirurgia plástica, o bebê tem que sair e pronto, logo quem deve escolher é a mulher, e não o PLANO DE SAÚDE ou ativistas pró "natureza". Aliás, natureza essa que só é utilizada qdo bem se quer, quando não utiliza-se o velho e bom argumento cultural, ou o acesso a tecnologia

Queridas, "natural" mesmo é gerar e parir assim que começamos a menstruar; é os homens fecundarem tantas e quantas e enquanto tiver espermas; é morremos com qualquer infecção; é não andarmos de carro ou usarmos aparelhos tecnológicos; o resto, todo o resto, é CULTURAL.

Falomesmo disse...

"Anônimo disse...

O legal é que com a discussao sobre o parto todo mundo esqueceu do guest post mimimi!!!

8 de janeiro de 2015 11:10"

Claro, porque reclamar de trabalhar em condições escravagistas, sem direito a alimentação decente, sem poder usar roupas confortáveis, passando calor, frio, ouvindo frases machistas e tendo de aguentar assédio é mimimi.
Para a experiência da autora do texto ser ruim falta o que, anônimo, terem cortado uma perna dela?
Te enxerga!

Anônimo disse...

Concordo com a Zrs. Mulherada ( eu inclusa) adora falar que agora pode engravidar quando quer, (e assim, contornamos a natureza), mas na hora de parir " ahhhhh, a natureza sabe, foi feito assim e pronto, se a natureza fez ta bem feito".

Podre

Anônimo disse...

Anon das 13:41 a gente pode contornar a natureza em muitas coisas e isso pode ser muito bom, mas ninguém até hoje tentou fazer algo que modificasse a gravidez. Tipo, ninguém tentou inventar um remédio pra agilizar o desenvolvimento do bebê, pra encurtar a gestação, ou pra eliminar o enjoo matinal. Apesar da ganância a indústria farmacêutica reconhece que a gravidez é um estado de saúde que se deve deixar inteiramente aos cuidados da natureza, a menos que haja alguma emergência médica. Por que então a natureza tem que ser desprezada na hora do parto? Não há necessidade dessa guerra humana contra a natureza, nem de dizer que tudo que a natureza fez é ruim. Se a mulher tem algum receio forte em relação ao parto normal, que faça cesárea. Mas só fazer a cirurgia quando o trabalho de parto começar é um ato de respeito para com o bebê, que mostra que está pronto pra nascer através do trabalho de parto. Ah, e a natureza decidiu que o ser humano faria sexo, que pode engravidar e transmitir doenças. Hoje já temos bonecas infláveis e vibradores, que não transmitem doenças nem engravidam, mas ninguém deixa de ter prazer de acordo com o que a natureza fez (transando) porque o sexo tradicional já pode ser contornado. Podre mesmo é ficar nessa briga cesárea x normal com insultos gratuitos e estúpidos dos dois lados quando o problema é que a mulher não pode escolher seu parto sem ser coagida a fazer o que não quer, e o que mais acontece é ela ser forçada a fazer que não quer uma cesárea sem uma justificativa médica; e independente do tipo de parto que escolher ela vai ouvir que está errada.

Anônimo disse...

Anonimo das 18:01

Sabe porque ninguém fez nada para agilizar a gravidez? Porque eles ainda não conseguiram! Ou você acha que a indústria farmacêutica tem escrúpulos e "confia na natureza"? Quanta inocência. ( e por remédio contra enjoo, saiba que tem, está no começo, mas tem). Logo: se é bom contornar a natureza as vezes, porque só pro parto que tem que "seguir a natureza?". Imagino eu que é porque só mulher pari, e ela que se dane. - porque com os anti anticoncepcionais os homens também ganham.. agora com o parto, eles não tem nada a ver. Repito: falou de parto, problema da mulher. SO DA MULHER.

Agora isso dito, queria esclarecer: sou totalmente a favor de uma mãe escolher fazer uma cesárea, mas esperar a hora que o bebê quiser nascer..assim é certeza que ele está pronto. O que eu defendo é por onde o neném vai passar. Isso é entre a mãe e o bebê. Marcar cesárea com hora e dia, é bom pro médico, e só. E isso sou contra também.

Então não sei onde eu ofendi ninguém. SO acho que a desculpa de "a natureza sabe o que faz" não é valida.

Zrs disse...

Continuo na tecla: a mulher é quem decide como deve ser o parto e ponto final. O que veremos com essa lei são planos recusando cesáreas por opção e mulheres sem poder fazer cesárea pelo SUS (acreditem, conheço várias que tiveram normal pelo SUS, algumas com experiências horripilantes)

Oras, se defendemos que a mulher deveria poder abortar, se defendemos que ela pode ou não engravidar (rompendo assim com a "natureza", no planejamento e no aborto), porque esse policiamento com relação a quem escolhe a cesárea?

Não estou dizendo aqui dos problemas que envolvem os partos no país, de "normal"a cesárea", mas o que tem que ser debatido é a humanização do parto, seja um ou outro.

Tenha certeza plena e absoluta que se fossem os homens a parir, já tinham inventado remédios para a gestação, partos os mais variados, etc, etc.

Tem um livro interessante, da autora que escreveu sobre o mito do amor materno, onde ela aponta os problemas do atual discurso da volta a "naturalização" das mulheres, principalmente nos assuntos que envolvem a maternidade (parto, criação de filhos, etc) e que isto vem se tornando uma nova forma de opressão as mulheres.

Anônimo disse...

Não sou contra cesariana eletiva mas sou contra cesariana agendada!A via de parto é um direito de escolha da mulher, desde que o médico realmente a informe dos reais riscos de uma cesariana (que volto a repetir, são 3X maiores que o parto normal - duvido muito que 80% das mulheres continuaria escolhendo ir pra cesarea).No entanto, só com o trabalho de parto é possível saber que o bebê realmente está pronto e que não nascerá prematuro, então sim..sou totalmente CONTRA cesariana agendada, onde não haverá trabalho de parto.E são exatamente essas que a ANS proibiu, já que exigiu agora o partograma para que sejam pagas as cesareas.ALém disso, só durante o trabalho de parto que é liberada a ocitocina natural, fator importantíssimo de prevenção da depressão pós-parto.

Anônimo disse...

Anon das 18:32 quando falo de gente que ofende as mulheres que fizeram parto normal estou me referindo à comentarista que disse q não é vaca parideira, o que é um insulto às mulheres que fizeram parto normal, e aos que chamam uma mulher que opta por parto normal de irresponsável, burra, dizem que ela quer matar o bebê e esse tipo de 'cortesias'.

Quanto à indústria farmacêutica, de fato, fui ingênua. Pode me dar uma palmatória.

Bom, se você acha que a cesárea deve ser feita qdo o trabalho de parto começa pra ter certeza da maturidade do bebê, então estamos de acordo e podemos encerrar a discussão. Creio que tendo a me inclinar pro lado do parto normal porque, bem feito, ele me parece infinitamente mais vantajoso que uma cesárea. Muita gente, enganada pelo sistema que temos, acha que o parto normal é um horror quando o que ferra a coisa toda são os médicos brasileiros q fazem tudo que a OMS já garantiu que NÃO se deve fazer nesse tipo de parto. São estudos e mais estudos, vários exemplos em países de 1 mundo e comunidades mais humildes do próprio Brasil mostrando e provando que o jeito dos médicos conduzirem o parto normal aqui é absurdo, errado, dificulta as coisas ao invés de facilitar e pode deixar sequelas físicas e emocionais na mãe. Acho que só o que eu quero é deixar claro que o problema não é o parto normal em si, mas os nossos médicos (não todos, antes que me joguem pedra) desatualizados, ignorantes e arrogantes que não admitem ser contrariados na sua "infinita sabedoria" nem mesmo pela OMS e se recusam a aprender o jeito certo de fazer as coisas. Que não se importam com a mulher nem com o bebê, só querem ganhar mais dinheiro e ir pra casa com hora marcada, dane-se se a criança vai parar na UTI sem conseguir respirar, e depois posam de defensores das pobres criancinhas que essas mães irresponsáveis querem matar fazendo-as nascer do mesmo modo que a humanidade nasce há milhares de anos. Bom, acho que é isso aí.

Anônimo disse...

Anônimo7 de janeiro de 2015 12:46, só digo uma coisa, você está muito desinformada, 6 meses para se recuperar de um parto? Hahaha. E não acredito que até aqui vai ter o papo de menos mãe.

fernanda disse...

Nossa ZRs tirou as palavras da minha boca. Este negócio de naturalização é só mais uma ferramenta para tranformar a mulher em " encubadora" e protetora do lar.O que mais vi nos comentários da folha, foram homens e mukheres acusando as mulheres que querem optar pela cesariana de inescrupulosas, que nao6 aguentam uma dorzinha pelo filhos delas, que o bebê é mais importante.O mesmíssimo papo dos anti abortistas. O filho é da mulher e se ela decidir ter ela de cabeça pra baixo no meio do mar Báltico, é problema dela! E se ela quiser fazer uma cesariana também é. Sabe quais são os passos da naturalização é, o parto é natural a mulher foi feita pra isso, a mãe tem obrigações de amamentar, ela foi feita pra isso...a mãe tem que ficar com bebe até pelo menos os 2 anos, ela foi feita pra isso..." lugar de mulher é em casa, cuidado das cria" ela foi feita isso.... Sou completamente a favor da humanização do parto, desde que a mulher tenta total administração das decisores sobre o corpo dela..e fim

Anônimo disse...

EU acho que a cesariana só deve ser feita se realmente for necessária...se não houver condições para parto normal, porém há mulheres que tem pavor da idéia do parto e seria uma violência submetê-las à isso (teve uma que de ouvir falar começou a chorar na minha frente). Então acredito que o dever da equipe de saúde é trabalhar o pré natal todo pela conscientização que o melhor é o parto normal, que ele é mais seguro, e conduzi-lo de modo humanizado (vide recomendações da OMS), mas....se mesmo assim a gestante quiser ser submetida à cesariana ela deve ter direito sim...após início do trabalho de parto!

Anônimo disse...

GENTEE! NINGUÉM VAI OBRIGAR MULHERES A TER PARTO NORMAL NA SAÚDE PRIVADA! DONDE VOCÊS TIRARAM ISSO??? ISSO NÃO EXISTE NA SAÚDE PRIVADA BRASILEIRA! NON ECZISTE!O QUE ECZISTE É O CONTRÁRIO!!

EEEiitaaaaaaaaa


Vocês aqui que estão falando que agora vão obrigar as mulheres que querem cesárea a fazer o parto normal parecem os coxinhas que fantasiam sobre uma ditaduza gayzista, ditadura feminazi, que os homens cis héteros estão sendo oprimidos, racismo inverso e etc! obrigação de parto normal no sistema privado não existeee!!o que existe são mulheres querendo o parto normal e que NÃO CONSEGUEM porque há manipulação dos médicos! as que querem cesárea vão continuar fazendo-as tranquilamente como sempre sonharam! basta que o médico continue inventando as desculpas que sempre inventou para justificar o pagamento da cesárea pelo plano! FIM!

mulheres inteligentes que frequentam esse blog, parem de falar besteira por favorrrrr

Anônimo disse...

Não podia levar porque não teria onde guardar. No texto diz q eles nem tinham mesa pra comer e so podiam levar o que coubesse num compartimento atrás do crachá.

Anônimo disse...


Ofensa aqui só desmobiliza.Já ficou desempregado algumas vezes? A gente faz bico de quase qualquer coisa. No capitalismo um bico e alimento, ir ao dentista tirar uma dor aguda, comprar ob.Tenha compaixão.Trabalhador não e sempre otario.

Anônimo disse...

Quem faz bico esta vulnerável e aproveitam se disso.

Elaine Telles disse...

Sobre o texto, sei como a autora se sente, quando precisamos de trabalho, nos submetemos a tudo.Por isso os que chamaram de mimimi naão entenderam. A tal da classe média não tem empatia porque não conhece as condicões que quem não tem grana tem que viver. Sobre as mocas discutindo sobre parto, sinceramente, acho isso muito desrespeitoso. As defensoras de partos natural agem como se estivessem um patamar acima das reles mortais, somente por ter tipo parto vaginal. Sei que é a ocitocina falando, mas alguma empatia deveria haver. Nem leio mais essas dicusssoes, acho que cada um deveria escolher o seu, e não alguém que se entitula a esclarecida, venha escolher pelas outras.

Anônimo disse...

Pois é, Eliane. Talvez se você lesse as discussões poderia ter a oportunidade de descobrir que quem faz parto vaginal não se acha superior coisa nenhuma. E assim pararia de repetir acriticamente o senso comum.

abraços

@Orllando disse...

Lola, admiro você profundamente pela coragem. Há pouco que a descobri e agora não passo um dia sem ler seu blog ou acompanhá-la no twitter. Porém, não teria sido um erro ter denunciado esse lixo que é o Gentilli. Afinal, por não ter coisa melhor, esse infeliz vive da polêmica, precisa de vitrine a todo custo, e confrontá-lo nesse caso é dar munição ao néscio e a corja que o admira.

Lidiany CS disse...

Gostaria de ver essas e outras empresas serem obrigadas a tratar seus funcionários como gente.