sexta-feira, 4 de julho de 2014

NÃO, ORANGE IS THE NEW BLACK NÃO PRECISA FOCAR EM HISTÓRIAS DE HOMENS

Eu vi a primeira temporada da série Orange is the New Black, gostei um pouco, mas ainda não estou acompanhando a segunda temporada.
Meu querido Flávio Moreira encontrou e traduziu o texto abaixo, escrito por Pilot Viruet na semana passada, e que acirrou bastante as feministas. 

O jornal The Atlantic publicou um texto de Noah Berlatsky sobre a “irresponsável representação masculina” em Orange is the New Black. Orange, um programa pioneiro com um elenco maravilhoso e incrivelmente diversificado, se passa dentro de uma prisão feminina e as personagens definitivamente refletem essa ambientação. É um programa criado por uma mulher (Jenji Kohan), baseado nas memórias escritas por uma mulher (Piper Kerman). É um programa cujo objetivo é contar histórias de mulheres -– no que é extremamente bem sucedido -– mas a reclamação de Berlatsky, naturalmente, é de que o programa faz uma representação “pífia e inadequada” dos homens.
“Isso pode parecer uma reclamação boba”, diz ele antes de se lançar a uma reclamação realmente tola. O primeiro e mais básico argumento de Berlatsky de que Orange deveria incluir mais homens é o fato de que há muito mais homens nas prisões da vida real do que mulheres. Isso é realmente verdade e lamentável, mas isso não deveria ter muita influência em um programa que se passa numa prisão feminina
Se Oz, da HBO, falhou em fazer uma representação adequada dos homens, então vamos definitivamente discutir isso! Mas esse programa não é Oz, nem é um programa cujo objeto central sejam os homens. Há, sem dúvida, muito a ser discutido e debatido em relação às prisões masculinas e seus presos, bem como às atitudes que os cercam -– particularmente presidiários negros -– mas o espaço em Orange is the New Black dificilmente seria o lugar dessa discussão. É um assunto que merece uma abordagem mais nuançada e cuidadosa, não uma tomada arbitrariamente colocada em um programa da Netflix sobre mulheres.
Berlatsky também argumenta que o “problema e que as formas através das quais OITNB se concentra nas mulheres mais do que nos homens parecem estar ligadas a ideias de gênero estereotipadas sobre quem pode e quem não pode ser vítima”. Os exemplos que ele dá -– o encontro de Piper com presos na estreia da segunda temporada, algumas histórias anteriores à narração -– não são exatamente evidência desse “problema”. 
Ele cita os “assustadores avanços sexuais verbais dirigidos a Piper”, mas não menciona qualquer dos avanços verbais sexuais entre as mulheres em Litchfield. De fato, um preso faz um favor a Piper em troca de sua calcinha usada, mas e quando Piper tenta negociar Brook -– uma pessoa -– com Big Boo em troca de um cobertor?
As mulheres em Orange is the New Black são retratadas frequentemente com compaixão (como muitas delas devem ser!), mas algumas são pessoas horríveis e abomináveis que cometeram crimes e estão sendo punidas por isso. Algumas vitimizam, outras são vitimizadas, muitas são as duas coisas. Existe uma pálida menção a Vee, que é retratada como sendo totalmente uma vilã, e nenhuma discussão sobre Natalie Figueroa, a gananciosa e corrupta assistente da diretora da prisão. 
Berlatsky também não consegue entender muitas das histórias anteriores de cada presa; reduzir a história assustadora e problemática de Morello –- na qual ela é uma stalker violenta -– a uma “trágica ausência de amor” é prestar um desserviço às complexidades da personagem e às complexidades do roteiro. 
O artigo sobre homens em Orange is the New Black também peca ao não mencionar os homens que aparecem regularmente na série. Em vez disso, bate na mesma tecla da representação negativa de somente um preso, que aparece em um único episódio. Não há qualquer menção a Bennett, o guarda da prisão que engravida uma presa e, apesar disso, raramente é pintado como vilão. 
Antes, e especialmente na primeira temporada, todos os encontros dos dois são marcados por uma trilha sonora romântica. Ele é retratado como solidário -– em uma das exibições a que compareci ele foi apresentado como o “queridinho” da série -– e não é punido nem mesmo quando confessa para Caputo (que, a propósito, teve um arco fantasticamente interessante e com o qual era bastante possível se identificar na segunda temporada).
Fora da prisão há Larry, que fica com Piper e Polly –- e vários homens nos flashbacks, desde o que foi vitimizado (o Christopher de Morello) ao corrupto (o amigo policial de Vee que arma para cima do inimigo dela) ao abusivo (o namorado de Glória) ao admirável (o pai tolerante de  Poussey). 
Ainda assim, esses homens não são o centro de OITNB por uma razão. A série é não só focada no feminino, mas também se interessa em contar histórias que ainda não foram mostradas na TV. Nós já vimos séries sobre presos: a popular Oz se passava em uma prisão masculina; a inquietante e brutal Rectify examina a vida após a prisão (com bastantes flashbacks do tempo em que Daniel esteve preso). 
Temos vários programas sobre homens –- em seu favor, Berlansky admite que “Homens (…) são amplamente representados na mídia, em papéis maiores ou menores” -– a ponto de que eles não precisam ser enfiados em histórias às quais não pertencem (bem literalmente; prisioneiros homens não pertencem a uma prisão feminina). 
Se você estiver realmente ansiando por representações de homens na mídia, basta zapear por mais de 30 canais de TV e você vai encontrar pelo menos 30 delas. Deixe OITNB contar uma história diferente, só para variar.

42 comentários:

Patty Kirsche disse...

É o famoso "e ozome?"... Na defesa de meu mestrado, um dos professores da banca, um homem, reclamou por eu não ter mencionado que homens também foram mortos na inquisição. Mas meu trabalho era sobre mulheres. Ele mesmo se defendeu logo em seguida dizendo que não estava bancando o masculinista, que só esperava um texto mais completo e tals... De qualquer forma isso me parece um exemplo do quanto homens se sentem desconfortáveis quando suas histórias não são contadas. Engraçado que o tempo inteiro a gente topa com filmes em que a única mulher é a namorada do mocinho, mas mesmo assim, se a gente se concentra em histórias com poucos homens, sempre aparece um com argumentos aparentemente racionais pra reclamar disso.

Anônimo disse...

Recomendo rectify. Ótima série.

Anônimo disse...

Olha, Lola, indústria cultural procura novos nichos de merca no cinema de filmes sobre do. No fim,o mais importante é o dinheiro.

O crítico bobão não entendeu que a Netflix quis produzir algo diferente do que é comumente apresentado em séries na tv(mas há uma tradição no cinema exploitation de fazer filmes mulheres presas,os chamados WIP). O crítico esqueceu que há uma empresa que objetiva lucros.

Expandindo um pouco, acredito que deveríamos atacar a Indústria Cultural por manipular o público. Falar apenas do capitalismo fica vago, pois no Brasil temos coisas horríveis feitas pela Rede BOBO, pela Record etc....


Pra terminar, parabens pelo blog.

Namorado Liberal

Larissa Petra disse...

E o uzomismo não para, como os homens ficam tristinhos quando eles não são os protagonistas, sempre, sempre quando a se fala em qualquer questão feminina vem o exército de homens e suas male tears para dizer o quando uzomi também são oprimidinhos, a vá!
Não quer ver Orange is the new black ?! Não veja, mas achar que uma série sobre mulheres, uma das poucas não super estereotipadas, com mulheres tentando ser mais bonitas e gostosas que as amigas, vem o exército de homis achando que tinham que ter histórias sobre eles também, em uma prisão feminina, aonde é o universo da série, teriam ainda sim que colocar os homens como protagonistas ?! Não, se quiser ver uma série sobre algum cara, veja as mais de 10000000 que existem, mas deixe que pelo menos uma fale sobre mulheres só para variar né...

Anônimo disse...

@namorado liberal

Acho que comparar o gênero do Women In Prision, o WIP, que, como você mesmo disse, é exploitation com o OITNB é exagero. Exploitation é fetichismo.

É a mesma coisa que dizer que o diário de anne frank tá no mesmo patamar de Ilsa, a she-wolf da SS porque ambos são sobre mulheres na segunda guerra.

Anônimo disse...

Concordo que forcei a barra um pouco no caso do WIP. Mas meu objetivo foi mostrar que o crítico não entendeu o produto que a empresa apresentou para lucrar no mercado televisivo.Falei mal do crítico.

E antes de OTNB houve Capadócia da HBO. Acredito que o público, homens e mulheres, tem um certo prazer "sádico" em ver mulheres presas, seus sofrimentos e sexualidade na tela...

Namorado Liberal

Anônimo disse...

O inimigo maior é a Indústria Cultural, gente.

A Globo mostra duas mulheres se beijando para agredir a REcord e o público religioso. No final, o interesse é o dinheiro. Eles pensam que numa guerra valem todas as armas...

No caso da Netflix, ela existe na web, então não precisa seguir as regras das tvs comuns. Somado a um público que espera sempre novidades é possível que tenhamos mais e mais séries bem feitas e ADULTAS,considerando adultos pessoas que pensam. Diferente do público da Globo.

Namorado Liberal

Anônimo disse...

Engracado a voz e relevancia que se da a opiniao de um homem insatisfeito com a "representacao negativa" de homens em um programa de tv, enquanto mulheres ha anos lutam contra a desumanizacao, objetificacao e subestimacao de personagens femininas, diz-se que elas estao se vitimizando, que sao histericas e dai pra pior.

Cada vez mais me convenco de que toda essa insatisfacao com o feminismo vem da mente infantilizada de quem quer sempre os holofotes em si, pra sempre. Nao tem essa de "grupos marginalizados". E ainda batem na tecla de que mulher eh um ser ~emocional~

Mally Pepper disse...

Está parecendo a passagem daquele vídeo "Feminazi stole my ice cream", onde o garoto pega um monte de sorvete da máquina e se esbalda, mas quando a menina consegue pegar um só, ele chora feito um bebezão mimado.

A maioria das séries e filmes tem muita participação e protagonismo dos homens, mas é só uma delas dar mais espaço e protagonismo pras mulheres que logo aparece um mimizento reclamão pra choramingar.

Esse tipo de homem parece aquela criancinha mimada que acostumou a vida inteira ter tudo só pra si e agora não aceita que os outros tenham espaço tb.

Agora, eu tenho certeza de que se uma mulher reclamasse da falta de espaço numa série com foco nos homens, aí eles iam ficar super revoltados, achar um absurdo, dizer que só sabemos reclamar, queremos dominar tudo, mimimi, misandria, mimimi, tadim duzomi, mimimi...

Nós não podemos reclamar, mas eles podem. Aff!

Anônimo disse...

Nossa, eu juro que tento uso o termo de uzomi e essas coisas pq acho desnecessário (na maioria dos casos), mas esse não tem nem o que ver

Me diz onde esse critico aprendeu a profissão, pq é um péssimo local. O homem não conseguiu nem entender a temática da série e quer falar besteira.


Fora que não da nem pra comparar a quantidade de série que são sobre/para homens e a quantidade de séries feitas para mulheres

É aquele grande mal de pensar que as mulheres precisam do sexo oposto


Mimis

Raven Deschain disse...

Huashua meu cu pra esse crítico. Tá ruim um monte de mulher? Vai ver os caras pelados em Oz e Prison Break e não enche o saco.

Cecília disse...

Gente que cobra melhor/maior representatividade masculina em Orange is the New Balck só prova de que os homens tão mal acostumados. A perspectiva é sempre masculina, os personagens mais interessantes são sempre homens. Aí vem uma que faz o contrário. Consequência: chorume.
Os omi pira quando as mulheres deixam de ser simples enfeites em suas "aventuras do barulho" ou "jornadas emocionantes".

Cecília disse...

Cê já leu isto?

"Nascidas ontem: As séries dramáticas norte-americanas adicionam a complexidade feminina a suas tramas de sucesso. Na foto, cena de Orange is the new black"

http://www.cartacapital.com.br/revista/803/nascidas-ontem-9176.html

Anônimo disse...

Considero importante que as mulheres encontrem novas formas de protagonismo. Se as séries de tv puderem fazer isso, então será algo bom.

Saindo um pouco do tema prisão, está na última temporada TRUE BLOOD que tem uma heroína FEMINISTA como personagem principal. Aos poucos a indústria começa a olhar.

Infelizmente vai haver chorões reclamando, mas sempre houve gente boba no mundo.

Namorado Liberal

Anônimo disse...

Tento não usar os termos uzomi*

Mimis

Anônimo disse...

AHAHHAHAHAHHA
Se a gente reclama disso é porque samos malcomidas, e a gora o que falamos deles???
Engraçado, eles fazem isso conosco há muuuuuuito tempo, e ninguém ouve nossas reclamações....agora quando uzomi reclama gente, aí os mascus tomam as dores deles, com certeza.

Anônimo disse...

Mais mimimi male tears.
Aff
Lola, vc foi citada (1:40) nesse vídeo
https://www.youtube.com/watch?v=PwCc3rArsAw
É tão tosco que chega a ser cômico...
Bia

Anônimo disse...

se vcs n fizessem exatamente a mesma coisa ,teriam moral pra reclamar do cara,mas n tem né.
feminista adora dizer que qualquer personagem diferente da mulher fodona e independente é machismo.
como se n existisse mais nenhum tipo de mulher no mundo,só as que vcs consideram mulher de verdade.
mulher n pode ser romântica nos filmes,n pode isso,n pode aquilo.
até quando tem mulheres inteligentes e independentes numa serie como o the big bang,vcs reclamam,pq tem apenas uma mulher que representa algumas q existem por ai,fúteis e bobas.

female tears.

Anônimo disse...

Vi a notícia do artigo do cara mas não me dei ao trabalho de ler. Pelo menos ele conseguiu repercussão sobre o que escreveu haha É muito entitlement pra um mundo só.

Anônimo disse...

Ah tá. E as representações estereotipadas e rasas de mulheres na maioria das séries e filmes norte-americanos, também incomodam esse cara? Ou só incomoda quando uma série que não é centrada em homens faz muito sucesso, mesmo sendo minoria?

Larissa Petra disse...

Topic off:
Vcs viram oq fizeram com o Neymar no jogo ?!
Foi criminoso, aquele espanhol roubou a gente o jogo inteiro, mas aquilo foi demais, na coluna, podiam ter aleijado ele, olha foi horrível...
Mas tirando a arbitragem péssimo(quando disseram que era espanhol o juiz já fiquei tensa...) o Brasil dominou o jogo inteiro, teve erros normal, mas o nome do jogo foi o david Luiz, jogou muito...

Anônimo disse...

@18:09

Não ouvi, mas li a "letra" (enorme, por sinal) e achei que foi um esforço tremendo pra fazer, provavelmente. Uau. Muita paixão pela causa.

Anônimo disse...

OffTopic:

Lola, leu esse post do seu amigo Robson Fernando?

http://consciencia.blog.br/2014/07/naovaitercopa-decepcao-resistencia.html#more-17001

lola aronovich disse...

Anon das 19:44, não entendi. Qual comentário vc quer que eu exclua? E acho que vc mesma pode excluir.


Anon das 20:38, li agora. Respeito quem luta (desde que sem vandalismo ou violência), mas não concordo. E, se eu vejo uma parte da esquerda ser contra a Copa, o que mais vejo é gente de direita ser contra. Acabei de ver montes de comentários no Globo festejando a fratura de Neymar e torcendo pra Alemanha. Comemorando que "os petralhas" vão perder. Chato quando a esquerda adota um discurso tão parecido com o da direita...

Julia disse...

Sério que tem gente comemorando que o Neymar se machucou? Para esse mundo. Que horror.

Coitado, deve estar sofrendo muito.
Mas tenho confiança que a gente passa pela Alemanha mesmo assim.

David Luiz <3

Larissa Petra disse...

Cara é verdade, essa semana eu fiquei uns minutos no espn, cara para que ?! Eles torcendo descaradamente contra o Brasil, estão usando a copa para tentar derrubar o governo Dilma, mas está patético, afinal esta está realmente sendo a copa das copas, estão dizendo q a nossa copa foi a maior de todos os tempos...
Olha para a reaçada, podem chorar...
PQ ESTÁ TENDO COPA E ESTÁ SENDO UM SUCESSO!!!!!

Anônimo disse...

Ahn, gente será que o caso desse crítico não é grave... tipo... ele não sabe ler? Porque quando uma pessoa alfabetizada lê que uma série é sobre o cotidiano numa prisão feminina, ela pensa logo que o foco da história serão as mulheres, e que haverá poucos homens na série. É natural. Acho bom dar um toque no governo americano que a educação não tá tão bem assim...

E pô, eu tô odiando cada minuto da copa mas o que fizeram com o Neymar foi absurdo! Dar joelhada nas costas de alguém de graça? Sem motivo nenhum? Com risco de fraturar a coluna da vítima? Se esse sujeito não for um psicopata no mínimo precisa de um tratamento pra controle de agressividade.

Anônimo disse...

Eu torço contra a copa mesmo,o povo aqui é muito arrogante com esse "brasil é o país do futebol".
Tem mais é perder mesmo.

Mas não comemorei o que aconteceu com o Neymar,o cara podia ter ficado aleijado,quem fez isso devia ser chutado para fora da copa.

Anônimo disse...

AMO OITNB!!! E É Engraçado que os homens com quem conversei que viram essa série simplesmente odeiam a Sophia, que é uma das personagens que eu mais gosto. (A que eu menos gosto é a Piper mesmo)

Além de quererem protagonismo eles ainda são homofóbicos e não querem que a história dela seja contada!
Minha impressão é que só gostaram da série pelas cenas de sexo. Eu sei o que vão me dizer: Troque de amigos!

Mas a respeito da história da Sophia, acho interessantissima a fala da diretora do presídio, Natalie Figueroa, sobre a mudança de sexo da persongagem. Ela diz: "Why would anyone give up being a man? It’s like winning the lottery and giving the ticket back.” A série representa bem diversos tipos de mulheres, até as machistas.

Anônimo disse...

Exato, anon das 22:10.. Essa é a parte mais engraçada, ele achava q uma prisão feminina iria passar o tempo discutindo homens e mostrando suas realidades? Isso q é se achar o centro do universo

Carol F. disse...

Eu indico essa série pra todo mundo, é muito legal. E uma grande vantagem é ter muitas personagens mulheres diferentes do que estamos acostumadas a ver na tv (tanto psicologicamente quanto fisicamente)e mais próximas à realidade, independentemente de serem criminosas. Adoro. Quanto ao texto, eu li e achei muito confuso, tem um pouco de iuzomismo e depois ele diz mais ou menos que ninguém tem pena de homem na prisão, só de mulher. Isso torna o texto estranho porque aparentemente ele está ciente de que a série se passa em uma prisão de segurança mínima de propósito, e a maioria das presas está lá por tráfico. Enfim, é uma crítica boba mesmo, e a maioria dos comentários está esculhambando.

Julia disse...

Eu adoro Orange is the new black e tudo, estou vendo os ep. da 2º temporada aos pouquinhos pra não acabarem logo.

Mas queria recomendar uma outra série criada por uma mulher (Heidi Thomas), baseado nas memórias escritas por uma mulher (a parteira Jennifer Worth) que tem como objetivo contar histórias de mulheres (parteiras e pacientes numa vizinhança pobre de Londres nos anos 1950).

Call the midwife

A série estreou em 2012, mas comecei a assistir agora. A 4ª temporada estreia ano que vem.

Acho que essa série não é tão conhecida quanto deveria ser.

Anônimo disse...

Oh, Lola, eu lembro que já teve post aqui sobre Big Bang Theory. Eu revi um episódio hoje e tem uma hora que o Howard deixa o Raj sozinho porque vê uma mulher correndo no parque, e vai atrás dela. Aí depois o Raj fala: você me largou por uma garota com quem você nem tinha uma chance! Quando o Howard retruca dizendo, "é claro que eu tenho uma chance", o Raj responde: "com uma mulher que você estava perseguindo no parque? Isso não é 'uma chance', é um crime!". Eu sei que a série erra e é machista me vários pontos, mas eu achei essa resposta fantástica.

Anônimo disse...

"Female tears"? hahaha afe, nem pra criar um bordão pra vcs, tem que copiar o nosso? bando de machinhos nada criativos viu...

Anônimo disse...

Anon 01:08, mas nós somos os melhores mesmo. O país do futebol.
O país que inventou o jogo bonito.
Dono de 5 títulos.

Fazer o que?

Domingos Tavares disse...

A única coisa que eu estranhei no seriado foi a falta das celas. Os dormitórios eram separados apenas por meia parede, sem qualquer grade. Bem diferente do que vi em seriados de prisão masculina, onde as celas são minúsculas e muito bem trancadas.

E na boa, se eu quero ver estória de homem na cadeia, vou assistir outro seriado. Seriado de homem preso é o que não falta por aí. Prison Break, inclusive, é um dos que eu recomendaria para quem quer assistir estórias de caras vendo o sol nascer quadrado.

Anônimo disse...

@Patty Kirsche
Se em sua tese você fez questão de frisar que eram homens queimando mulheres, então é compreensível o protesto do professor.

E isso não é sinal de que ele se sentiu incomodado por sua história não estar sendo contada, mas sim por estar sendo colocado como sendo o vilão da história por ser homem. E é claro que isso deixa qualquer cara na defensiva.

Se não foi o caso, então você tem razão.

Dona Coisa disse...

Olha Lola, vc caiu no meu conceito.
COMOASSIM voce nao AMA OITNB? :)

Vim aqui so pra contar uma experiencia MARAVILHOSA que tive outro dia. Eu moro em Toronto ha pouco tempo tivemos a World Pride acontecendo na cidade com varios eventos e gente do mundo todo. Infelizmente trabalhando nao deu para eu ir em boa parte dos eventos, mas fui numa conversa com Laverne Cox, a atriz que faz a Sofia.
QUE MULHER eh essa????
A conversa foi com um ator muito conhecido que eu nao tenho a menor ideia de quem eh. No comeco ela falou um pouco sobre como foi sua infancia, comeco de carreira, como teve que sair do armario duas vezes (primeiro como homem gay e depois como transgenero), sobre transfobia internalizada, sobre, claro!, OITNB e como eh trabalhar com aquelas atrizes. Em todas as suas falas havia um cunho politico muito forte. A ultima hora de conversa foi basicamente falando de ativismo, de como ela se coloca o tempo todo preocupada em representar as mulheres trns e as mulheres negras na televisao.
Se alguem esta lendo esse meu comentario precisa correr para dar uma googada em laverne Cox. Ela eh o maximo, grande ativista, grande mulher e uma pessoa simpatissicima.

So isso.
E tb que eu queria me gabar de ter estado pertinho dela.
<3

Anônimo disse...

Eu sou homem e adoro OINTB. Acabei de assistir a segunda temporada. Talvez o crítico não tenha gostado da série porque todos os homens são desprezíveis. O Mendez é um canalha, que trafica drogas e ameaça a Red. Fora a cena em que ele apalpa a Chapman durante a revista. O Healy se faz de bonzinho, mas se trata de um homofóbico que acha que pode manipular as mulheres na prisão e se mostrou bem vingativo durante a série, mas vive querendo dar uma de bonzinho. O guarda namorado da Daya ( Bennett, se não me engano) um covarde que seduz a moça e depois não assume o que fez. O Caputo embora seja o único que demonstra alguma preocupação com a situação precária da cadeia, muitas vezes demonstra ser um completo idiota que ficou dando em cima da policial e depois deixou de trata - la bem quando viu que ela tinha namorado. Os demais são menos atuantes, mas não perdem a oportunidade de destratar as detentas quando podem.

Anônimo disse...

A cadeia em OITNB é pra quem bom comportamento. Fala um pouco disso no começo da 2ª temp quando a loirinha lá é transferida pra outra cadeia para o julgamento e ela fica com saudade da cadeia original.

Morgause disse...

Lembrei agora de uma matéria no Box de série, que fala dos defeitos de AHS Coven, o último deles seria a "falta de testosterona" sendo a FX um canal masculino e os dramas femininos não agradariam uzomi...

Ak:http://www.boxdeseries.com.br/site/10-defeitos-de-american-horror-story-coven/

Olha q eu tenho um pé atrás com a representação feminina nessa série, mas como não vi a terceira não posso opinar muito. Mas reclamar de falta de testosterona é foda

Caio Borrillo disse...

Engraçado como os homens não seguram o cu quando o assunto é perda de protagonismo. Surge algo que não os deixa em destaque ou não conta suas ~grandes histórias heroicas~ e eles começam "ainn, misandria, mimimi, que irresponsabilidade em mostrar uzome, mimimi".

Meu amigo, a gente está mais que bem representado na TV, no cinema, nos livros, nos quadrinhos, nos desenhos animados, nos mangás, nos games. Você vai morrer se não for protagonista em uma série?? Orra, meu velho, brincadeira, hein??

O choro é livro, meu chapa.