segunda-feira, 4 de março de 2013

MÔNICA, GORDINHA, DENTUÇA E FEMINISTA, FAZ 50 ANOS

Ingrid Melo, jornalista da Folha de Pernambuco, me enviou na semana passada um tema inesperado: a relação da famosa personagem em quadrinhos Mônica com o feminismo. 
Eu respondi meio correndo na sexta, por email, sem saber que a baixinha estava completando meio século de vida.
Ingrid publicou a matéria ontem. Ficou ótima (aliás, tem mais artigos lá: sobre a verdadeira Mônica, sobre moda, sobre o criador da personagem). Mas, como é natural, muita coisa interessante que foi perguntada ficou de fora. Então vou publicar a entrevista aqui, na íntegra.


1) A Mônica surgiu na infância de muitos brasileiros como ícone destoante dos demais quadrinhos de sucesso na época, tais os super-heróis da Marvel e da DC Comics. Nesses, as mulheres eram apenas assistentes, objetos de desejo, vítimas, pares românticos. A Mônica era a líder da turma, cheia de personalidade. Você enxerga a personagem como um ícone feminista? 

EU: Confesso que nunca tinha pensado na Mônica como um ícone feminista. Mas sim, o que é proposto por Mauricio de Sousa pode ser visto como uma desconstrução de gêneros. Mônica é muito mais forte fisicamente que seus amigos Cebolinha e Cascão, e é uma liderança. Também é interessante que Mauricio tenha feito uma menina, a Magali, a comilona da turma. E uma menina magra, ainda por cima. Hoje em dia, com toda a obsessão pela beleza feminina, mulher mal pode comer salada, quanto mais uma melancia inteira, como faz Magali.
Mas acho que pra Monica ser um ícone feminista falta-lhe um posicionamento mais à esquerda, mais crítico em relação ao mundo, uma defesa maior das minorias. Por isso a Mafalda de Quino é um ícone feminista. Porque feminismo não é apenas sobre igualdade entre os gêneros, mas sobre igualdade, ponto. 

2) Na sua opinião, o quadrinho contribui para que as crianças tenham uma visão de igualdade de gênero? A Mônica é uma voz que diz para as meninas "vocês não precisam ser submissas" e para os meninos "elas também podem ser fortes, podem fazer o que vocês fazem"? Cascão e Cebolinha ainda implicam bastante com a "baixinha, gorducha e dentuça". Para lidar com isso, ela apela para força. Seria, então, uma ideia de temor, mas não de respeito?

Por um lado, Mônica mostra que nenhuma menina deve ser submissa. Por outro, ela é vítima constante de bullying, ao ser chamada pelos amigos mais próximos de "baixinha, gorducha e dentuça", o que pra adultos não afeta muito, mas pra uma criança, realmente tem efeito na sua autoestima. E ela responde ao bullying com violência física -- que, na minha opinião, não é a solução. Aliás, nem nas histórias da Turma da Mônica a violência é a solução, pois ela não resolve o problema. Mônica continua sendo vítima de bullying, e sofre com isso. 
Também é incrível que Mônica seja muito mais perseguida por ser gorducha (mesmo que ela pareça ser exatamente do mesmo tamanho que Magali e os outros personagens) e dentuça do que Cascão por não tomar banho. Porém, naquele universo parece haver bastante igualdade, ainda que as mães dos personagens nunca sejam vistas trabalhando fora. Elas não têm profissões.

3) O que você pensa sobre o lado autoritário -- às vezes agressivo -- da personagem? Macula a imagem das feministas? 

Depende, porque não sei se tanta gente vê a Mônica como feminista, e não creio que a própria Mônica se veja como feminista. Então não vejo como uma conexão que não está claramente estabelecida macule a imagem das feministas. Não gosto do lado agressivo de Mônica, mas quanto ao seu lado autoritário, se ela fosse menino, ninguém acharia nada de mais. É só por ela ser menina e características como poder e liderança não serem vistas como femininas que o autoritarismo da Mônica pode ser um problema. 

4) Luluzinha, outra personagem com traços feministas fortes (criada, aliás, por uma mulher, Marjorie Henderson), também é um tanto mandona e competitiva. É possível defender a igualdade entre mulheres e homens sem essa postura impositiva?

Luluzinha também é ótima, e ela não recorre à violência. Talvez seja uma representante maior de uma luta contra o patriarcado do que Mônica, pois ela luta por inclusão no Clube do Bolinha, proibido pra meninas. Há muitos modos de ser feminista. O fato real é que, só por ser mulher, a gente recebe muita pedrada. E por ser mulher e feminista, ou seja, por lutar contra o status quo e a favor dos direitos de grupos historicamente oprimidos, recebemos mais pedradas ainda. Como cada feminista reage a essas pedradas é bastante pessoal. Algumas são doces e fazem o possível para não entrar em confronto. Outras respondem com pedradas, ou melhor, com golpes do coelhinho Sansão. Não existe um só modelo.
Mas creio que devemos ser impositivas, devemos falar, e falar alto, sem medo. E devemos dar de ombros para insultos do tipo "gorda, feia, mal amada". Eles devem deixar de ser ofensivos desde que saímos da quarta série. Inclusive, essa é uma das limitações da maior parte dos personagens em quadrinhos: eles estão congelados numa só idade, tempo e lugar. Não vemos Mônica crescer. Não vemos a mulher que ela se torna. Não sei se às vezes Tina é feita para representar a Mônica mais velha. A Turma da Mônica Jovem veio preencher um pouco essa lacuna, mas ainda assim, adolescente não é adulto. 
Seria um pouco decepcionante se Mônica se tornasse, quando adulta, uma dona de casa como todas as personagens adultas dessas histórias. Nada contra donas de casa, mas o mundo mudou, e sabemos que Mauricio de Sousa sempre tenta acompanhar essas mudanças.

136 comentários:

Anônimo disse...

Porque para a Lola feminista tem que ser esquerdista ¬¬

Marina disse...

Acho a Mônica o máximo! É ela quem é a dona da rua. Só isso já mostra que a história tenta ser diferente da maioria. A Magali também é ótima, come o quanto tem vontade, sem culpa, sem medo de engordar e, talvez por isso mesmo, é a mais magra de todos da rua. O Mauricio de Sousa se baseou em sua filha Magali, que era capaz de comer uma melancia inteira quando criança e que hoje, já adulta, é capaz de almoçar 2 vezes por dia e continua magrinha. A Luluzinha é uma personagem mais inteligente, a menina mais inteligente de Liberta, sempre consegue o que quer por meio de seu pensamento crítico e, geralmente, é mais ética do que o Bolinha nas histórias. Ah! A Tina, do Mauricio de Sousa, tem hoje uma revista só para ela. Ela estuda jornalismo. Não vai ser uma dona de casa. Enfim, adoro todas elas! O post de hoje foi excelente, Lola.

Marina disse...

O post de hoje foi excelente! Adoro a Mônica. Ela é a dona da rua desde a década de 60, quando mulher só podia ser dona de uma coisa: de casa. A Magali também é cheia de personalidade: come o que tem vontade, sem se deixar levar pelas críticas e nunca engorda (para o desespero dos fiscais da alimentação alheia!) A Tina hoje em dia tem sua própria revista e é estudante de Jornalismo. Ou seja, ela terá uma profissão. A Luluzinha também é ótima: ela é a menina mais inteligente de Liberta. E consegue o que quer por meio de sua inteligência. Outro ponto positivo é que ela geralmente é mais ética do que o Bolinha e sua turma na maioria das histórias. Acredito que todas elas sejam feministas, porque buscam, a seu modo, e dentro das limitações da idade, questionar o patriarcado e o senso comum.

André disse...

Qual é esse aspecto autoritário da Mônica? Na relação com as outras meninas parece haver uma certa igualdade (ponderando o fato que cada personagem é o protagonista da revista que leva seu nome). Na relação com os meninos, o autoritarismo dela ocorre sempre em reação a alguma provocação prévia.

Anônimo disse...

"Nada contra donas de casa"...

Isso não ficou legal, Lola. É claro que há no texto algo contra alguém assumir-se dona de casa. Por que você não desenvolve melhor essa ideia em outro post?

Magrelinha disse...

Eu amo Mônica! Foram as revistinhas dela que me ensinaram a ler, pq quando criança eu odiava a escola, então a Turma da Mônica era a minha salvação! rs rs

Parabéns Mônica! Muitos e muitos anos de vida para vc! E parabéns ao Maurício, meu ídolo! O melhor quadrinista do mundo! Tudo o que ele fez (e continua fazendo) às crianças merece ser reconhecido sempre!

Magrelinha disse...

André


É verdade! A Mônica nunca age com violência sem motivo. E outra coisa, atribuir uma qualidade (nesse caso a força) a uma personagem feminina, ainda mais criança, é quebrar com vários estereótipos. Em uma época em que os únicos justiceiros fortões dos quadrinhos eram os homens, o Maurício de Sousa concedeu essas qualidades a uma menina, que virou sua principal personagem.

Anônimo disse...

Impressionante como os homens são retratados pelos meios de expressão desde sempre,sempre como abobalhados, opressores retardados. Desde historinhas infantis, ate comerciais de tv, somos sempre infantilizados,o escape sempre foi as historias de super herois, aonde garotos como eu podiam sonhar em transcender, fazer alguma diferença, mas parece que ate isto esta com os dias contados.

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=428545487220382&set=a.177579655650301.42579.167475663327367&type=1&theater

Talvez o futuro do home seja a extinção, sendo substituído por algo moldado a partir apenas do feminino, será que faremos falta para as mulheres ?
Duvido muito, afinal como bem dizem as feministas " mulheres sem homens, são como peixes sem bicicletas"

respeitosamente Rodolfo

Anônimo disse...

"Mas acho que pra Monica ser um ícone feminista falta-lhe um posicionamento mais à esquerda, mais crítico em relação ao mundo, uma defesa maior das minorias. Por isso a Mafalda de Quino é um ícone feminista. Porque feminismo não é apenas sobre igualdade entre os gêneros, mas sobre igualdade, ponto."
Também concordo com o primeiro Anônimo: Por que feminista tem que ser de esquerda? Outra coisa, Mafalda também questionava a esquerda em alguns quadrinhos.

Bruno

Anônimo disse...

No mais, tem um personagem novo na turma da Mônica que tem um comportamento muito mais libertário e feminista do que a titular da revistinha: é a Denise, que tem muito mais iniciativa do que a Mônica. Eu sou fã incondicional da Denise (acho que mais do que da Mônica).

Madrasta do Texto Ruim disse...

Sempre i a Mônica como um ícone feminista. É aquela mulher que não leva desaforo de homem pra casa e que bota qualquer mané pra correr.

Já botei muito mané pra correr à la Mônica (meu Sansão é uma coleção de palavrões poderosos e gritados a plenos pulmões, supereficazes). e, quando penso no que fiz (porque na hora não penso, eu simplesmente explodo), me dou conta de que graças a esse temperamento monicamente explosivo eu penso ter escapado de um estupro.
Era de noite, eu tinha parado num posto de gasolina de beira de estrada para ir ao banheiro. meu marido foi pro outro lado, e o caminho pro banheiro era isolado e meio escondido. Eu tava apertada e puta da vida com o marido, porque ele gritava comigo porque eu não sabia ler googlemaps, e eu gritava com ele porque a #¨$%¨#$ da rede do celular é q não carregava direito o mapa e mandava ele pra porra porque se ele acha que eu não faço direito eu iria arremessar aquela porra daquele iPad pela janela e ele que fosse viver com o iPad lindo dele sozinho e... enfim, eu tava BOUA.
Daí 4 rapazes num Gol encostaram no corredor e começaram a me encarar. E eu, arrumando a @$%#$%$# do vestido justo e decotado que tava todo torto, e já TODA CALIBRADA NA FINESSE, virei pra eles a plenos pulmões: "QUE QUE FOI? PERDERAM ALGUMA COISA?"
Eles se assustarem com minha reação e eu continuei: POIS VÃO ENCARAR O C* DA MÃE DE VOCÊS, SEUS FILHOS DISSO, SEUS AQUILO e seguiram-se mais uns dois minutos de plenos, poderosos, cabeludos e impublicáveis xingamentos.
Os caras arrancaram com o Gol e foram embora rapidinho. Não esperavam minha reação tão... veemente.
Se não foi a Mônica que me ensinou a agir assim, não sei quem foi.... :D

lola aronovich disse...

Estou na maior correria, pra variar, mas concordo, Anônimo das 11:06, vou tentar desenvolver isso sobre donas de casa num outro post.


Sobre a Mafalda, por mais que ela critique a esquerda de vez em quando, ela é indiscutivelmente uma personagem de esquerda. Ela não se conforma com o mundo e quer mudá-lo. É uma contestatária. Não vejo isso na Mônica, esse inconformismo. E sim, acho complicado ser feminista e de direita. Ser feminista sem querer mudar o mundo? Como isso é possível? Achar que as mudanças não precisam também ser sócio-econômicas? A maior parte das pessoas pobres no mundo são mulheres e crianças. Não dá pra fechar os olhos pra isso, e é o que a direita costuma fazer. Enfim, eu não confisco carteirinha feminista de ninguém, não tenho poder nem vontade pra fazer isso, mas... acho contraditório ser feminista e ser de direita. O feminismo é um movimento de esquerda. Pode ser branco demais, classe média demais, heteronormativo demais... Mas ainda assim é de esquerda.

Paula disse...

Caro, Rodolfo

Vc tem todo o direito de se sentir injustiçado pela representação que é dada aos homens na mídia. Nós mulheres sabemos como vc se sente.

Pq vc não organiza um movimento de homens, para lutar contra essa imagem infantilizada? Quem sabe também contra o alistamento militar ou pela maior frenquência com que homens consultem médicos?

Fica a dica ;)

Anônimo disse...

A Lola não falou nada contra ser dona de casa mesmo. Questionou que todas as mães das crianças eram donas de casa, nenhuma tinha profissão. O feminismo defende que toda mulher tem o direito de ter a decisão sobre a sua vida, inclusive ficar em casa se quiser.
Depois de crescida vi algumas revistinhas da Mônica (adoro até hoje) e reparei que tem outras mães (Como a da Denise) que trabalham fora. Tem até uma historinha em que as mães se juntam e viram sócias trabalhando numa padaria. O Maurício de Souza acompanha a mudança dos tempos sim.

Claudia Flores disse...

Lola, você tem visto a novela Lado a Lado? Vi que fez um post sobre ela, e desde a semana passado vários assuntos femininos tem sido abordados, na reta final da novela. Semana passada foi sobre a luta da Laura em assinar as matérias no jornal com o próprio nome em vez de assinar com o pseudônimo Paulo Lima.
Aqui vão as cenas se vc quiser dar uma olhada:
http://tvg.globo.com/novelas/lado-a-lado/videos/t/cenas/v/laura-revela-a-guerra-que-e-paulo-lima/2427094/

http://tvg.globo.com/novelas/lado-a-lado/videos/t/cenas/v/jornalista-rejeita-a-materia-de-laura-por-ela-ser-mulher/2429170/

E aqui uma entrevista com a autora Claudia Lage sobre a internação de mulheres, comum no século XIX e XX.

http://tvg.globo.com/novelas/lado-a-lado/Fique-por-dentro/noticia/2013/03/laura-no-sanatorio-autora-diz-que-constancia-sera-mae-cruel-e-devoradora.html

Anônimo disse...

Feminismo é luta contra o status quo, isso é automaticamente e inevitavelmente contra a posição reacionária da direita. Feminista de direita não dá pra entender, no mínimo é uma pessoa contraditória que não tem o real conhecimento do que é feminismo OU do que é a direita.

André disse...

Quem tá acusando a Mônica de não ser feminista o suficiente notou que a personagem tem 6 anos? Ou que a proposta do Maurício de Souza talvez não fosse a de fazer uma personagem feminista? Ou que ela foi criada na década de 60?

Anônimo disse...

Eu não sei. Embora a Mônica tenha personalidade forte, vez por outra aparece alguma historinha com ela tentando mudar a si mesma. Lembro de ler uma historinha em que ela mencionava ligeiramente que estava em uma dieta a base de alface e água. Isso não é muito legal.

Além disso, é muitas vezes mostrado que o Cebolinha realmente gosta da Mônica. Claro que sim. O problema é que ele vive a xingando de dentuça, gorda, e rouba seus brinquedos para quebrá-los. É realmente saudável apresentar isso para as crianças? Tipo, eu já ouvi muita gente dizer para meninas que estão sendo importunadas por meninos (coisas como empurrar ou puxar o cabelo): "ah, deve ser porque ele gosta de você". Ridículo.

Lord Anderson disse...

Bem eu vejo as hqs da turma da monica, quase desde que tinha a idade da protagonista.


Hoje são meus sobrinhos e sobrinhas que se divertem com ela.

Uma das coisas que sempre gostei foram as constantes referencias a cultura pop e os "acrescimos" que foram feito ao longos dos anos.

O Cebolinha ganhou uma irmã mais nova, Monica ganhou seu proprio cãozinho.

As hqs tb sempre foram bem inclusivas apresentando personagens como Humberto, que é mudo, Lucas, paraplegico,etc.

Alem de apresentar a familia do Xaveco, como um caso de divorcio sem traumas e com um casal separado que consegue manter um bom relacionamento e cuidar dos filhos.

Claro, ainda esta muito presa a manutenção do status quo e numa certa aceitação do buling.

Mas as aventuras meio inocentes e a constante valorização da amizade são coisas que me agradam até hoje.

Mena disse...

Já li uma história em que a mãe da Mônica trabalhava sim, segue o link da história completa: http://www.monica.com.br/comics/murphy/welcome.htm

Bela Campoi disse...

A turma cresceu, sim! Passando por uma banca-sebo de São Paulo um dia desses, topei com a edição em que Mônica e Cebolinha se casam! Achei a edição histórica e até comprei o gibi, mas ainda não tive tempo de ler...

Lord Anderson disse...

Ah sim, sem contar que a Denise é uma das personagem mais loucamente divertidas ja feitas.

heheheeh

Paula disse...

Lolinha, só te peço uma coisa: não divida o mundo entre direitistas e esquerdistas. Não é tão simples assim.

Muita gente tem opiniões "de direita" para determinados assuntos e "de esquerda" para outros.

O mundo não é só preto e branco, tem muitos tons de cinza aí no meio (não fazendo alusão ao livro).

Vide os anarcocapitalistas (o que eu acho uma visão política meio furada, mas enfim, só como exemplo). Eles tem um posicionamento político direitista, mas tem visões extremanente não-preconceituosa no que diz respeito a libertades individuais (ex. aborto, casamento homo, drogas, etc.)

esse video é um bom exemplo de reflexão a respeito desse assunto:

http://www.youtube.com/watch?v=MdGQru1LTRQ

(antes de achar que o cara é branco privilegiado, ele é gay ;) )

Anônimo disse...

Falando em Clube do Bolinha, já ouviu falar daquele evento (acho que era uma comemoração do lançamento de um jogo) em que uma grande lan house americana decidiu proibir a entrada de mulheres, há pouco tempo atrás?

Anônimo disse...

Me recordo que foi uma das minhas primeiras leituras...
Aliás, adoro todos os personagens de Maurício de Sousa.


Parabéns Mônica!!!

Anônimo disse...

Tbm acho que a Mônica não foi feita pra ser feminista. O Maurício de Sousa se inspirou na filha dele, que provavelmente tinha um temperamento parecido com a Mônica. Se fosse uma história com qualquer viés feminista, não teria todas as mães como donas de casa (como era no início).

Hugo disse...

"Ser feminista sem querer mudar o mundo? Como isso é possível?"

Bem, a direita, assim como a esquerda, tem muitas "facções", muitas correntes de idéias diferentes. Além disso, boa parte da ideologia de direita não está em direto conflito com idéias feministas. Por exemplo, uma das bandeiras da direita é diminuir o papel do governo na economia e na vida social. Coisas como os nossos impostos excessivamente altos, ou censura do governo (coisa contra qual esquerdistas lutaram por muito tempo por aqui), ou protecionismo (que prejudica consumidores), etc. A idéia de mínima participação do governo em nossas vidas poderia até ser usada para justificar o direito ao aborto, como escolha pessoal. Claro, a maioria esmagadora dos direitistas é contra o aborto, mas você entendeu o que eu quis dizer: pelo menos a parte mais "econômica" da ideologia de direita não exclui a possibilidade de um feminismo de direita.

Já quanto a querer mudar o mundo, se nós tomarmos como exemplo o Brasil, que está sob um governo marcadamente de esquerda há anos, quem realmente está procurando por mudanças no momento são as pessoas de direita, enquanto a esquerda (particularmente o PT) quer manter as coisas como estão, ou no máximo aprofundar medidas já implantadas.

Por fim, gostaria de acrescentar que não me considero de direita, só estou tentando ser imparcial.

André disse...

Anônimo 11:44,

Tem uma idade em que alguns meninos tentam chamar a atenção das meninas implicando com elas. Não vejo isso como problema desde que isso não perdure por muito tempo após a pré-adolescencia.

Lord Anderson,

Não dá para atualizar muito os personagens sem descaracterizá-los. Tanto que os personagens mais modernosos são aqueles mais novos.

Luiza disse...

Ah, cara. Mexeu com a Turma da Mônica, mexeu comigo. E MUITO.

Quantas e quantas vezes as histórias não mostraram a Mônica se auto-afirmando para os meninos, cheia de personalidade? E quantas e quantas vezes Mônica e Cebolinha foram os únicos que sobraram na rua enquanto todas as crianças saíam de férias, e reafirmavam a amizade entre eles?

E quem acha que só agora é que o Maurício resolveu mostrar os dois casados... perdeu a vida toda de historinhas.

Luiza disse...

Lord Anderson

Hahahaha eu me divirto demais com a Denise!! O Concurso das Denises é top, top demais!

Na época do politicamente incorreto, aka planos infalíveis, eu morria com o Cascão nas mais diversas fantasias e personagens tentando enganar a Mônica. Uma vez ele se disfarçou de estilista francês com biquinho e tudo. Fiz xixi na calça de tanto rir!

E sempre tem os malas pra reclamar da Turma do Penadinho. Esses eu deixo falando com a minha mão depois de uma coçadinha.

Dani Andrade disse...

"Nada contra donas de casa"...

Lola, espero de verdade que vc não tenha nada contra.
Eu sou dona de casa por opção, depois que fui mãe não consegui terceirizar a educação da minha filha, ela tem 2 anos e 3 meses e mamou até quando quis, não vai à escola ou creche e por isso não fica doente nunca.
Mas eu estudei administração, sempre trabalhei desde os 17 anos e acredito na independência da mulher e contribuo na renda familiar com uma pensão que recebo do meu pai pela morte da minha mãe. Eu não dependo do meu marido pra nada, ele divide as tarefas domésticas comigo e as funções com a filha, troca fraldas, dá banho, escova os dentes, dá limites, colo etc apenas tenho uma visão de que terceirizar os cuidados com minha filha não são necessários para nós no momento. Nunca imaginei que seria assim, aliás nunca nem planejei ter filhos, mas posso dizer que estou amando, lendo, aprendendo muito sobre a grande função ajudar a criar e de educar um ser humano. Eu sei que sou uma sortuda por ter essa opção e entendo que esta não seja a realidade da grande maioria das mulheres brasileiras. Sei também que existe bastante dificuldade pra muitas feministas entender que feminismo e criação com apego possam andar juntos, mas podem sim, participo de um grupo que tem várias mulheres feministas que trabalham e criam seus filhos baseadas no attachment parenting ou criaçao com apego. E é demais!
Vou esperar por esse post, beijo Lola!

Anônimo disse...

Eu sempre gostei dos quadrinhos do Maurício de Souza, personagens como a Mônica, Piteco, Os souza, Horácio, a turma do Penadinho fizeram parte da minha infância, mas como humor e boas gargalhadas, agora eu gosto e ainda tenho em minha pequena gibiteca clássicos como Krypta, Calafrio, entre outros de terror e alguns como Tex, mas sempre desprezei super heróis, preferia os anti heróis.

Rose disse...

Adorei o" temperamento monicamente explosivo"

Anônimo disse...

Se a mulher tem a OPÇAO de ser dona de casa e a escolhe,o negocio dela agora é ensinar os filhxs e nao so as filhas a trabalharem no serviço domestico mesmo essa mae sendo religiosa.

Anônimo disse...

pergunta sincera.
Alguma mulher aqui, ou alguém que vocês conhecem, seria capaz de prover materialmente o marido, se ele se dedicasse somente ao lar ?

Alguma de vocês iniciaria um namoro com um homem que esteja desempregado ?

Eu conheço muitos homens que não se importam, nem tem preconceitos de se relacionar com mulheres nestas condições.

Lord Anderson disse...

Luiza

eu tenho essa historia do concurso das Denises.

Uma aula de criatividade e metalinguagem em hq.

O jeito humarado e auto astral da menina feaz ela ser muito querida pelas minhas sobrinhas.

Priscila disse...

Rodolfo às 11:15,

se mulheres sem homens são como peixes sem bicicletas, o mesmo se aplica aos homens sem mulheres, não?

Nenhum gênero deveria "precisar" do outro. Deveríamos simplesmente conviver em respeito mútuo. ;-)

Lord Anderson disse...

E vale lembrar que ao longo do anos aconteceram muitas tentativas de criar outras "turmas", mas nunca com o mesmo sucesso.

Talvez por não conseguirem passar tanto carisma ou por não terem roteristas tão bons.

Mas acho que um dos fatores tb se refere a que nem a Monica, nem seus amigos são perfeitos.

Eles erram, tem medo, inveja, ficam com raiva, mas tb se ajudam, tem coragem nos momentos certos e querem mesmo é se divertir.

Como crianças deveriam ser.

Lord Anderson disse...

Luiza

Sim, Turma do Penadinho é demais, principalmente a Dona Morte.

Vanessa disse...

Anônimo das 13:08

Quando comecei a namorar com meu marido, ele estava desempregado.

Hoje, quase 5 anos depois, por escolha ele está em casa estudando para concurso, enquanto eu provenho a casa. Tudo de comum acordo, todo mundo muito feliz. Tenho certeza que se um dia for necessário, ele fará o mesmo por mim.

Somos companheiros, nos apoiamos nas mais diversas situações. Eu não preciso dele, nem ele de mim. Estamos juntos por escolha, por nos amarmos e por sermos felizes juntos.

Anônimo disse...

@Paula
"Pq vc não organiza um movimento de homens, para lutar contra essa imagem infantilizada? Quem sabe também contra o alistamento militar ou pela maior frenquência com que homens consultem médicos?"

Porque esse movimento não seria levado a sério, sendo imediatamente taxado de reacionário e "mascu". Além disso, será acusado de tentar manter o status quo e os privilégios do patriarcado. Isso sem falar que ele correria o risco de ser encarado socialmente como movimento de ódio contra as mulheres. Ou seja, criar um movimento de homens não é uma boa opção.

E mesmo que existam homens no feminismo, a luta NUNCA vai ser para beneficiá-los, mas sim para destituí-los dos privilégios do patriarcado (e acabar com ele). Afinal, esse movimento é uma luta de mulheres para mulheres. E, pensando assim, não há espaço para os homens ali. Assim como não há espaço para empresários e gerentes na luta trabalhista. Portanto, engrossar as fileiras feministas não fará com que os problemas masculinos (menor expectativa de vida, alistamento militar obrigatório, maior taxa de homicídios, maior taxa de suicídios, crescente popularização e divulgação da misandria, etc.) sejam resolvidos. Ou seja, virar feminista não é uma boa opção.

Continuar no patriarcado seria, então, a opção óbvia. Mas, ao fazer isso estaria fazendo exatamente o oposto do desejável: manter o status quo, com as opressões, problemas e tudo o mais. O que é péssimo, tendo em vista a quantidade de homens que morrem diariamente para tentar se encaixar no padrão patriarcal de masculinidade. Ou seja, continuar machista não é uma boa opção.

Tem mais alguma sugestão?

Anônimo disse...

Priscila disse...
Rodolfo às 11:15,

se mulheres sem homens são como peixes sem bicicletas, o mesmo se aplica aos homens sem mulheres, não?

Nenhum gênero deveria "precisar" do outro. Deveríamos simplesmente conviver em respeito mútuo. ;-)
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Sim ,mas eu preciso amar, e minha natureza....
...mas parece que minha natureza e coisa do passado :(

Rodolfo

Hamanndah disse...

Rodolfo, seu imbecil

Nós, homens e mulheres, e tambem homens e homens e mulheres e mulheres, precisamos uns dos outros, de amor tambem. Feminista não quer acabar com o homem, ó, bocó, quer apenas relações com direitos e respeitos mútuos.Você não vê, seu imbecil, que Lola é casadíssima e super-feliz com seu marido. Só na sua cabeça de m... para imaginar que Lola e nós queremos acabar com os homens.

Quanto à Monica, também sofri bullyng, pois era dentuça e foi dentro da família, um adulto me chamava de Mónica, de Et, o extra-terrestre, me chamou uma vez e vejo meus retratos na infancia e na adolescencia e vejo que nunca fui feia naquela época...feio foi o buyling e o abuso emocional daquele adulto ignorante

bjs

Renata disse...

Sobre posicionamento político não sei se tem nome para isso que eu sou, mas sou totalmente progressista em termos dos avanços sociais...casamento gay, drogas, aborto, etc

Mas em termos econômicos sou mais liberal uma vez que acredito que a gestão estatal tende a ser totalmente lenta, burocrática, ineficiente e com grande espaço para corrupção. Então o meu ideal é um mundo com Estado bem pequeno, mas em que todo mundo tenha liberdade. É possível isso? Tem nome? Eu curto a idéia do comunismo mas não acho que passar pelo Socialismo de Estado seja um preço razoável e ser pago, nem necessário.

Sobre a Mônica, eu gosto bastante da personagem lia na minha infância e me identificava. Mas não curto o posicionamento empresarial do Maurício de Sousa, licenciando os personagens para produtos péssimos como macarrão instantâneo e fazendo merchan dentro das revistinhas. As crianças deveriam ser poupadas de tanto consumismo.

Luiza disse...

Mimimi mulheres não querem mais amar, eu quero tanto um amor, sou tão romântico, elas ficaram brutas e masculinas mimimi

Não é por menos que está sozinho, deve ser mais chato que a doença homônima.

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Lord Anderson, suas sobrinhas têm ótimo gosto ^^

E a Dona Morte e o Zé Vampir são meus favoritos do núcleo, também. Quando eu era pequenininha, antes de aprender a ler, meus pais até se preocuparam sobre estarem criando uma psicopata haha
Mas viram que era só uma preferência, mesmo. Tem várias histórias da Morte tentando ser mais simpática e feminina, que eu casco de rir porque, né, coitada, não adianta haha

Você leu a historinha especial dela indo buscar o João Paulo II?

Marcelly disse...

Tantas divergencias bobas..jesus..Lolinha..texto lindo...eu sei que vc não eh contra donas de casa, vc só eh contra esteriotipo de dona de casa pra mulher...quando a monica ser feminista..a Lola não disse que ela TINHA que ser..só disse que ela não eh..assim como eu não sou loira..

tem uns Anos cheios de mimimi homem -branco-reprimido na sociedade...quedó..que dó...da mingau pra eles gentiiii



quanto a discução direita x esquerda...eh simples saber a diferença..a direita quer liberdade de consumo..nós (da esquerda) nao queremos o consumo...de resto são só nuances...

Anônimo disse...

"Já quanto a querer mudar o mundo, se nós tomarmos como exemplo o Brasil, que está sob um governo marcadamente de esquerda há anos, quem realmente está procurando por mudanças no momento são as pessoas de direita, enquanto a esquerda (particularmente o PT) quer manter as coisas como estão, ou no máximo aprofundar medidas já implantadas."

Concordo, e vale lembrar que nos países com governos autoritários de esquerda (como China, Cuba e Coréia do Norte) é a direita que é vista como o lado "libertário" e "rebelde". No final das contas, esse tipo de imagem muda de país para país - aqui no Brasil nós tivemos a ditadura militar, por isso temos essa péssima imagem da direita e vemos a esquerda como libertária, mas se perguntarmos para algum russo que viveu o suficiente para alcançar a época da URSS, por exemplo, ouviríamos opiniões muito diferentes.

Marcelly disse...

entrei pra comentar outra coisa..e falei demais..alguem viu o Doodle do Google hoje?..achei super digno..aliasesses os doddles andam melhorando cada vez mais.....tipo o do dia do trabalhador do ano passado...que era uma mulher...

Bru disse...

"Quando comecei a namorar com meu marido, ele estava desempregado.

Hoje, quase 5 anos depois, por escolha ele está em casa estudando para concurso, enquanto eu provenho a casa. Tudo de comum acordo, todo mundo muito feliz. Tenho certeza que se um dia for necessário, ele fará o mesmo por mim. "

Olha, vc tem sorte...
Meu namorado está desempregado e durante um bom tempo sustentei boa parte de nossas despesas...e vocês não sabem o quanto d epressão eu passei com a minha mãe...

"Quem pagou a conta? Foi tu? OLha, ele só quer se aproveitar de ti..."
"De novo, tu pagando a conta? Eu penso no teu futuro, viu..."

Agurado um post/ guest post que fale da pressão da família sobre os relacionamentos...Principalmente se o namorado tiver pouco dinheiro ou desempregado...o que a gente ouve não tá no gibi...

Renata* disse...

Nada a ver com o post, mas, isso aqui me deixou enjoada:
http://oglobo.globo.com/blogs/pagenotfound/posts/2013/03/04/homem-atira-namorada-de-penhasco-ela-termina-com-ele-enquanto-voa-488481.asp

Que direito o babaca tinha de empurrar a garota do penhasco?

Sem contar essas camisas do "Keep Calm":

http://oglobo.globo.com/tecnologia/amazon-age-para-deter-as-vendas-das-camisaskeep-calm-and-rape-lot-7730481

NOJO

Lord Anderson disse...

Luiza

Não, essa do João Paulo II eu não vi, mas vi varias dela tenta do mudar e no final percebendo que é feliz como é.

Sem contar que é um jeito leve de lidar com a questão da morte.

ViniciusMendes disse...

Gosto tanto que o tema do meu TCC foi um estudo de Turma da Mônica Jovem. <3

Acredito que o aparecimento de personagens que representem minorias (Umberto que é mudo, Jeremias que é negro, Luca que é cadeirante, Dorinha que é cega, André que é autista, Tati que tem síndrome de down)... Apesar desses personagens serem secundários em comparação aos 4 mais famosos (que são ambíguos, eles são cartunescos demais pra poderem características de alguma etnia identificável), acredito que seja uma forma interessante pra chamar a atenção pra existência e tolerância das diferenças, o que é sempre bem vindo.

Já a Denise, ela realmente vem se tornando um dos personagens mais interessantes da franquia. É engraçado que ela usa um punhado de gíria do meio LGBT (assumidamente, o roteirista que deu essa personalidade pra ela é gay)... Quando questionado sobre isso no Twitter (principalmente por conta da TMJ), Maurício respondeu que "ela tem outros círculos de amizade". :P

Anônimo disse...

"E, pensando assim, não há espaço para os homens ali."


Ah,meu deus hahaha

A libertaçao das mulheres liberta os homens dessas exigencias.

Dificil compreender?

Anônimo disse...

Que bom Rodolfo que as HQs nao estao tao homofobicas. :)

Anônimo disse...

Quando leio em revistas "femininas",aquelas que mantem o status quo,e vem materia de mulheres de alto cargo q escolheram ser donas de casa, eu sempre fico com um pé atras tamanho.

Marcelly disse...

Anon das 13:30

por que os hoemsn são mais violentos e sofrem mais riscos de morrer de forma violenta?
por que os homens morrem mais de doenças?

Lívia Pinheiro disse...

Rodolfo, para de choramingar que vão falar isso e aquilo do seu movimento e coloca essa bunda para se mexer. Se preocupação com a chacota alheia fosse impeditivo de alguma coisa, ainda estaríamos todas presas ao papel de esperar o maridinho provedor chegar do trabalho ou da zona com a jantinha pronta e as crianças arrumadinhas.

Eu não sei o que vc anda lendo, e onde. O que EU vejo aqui e em outros lugares quase todo dia é uma porrada de mulher que apoiaria imediatamente uma luta pelas mudanças que vc disse querer. A maioria delas feminista com força.

Paula disse...

@Anonimo que acha que um movimento de homens nao vai ser levado a serio...

Amiguinho, os homens (principalmente brancos e heteros) sao a parcela da sociedade mais ouvida, a qual se da mais importancia.

Eh so vcs nao fazerem nenhum tipo de discurso discriminatorio que vcs sao levados a serio...

aqui vai um exemplo de campanha pro-homens, que nao eh contra mulheres:

http://www.youtube.com/watch?v=WQiZzM5NYok

Lord Anderson disse...

Vinicius


Legal isso.

Tem seu TCC online por ai?

Vanessa disse...

Bru,

a minha familia adora fazer essas perguntas e me dizer o que eu devo ou não pagar ou exigir.

Acontece que a casa é minha, o dinheiro é meu, e a escolha é minha. A minha mãe pode achar o que ela quiser, é um direito dela. E é um direito meu dizer "olha, mãe, eu acho que o meu pai é um cara mto machista ctg assim como ele foi comigo, ele quer tudo nas mãos e não limpa nem o vaso que ele suja, e mesmo assim não te peço para fazer nada. Ja te alertei e ja falei para ele. O que vocês fazem agora é escolha de vocês"

Pressão existe. Sempre. Para tudo.

Eu sou gorda, não obesa, gorda, minha mãe adora me dizer que eu tenho que pensar em emagrecer, e eu adoro dizer que eu sou muito feliz assim, obrigada.

Eu tenho os cabelos compridos, e as amigas adoram dizer que ta na hora de modernizar e mudar o cabelo, eu adoro responder que eu mudo se eu quiser quando eu quiser.

A minha avó acha a minha casa suja, eu acho que ela naum tem que achar nada.

Quando eu sai de casa, a minha mãe ficou furiosa, não falou comigo por meses, me chamou de ingrata, que eu estava abandonando a família essas coisas. A pressão de toda a família foi para eu voltar para casa.
Bati pé e me virei, eu e meu namorado. Não foi fácil, nada fácil. Alguns dias faltou comida. Mas a gente trabalhou muito, deu um jeito e conseguiu adquirir as coisas que queriamos, conseguimos realizar a maior parte dos nossos sonhos.

Se a gente cede à pressão, a gente se perde. É óbvio que é necessário ouvir os outros, principalmente a própria mãe. Mas é bom saber que algumas adoram manipular, adoram fazer pressão psicológica, e são fracas, como todos nós.

Acredito muito na força que cada um tem. Se para ti vale a pena, não interessa a opinião de mais ninguém.

Até pq, se der errado, qm vai se dar mal é você. Erra os teus erros, e acerta os teus acertos.

Anônimo disse...

Verdade Paula e tambem tem aquele instituto q se chama papai como exemplo tambem.

O ruim que tem gente q pega essas campanhas e mete o machismo dentro.Horrivel.
Assim como devem fazer com dia do homem q provavelmente será mais uma comercial e meter-lhe mulher objeto.

Anônimo disse...

"quanto a discução direita x esquerda...eh simples saber a diferença..a direita quer liberdade de consumo..nós (da esquerda) nao queremos o consumo...de resto são só nuances..."

Uma coisa é combater o consumismo excessivo, outra é simplesmente dizer que não querem o consumo. A primeira é uma excelente ideia, a segunda é estupidez.

Rafael disse...

Turma da Mônica é sensacional! Nunca vi nada igual no mundo e, agora que moro fora, minha mãe manda regularmente umas revistinhas para meu filho ir vendo (ainda está aprendendo a ler).

Alguém aí fez o comentário que não havia modelos masculinos positivos fora os super-heróis. Discordo. Nunca gostei dessas revistas. O que eu lia e ADORAVA era TimTim e Asterix. Que saudade desse tempo!

ViniciusMendes disse...

@Lord Anderson

Upado pra baixar não, mas tenho uma cópia digital aqui... Se você quiser eu converto pra PDF e coloco aqui. =)

Mas só pra deixar claro... O estudo é sobre as características de mangá encontrados no trabalho do Maurício e sobre o pq fazer sentido ele abraçar essa estética na hr de visar o público adolescente... Essas ponderações sobre tratamento de minorias não aparecem no trampo.

bruna disse...

Nossa, eu amo demais a Turma da Mônica!!!
Foi com os gibis que tomei gosto pela leitura... quando minha sobrinha começar a ler vou fazer questão de comprar vários!
E o melhor é que a gente cresce e eles não perdem a graça, não é algo que a gente pensa: "como eu gostava disso?".

Uma historinha em especial que eu nunca esqueço e me emocionou muito, mesmo sendo criança, foi o do aniversário do Cascão.
Ele queria muito uma festa, mas não lembro se o seu pai estava desempregado, enfim, os pais não podiam dar a festa que ele queria e improvisaram tudo! Foi muito engraçado como algumas coisas foram dando errado e outras certo durante a festa e o final foi emocionante...

Enfim, amo!

Anônimo disse...

" crescente popularização e divulgação da misandria" [citation needed]

Anônimo disse...

Parabéns as mulheres por tudo que conquistaram, com muita luta e dignidade, vocês merecem cada vitória.
Quanto a nós, nunca estivemos tão perdidos, em u mundo aonde estamos cada vez menos necessários.Muito facil nos dizer para abandonarmos nosso padrão de masculinidade, mas o que poremos no lugar ? Para anode vamos depois ?
Mas aqui não e o lugar de discultir isto, este e um espaço feminino.

Eu adoro as histórinhas do cascão, ele é corinthiano :)
Soldado anonimo

Anônimo disse...

Teve uma história que não lembro bem qual era o enredo, mas as Mônica dizia para o Cebolinha que ela era feminista.

E não foram poucas as historinhas que defendia a igualdade de direitos entre os sexos.

As de hoje são uma porcaria resultado de o Maurício ter virado refém da marca que a Mônica virou. Ou seja, histórias travestidas de "politicamente correta" que não passam de coisas chatas.

Sem falar naqueles dois personagens, uma loira e um loiro nojentinhos que nunca deviam ter saído do projeto.

bruna disse...

Sobre o comentário das donas de casa, eu rezo para nunca precisar ser sabe...

Cresci vendo minha mãe ouvir desaforos (ela foi impedida pelo meu pai de trabalhar), mas me orgulho hoje de ela ser independente depois de trabalhar muito como doméstica, faxineira, babá... e não depender de homem nenhum!

Minha irmã mais velha saiu do trabalho, que na verdade já era temporário, depois que a minha sobrinha nasceu há um ano, por vontade própria, é claro, mas eu espero muito que ela não demore a voltar a trabalhar.
Isso porque não importa se foi uma decisão do casal, se a mulher é dona de casa por vontade própria... ela em algum momento vai escutar que não trabalha (já que o serviço doméstico não é valorizado mesmo) e que quem coloca a comida na mesa não é ela!
Tive que presenciar meu cunhado falando isso "de brincadeira", que o dinheiro era dele!!

Fico no pé dela pra que ela volte a trabalhar logo, para que se um dia ela se separar não precise passar pelas humilhações que a minha mãe passou.

Luiza disse...

Lord, tentei colocar o link aqui, mas a URL do site é estranha rs. Caso se interesse, vá para monica.com.br, novidades e do lado direito Histórias Antológicas. Mesmo quem não tem religião vai gostar da historinha :) Chama Um Dia de Abril.

Bruna, eu tenho esse gibi! O Cascão sempre foi o mais humilde da turma, fazendo brinquedos de sucata e usando muito a imaginação. Essa história do aniversário dele mostra que, no fim das contas, ele não é ingrato com os pais. Adoro.

Eu gosto bastante quando a Carminha Frufru aparece. Por mais que ela seja linda, as meninas acabam percebendo que o que realmente vale... a Carminha não tem.

Vinicius, sabe o que sempre me deixou feliz? O Humberto, o Jeremias já existiam numa época em que ignorar solenemente as minorias era comum e aceitável. Hoje, ainda ruim, pelo menos se fala, se expõe os preconceitos. Mas eles já estavam lá, interagindo com a turma principal. Esses mais novos, o Luca, a Dorinha, vieram complementar. E olha, o coitado do Luca sofre hahaha

*ai gente, me ignorem, sou fã demais*

Julia disse...

Morrendo de rir com o comentário da Madrasta. Enfim, eu já sabia que a Mônica tinha me ensinado muitas coisas também, mas não tinha me dado conta que o meu primeiro contato com o feminismo de seu através daqueles gibis.

E no meu tempo não tinha A Denise. O nome não me é estranho, mas as característica da personagem não lembro direito. Fiquei curiosa pra ler uma historinha dela.

Anônimo disse...

Rodolfo, com todo respeito, mas porquê voce não se joga de alguma ponte? Talvez assim, voce possa transeder que nem o super-homem e voar!

Carolina Serpejante disse...

Como já disseram, a mãe da Mônica trabalha sim, como arquiteta/decoradora, e isso aparece em mais de uma historinha. A mãe da Magali é uma ótima cozinheira e costuma ajudar a tia Nena em seus pratos - o que podemos encarar como uma profissão ou um "bico", sei lá. Já a Dona Cebola é, de fato, uma dona de casa, e existem diversas historinhas que se valem disso para mostrar o quão difícil é a jornada de uma mulher que trabalha em casa e o quão pouco seu esforço é valorizado, principalmente pelo marido (Há inclusive uma história que conta um dia na vida dos pais do cebolinha - ele no emprego e ela em casa - ao mesmo tempo, cada um de um lado do quadrinho).

Enfim, eu sou apaixonada pela turma da mônica. Lendo os quadrinhos na infância aprendi muito sobre respeitar as diferenças. O Maurício de Sousa construiu uma variedade enorme de personagens, cada um com sua particularidade.

E para o Anônimo das 11:15 que acha que a turma da mônica é composta apenas de personagens masculinos "abobalhados", sugiro conhecer o Franjinha, o Piteco, o Do Contra, o Jeremias, o Zé Luiz e tantos outros personagens brilhantes masculinos que não tem nada de abobalhados.

Outro adendo: o Titi também é um personagem muito emblemático quando pensamos em machismo. Ele vive esticando as asas para as meninas do bairro, mesmo namorando a Aninha, e sempre acaba se dando mal porque se sente "a última bolacha do pacote".

Anônimo disse...

@Dona do Sexo -Bonobo rules,Jaçanã forever disse...
"Ah,meu deus hahaha

A libertaçao das mulheres liberta os homens dessas exigencias.

Dificil compreender?"

Sim. É difícil. Pois essa luta é pensada apenas para as necessidades específicas das mulheres. Portanto, apenas mulheres serão beneficiadas nessa luta. Se o "lado opressor" for beneficiado, é só um mera consequência secundária que tem nenhuma importância. Se for prejudicado, o movimento está igualmente desinteressado.

"por que os hoemsn são mais violentos e sofrem mais riscos de morrer de forma violenta?
por que os homens morrem mais de doenças?"

Só lembrando que não há qualquer referência sobre o programa de atenção integral à saúde dos homens no site do ministério da saúde e que o repasse de verbas para o programa similar destinado a saúde das mulheres em 2012 foi 4,8 vezes maior, de acordo com o site da trasparência. Links abaixo:

http://tinyurl.com/d6v83fr

http://tinyurl.com/cpz74bq

Lembrando também que para ser vítima da violência não é necessário ser violentx. Basta ser azaradx o bastante para ser o alvo da vez. Além disso, lembro que a luta feminista contra a violência é pelo fim dela especificamente contra as mulheres. Os homens? São tidos sempre como os causadores da violência. Note que você mesma está reforçando esse estereótipo de homem agressor. E como você planeja alcançar a igualdade construíndo um estereótipo desses na "metade opressora" da população?

Aliás, devo lembrar que - por exemplo - várias campanhas contra o estupro são feitas com o pensamento de autoras como Andrea Dworkin e Susan Brownmiller. Elas pregam a violência sexual como uma coisa inerentemente masculina. Você concorda com isso? Concorda que todos os homens - sem exceção - são estupradores e/ou que o abuso sexual depende exclusivamente da anatomia masculina para acontecer? Concorda que os homens sejam os matadores e as mulheres os judeus nos campos de concentração nazistas?

P.S.: Se fosse nos EUA, o Instituto Papai não seria feminista. Isso você pode ter certeza. Até porque os movimentos de direitos dos pais são cassados como chagas por entidades como a NOW.

Luiza disse...

Shey, eu ia comentar sobre o politicamente correto nas histórias. É, eu também não gosto.

Primeiro, que eu acho diferente o "incorreto" nos gibis e o incorreto para adultos. Segundo, concordo com você, ficou mais chato. Os meninos escreviam no muro com giz, hoje não pode mais porque é feio pixar muro (olha a diferença).

Antes uma história Deus x Diabo seria considerada normal. Hoje, não pode porque traumatiza os anjinhos. Me admira que a Turma do Penadinho ainda exista, e olha que o Maurício enfrentava uns crentes reclamões antigamente.

Enfim, sou feliz porque vivi as fases bem criativas da turma (Mônica tropeçando num caixão é um clássico) e quando quero eu releio minhas centenas de gibis.

Luiza disse...

Li o comentário da Carolina e lembrei: uma coisa boa que essas mudanças no universo da turma trouxe foi o molde dos pais das crianças. As mães, no início, eram todas donas de casa. Acho que foi no início dos 2000 (me corrijam caso eu esteja errada) que as mães saíram para trabalhar, e o Xaveco viu a separação dos pais.

Anônimo disse...

Sim, uma feminista tem que ser de esquerda. Não faz sentido algum lutarmos por salários iguais aos do homens, quando na verdade, eu não quero que a mulher rica ganhe como o homem rico. Quero igualdade!

E quando se fala em esquerda, não, não estamos falando em PT. Essa esquerda que busca a igualdade vai muito além dos partidos políticos de hoje que concorrem a eleições!

Isabele

Anônimo disse...

''E devemos dar de ombros para insultos do tipo 'gorda, feia, mal amada'. Eles devem deixar de ser ofensivos desde que saímos da quarta série.''
Cara, Isso faz todo o sentido!

Anônimo disse...

Anônimo das 13:08, minha mãe há um tempo iniciou um namoro com um cara da Europa (que não deu certo), e o plano dela era ele vir pra cá e, enquanto não conseguisse emprego (eles dois sabiam que seria difícil ele conseguir, e mesmo se conseguisse seria ganhando bem menos que ela) seria sustentado por ela. E ele veio, ficou aqui uns meses. Quem não aguentou foi ele, super machista, não se sentia bem sendo sustentado por uma mulher, e acabou voltando pra Europa.

bruna disse...

Nossa, faz tantos anos que não acompanho as histórias, a não ser um ou outro que leio quando encontro na casa de alguém, que não faço ideia de quem são esses personagens que vocês estão falando =P

Uma coisa legal também é que várias vezes sou chamada de Mônica por que sou meio dentuça como ela! haha
(nunca quis sofrer com aparelho apenas por estética)

Anônimo disse...

@Paula
"Amiguinho, os homens (principalmente brancos e heteros) sao a parcela da sociedade mais ouvida, a qual se da mais importancia."


Esqueceu de mencionar uma coisa: Ricos.

Homens brancos, heterossexuais e pobres têm a mesma voz social que os negros na mesma situação. Ou seja: nenhuma. E os ricos estão ocupados demais em manter os privilégios que eles (e somente eles) tem. Não importa a cor da pele ou o gênero.

Para você ter uma ideia, enquanto 11 mulheres morrem por dia no Brasil, são assassinados 112 homens no mesmo período, de acordo com números do mapa da violência. Sendo a maioria jovem e negro, embora brancos e mais velhos não estejam imunes. Se for comparar o número de programas contra a violência contra a mulher e contra o homem, verá que tem muito mais movimentação pedindo o fim da violência contra as mulheres do que contra homens (nunca vi, a propósito alguma campanha que peça o segundo).

Será que homens são mais ouvidos mesmo? Ou será que a vida dos homens vale menos mesmo?

"Eh so vcs nao fazerem nenhum tipo de discurso discriminatorio que vcs sao levados a serio..."

Não é tão simples, amiguinha. Em geral, essas campanhas encontra como primeira oposição as feministas.

Aqui mesmo nos comentários, podem ser vistas opiniões vindas de feministas classificando reivindicações masculinas como "mimimi", aconselhando "dar mingau", entre outras coisas. Vocês, como minoria articulada, sabem como é difícil. Imagine a dificuldade para quem não é sequer articulado.

Não existe no Brasil um movimento de homens. E se alguém criar, tenho certeza que ele herdará a imagem que os mascus criaram, por mais que o discurso empregado seja o de respeito às mulheres.

Um exemplo? Para entidades como o CFEMEA, por exemplo, criminalizar a violência doméstica contra homens é um retrocesso, desnecessária (por "não haver comprovação", apesar de existirem algumas pesquisas apntando a existência desse tipo de violência) e indica que hajam mecanismos legais para tratar do assunto. Mecanismos esses que tornam a LMP necessária à proteção das mulheres, a propósito.

http://tinyurl.com/d9jhr5d
http://tinyurl.com/cqh87yw

Felizmente não é consenso entre as feministas que a violência doméstica contra os homens deva permanecer impune. Mas ainda assim eu não esperaria uma posição amigável do movimento feminista com relação a essa luta em específico. Não só nesse, como em vários outros assuntos.

Anônimo disse...

Nao tem nada a ver com o assunto, mas achei que pudesse te interessar. Fiquei chocada...

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/03/130304_russia_mulheres_agressao_bg.shtml?s

Julia

Vanessa disse...

Cresci lendo a Monica e me espelhava muito nela, eu tambem era uma menina gorda e lógico sofria o preconceito principalmente dos colegas de escola, mas quando eu lia suas histórias e como ela lidava com isso me ajudava a ter força pra encarar tudo aquilo, afinal, ela era gorda baixinha e dentuça mas comandava, e sempre havia historinhas de como os outros queriam ser como ela, de como ela conquistava admiradores, como ela era muito alem daquele rotulo imposto pelos meninos da rua. Não posso afirmar pelas outras crianças, mas pra mim que aprendeu a ler com os gibis do Mauricio a Monica me ajudou muito com minha autoconfiança, e quando tinha meus 10 anos eu me questionava porque ela ainda dava bola, era isso que fazia com que eles continuassem com a “zuação” eu apenas ignorava e eles paravam, de certa forma ela me ajudou a aprender a lidar com isso. Mas sou suspeita eu AMO a Turma da Monica.

Anônimo disse...

"Sim, uma feminista tem que ser de esquerda. Não faz sentido algum lutarmos por salários iguais aos do homens, quando na verdade, eu não quero que a mulher rica ganhe como o homem rico. Quero igualdade!"

E quem seria você para dizer quem pode e quem não pode ser feminista?

De qualquer forma, você está falando de igualdade. E a liberdade? Liberdade é um dos grandes objetivos do feminismo. E liberdade é a cara da direita. Honestamente, a maior parte dos governos de esquerda acaba se tornando autoritária em algum ponto. Cuba, China, URSS, Coréia do Norte, Vietnã... Esses são realmente modelos a serem seguidos, politicamente? Será que as mulheres chinesas e norte-coreanas conquistaram mais direitos do que nós por viverem em um país de extrema esquerda? Eu não acho.

Eli disse...

Parece até que a Lola escreveu esse post pra mim!
To pesquisando sobre aspectos culturais na tradução dos gibis pro Inglês e hoje acabei comprando mais um pra coletar dados e estava pensando sobre como a história e os personagens podem ser vistos de forma crítica. Se o fato da Mônica ser a principal e uma menina poderosa vale mais que o fato de ter bullying nas histórias. Quando entro no blog me deparo com esse post :)

Pra mim quando eu era criança as histórias sempre me passaram uma mensagem positiva. Eu era a única menina da rua, não gostava de brincar de bonecas e eu não me sentia inferior às outras meninas por isso. Não me sentia menos menina por estar no meio dos meninos e por ser mais forte que a maioria deles. Me pergunto se isso seria diferente se eu não tivesse os gibis sempre comigo.

Sara disse...

http://www.istoe.com.br/reportagens/279673_MULHERES+SOB+ATAQUE?pathImagens&path&actualArea=internalPage

Estamos sendo massacradas, 7 entre 10 mulheres no MUNDO serão agredidas.
É lamentavel q muita gente não consegue enxergar q só unidas vamos conseguir enfrentar isso, não é sendo classe média, pobre, rica, preta , branca , de esquerda , direita , puta , santa, lesbica, hetero,equanto não parmos de olhar pro próprio umbigo, esse massacre vai continuar...

Magrelinha disse...

Olha, tem umas coisas óbvias que parecem que os vcs homens não entendem.

Pq homens são as maiores vítimas da violência urbana? Pq existe toda uma cultura de afirmação da masculinidade por meio da força física. Homens são maioria em gangues, em negócios ligados ao tráfico de drogas, brigas de torcidas organizadas, e a lista vai longe. Só que nesse caso, um homem não mata o outro por ele ser homem. Eles encontram-se em um contexto de disputa de poder. Ao contrário do que ocorre na violência contra a mulher. Se vc, como homem pacífico, corre risco de morrer em um assalto, além do risco de morte, nós como mulheres podemos ser estupradas. A violência sexual está sempre à espreita. Quer outro exemplo? Em contexto de guerra quando um país rende o outro, a primeira coisa que fazem é estuprarem as mulheres daquele lugar. Quando os aliados tomaram Berlim, por exemplo, milhares de mulheres alemãs foram estupradas. Grosso modo, homens só correm esse risco quando estão presos por terem estuprado alguém. O resto dos casos de estupro masculino são exceção, que só confirmam a regra.

Somos massacradas por sermos mulheres, por nossos parceiros nos verem como uma posse, um animal. Não estão disputando o poder conosco, estão afirmando o poder que tem. No caso da violência de homem contra homem, o contexto é diferente e tb deve ser erradicado. E nesse caso, meu amigo, agradeça às feministas que atentaram ao problema da cultura da violência como forma de afirmação da masculinidade.

Sobre campanhas pela saúde do homem: Já soube de iniciativas para combater o câncer de próstata (que é o que mais mata indivíduos do sexo masculino) que não tiveram sucesso. E pq? Pq as feministas protestaram contra? NÃO! Pq vcs, HOMENS, mostraram resistência, pois o exame é coisa de viado e antes morrer do que deixar fazerem o exame de toque em seus preciosos cus.

Como o próprio nome diz, o movimento feminista é um movimento de mulheres para mulheres. Vamos lutar sim pela nossa causa. Mas somos contra que os homens se organizem em prol de suas necessidades? NÃO! Sinceramente, já passou da hora de vcs se organizarem para a conscientização aos cuidados com a saúde masculina, dos direitos que vcs tem perante a paternidade, da erradicação dessa cultura da violência. Só que nenhum de vcs teve ânimo para fazer isso ainda, e ficam aí dizendo que todos seriam contra pq os veriam como mascus. Mascu por acaso está preocupado com a saúde de vcs? Com os índices da violência urbana? Se vc acha que um movimento SÉRIO faz falta, seja o primeiro a começar! E fique tranquilo que, se vcs não pregarem violência contra nós e nem saírem dizendo que somos todas putas aproveitadoras, não iremos ser contrárias. Até arrisco dizer que seremos possíveis apoiadoras.

Anônimo disse...

Acho que a Mônica é uma personagem muito feminista e empoderada por ter sido criada para o público infantil, da década de 60, ainda por cima.Adoro as histórias e me sinto meio Mônica, inclusive, esse era o meu apelido da infância, pois eu era gordinha e dentuça (dentuça, ainda sou!rsrsrrs)



LUCA

Carolina Serpejante disse...

Exatamente, Luiza, foi por essa época mesmo que o Maurício de Sousa começou a incluir uma série de novos personagens e a dar destaques para outros pouco explorados, como o Xaveco por exemplo. Ele mora com a mãe e passa o fim de semana na casa do pai, que mora do Bairro do Limoeiro. Mas acho que a "quebra" de preconceito/paradigma não para por aí nas histórias da turma.

Nem precisamos fazer uma análise mais profunda para perceber que o Maurício tentou ao incluir toda uma sorte de "tipos" em suas histórias, no geral inspirados em colegas e parentes seus na vida real. Além da turma do Chico Bento, Papa Capim, Piteco e Penadinho (Os dois primeiros tratando de temas relacionados às realidades das turmas), também temos alguns personagens bem bacanas na Turma da Mônica, como o Bloguinho (que é viciado em internet), o Alfacinha (que é de Portugal), a Dorinha (que é cega e tem um cão guia chamado Radar), o Luca (que é cadeirante e foi inspirado do Hebert Vianna), o Humberto (que é mudo)... Enfim, são os que eu lembro de cabeça. Digo isso, eu acredito que podemos concluir que mesmo os quadrinhos da Turma da Mônica não sendo TÃO feministas assim, eles consegue trazer à tona diversos assuntos para quebrar tabus e preconceitos.

Eu só estou na espera da volta do personagem Caio, o primeiro homossexual a aparecer nas historinhas, com a Turma da Tina =)

ena disse...

Nossa, eu sempre vi a turma da mônica como um quadrinho muito machista! A mônica até podia ser um pouco fora dos padrões de beleza, com comportamentos fora do estereótipo feminino, mas isso se justifica por ela ser criança. Todas as personagens femininas adultas (inclusive as da turma da tina, piteco, etc.) são dedicadas à beleza, casamento e filhos, sem ter nenhuma participação mais efetiva. Nas histórias da tina, as personagens são sexualizadas, normalmente mostrando a barriga e em posições sensuais. As mães de todas as crianças são donas de casa com a mesma personalidade.
Mauricio de souza incluiu em suas histórias deficientes visuais, auditivos, paraplégicos, pessoas com religiões distintas, mas em nenhum momento menciona a homossexualidade. Pelo contrário, xingamentos como "menina" e "marica" são os mais usados.
Não é questão de empoderar as meninas. O que me incomoda é que nas histórias do maurício raramente meninos e meninas cooperam, se entendem, brincam juntos.. Essa inimizade, competição e guerra de sexos é colocado como algo certo e natural para crianças. O fato de homens e mulheres se entenderem, apaixonarem, casarem e constiruírem uma família tradicional quando crescem também. É muito limitado.
Sobre a turma da mônica jovem, então, nem se fala... A mônica, antes gordinha, vira uma modelo glamurosa como todas as outras personagens, se ajeita, fica feminina... deve ter sido uma decepção pros que se identificavam com a mônica infantil..


Eu acho que tem muita bajulação pro lado do maurício. As histórias não são boas, nem inovadoras... é a velha ladainha do patinho feito, da lagarta que se torna borboleta...

Daniel Abramowicz disse...

Talvez a monica dos gibis antigos tivesse algo de feminista, mas a versão "turma da mônica jovem" é mega machista. Como exemplo vou colocar o resumo da história do gibi turma da monica jovem número 5:

- Onze Coisas que as Garotas Amam!!

A Edição começa com Mônica chorando. Ela esta correndo da escola, e no fundo se encontram Magali e Cebola, ela explica depois que esta correndo e chorando, pois pagara um grande mico, ao demonstrar ciúmes e gritar para toda a escola que o Cebolinha é o “Fofo dela”. Ela parte para casa, e começa a conversar com Magali e sua mãe, que explica que com o crescimento, os hormônios estão afetando bastante o sentimental, e fala que para melhorar ela irá mostrar as “Onze Coisas que as Garotas Amam”. São elas: Se Maquiar, Ganhar ou Comprar Presentes, Se Divertir com as Amigas, Fazer Compras (com o cartão de crédito do papai), Ir Ao Cabeleireiro, Jóias, Perfumes, Ler de Tudo, Sobremesa, Flores e Garotos. As coisas são apresentadas no shopping, onde as garotas compram de tudo que elas gostam. As flores é o Cebolinha quem entrega para a Mônica e por fim, a Dona Luisa diz que os Garotos são a 11ª coisa que as garotas amam!

Marina P disse...

Lola, estou com o pessoal que fez a crítica à associação entre feminismo e esquerdismo. Acho essa forma de ver as coisas extremamente simplista. Me identifiquei com a Renata:

"Sobre posicionamento político não sei se tem nome para isso que eu sou, mas sou totalmente progressista em termos dos avanços sociais...casamento gay, drogas, aborto, etc

Mas em termos econômicos sou mais liberal uma vez que acredito que a gestão estatal tende a ser totalmente lenta, burocrática, ineficiente e com grande espaço para corrupção. Então o meu ideal é um mundo com Estado bem pequeno, mas em que todo mundo tenha liberdade. É possível isso? Tem nome? Eu curto a idéia do comunismo mas não acho que passar pelo Socialismo de Estado seja um preço razoável e ser pago, nem necessário."

Renata, prazer em conhecer alguém que pensa como eu!

Anônimo disse...

Vi quando tava passando na vitrine de uma livraria há algusn anos atras,por isso pode ser q esteja enganada, mas vi pelo q parece uma revista destinada a garotos com personagens da turma da monica jovem,tambem tinha destinada pra garotas,e aquele mesmos esteriotipos de sempre na capa de cada um, no livro pra garotos tinha falando q se menino nao tava ainda objetificando mulheres,se interessando por revista de mulher nua, nao tinha chegado seu tempo q nao se desesperasse que ia chegar,alguma coisa assim.
WTF?!!

Songa by Monga disse...

Acompanho seu blog há algum tempo, sempre no meu cantinho e sempre apreciando.
Não que seja importante pra vc (rs), mas concordo com a maioria das coisas que vc escreve. Gosto muito da sua linha de raciocínio e da forma como vc expõe seus pensamentos.
Exatamente por isso, vou aguardar ansiosa pelo post onde abordará a "tal dona de casa". Sempre admirei sua coerência, por isso, conto com ela sobre esse assunto tb.
Dani Andrade, vc não precisa se explicar por ser dona de casa.
O tem em que "pegava mal" dizer que sabia cozinhar, que se era dona de casa e gostava-se disso, já passou.
Antes de ser qq outra coisa, sempre fui dona de casa e numa época em que, pra se ver o mundo, não se tinha muito mais do que a janela da minha casa e isso não me impediu de ver o mundo. Criei minhas filhas em tempo integral, cresci com elas, aprendi com elas e hoje, considero-me uma felizarda por ter feito essa escolha. Hoje, já no outono da vida (outono primaveril, diga-se de passagem), continuo dona de casa e dona das minhas vontades, como sempre fui. Como diz a canção: Rainha do meu tanque e nem por isso, menos Pagu, indignada no palanque.
Bjos Lola e ficarei aguardando seu post sobre essas "tais donas de casa" ou, como disse o velho filme, essas mãos que balançaram os berços e que ajudaram e ajudam a governar o mundo, para o bem ou para o mal ("perigosas" mulheres...).

ViniciusMendes disse...

@ena

As donas de casa em Turma da Mônica são personagens periféricos, do mesmo jeito que os maridos tbm são. Nenhum adulto tem personalidade bem definida pq eles não são o foco.

A Tina realmente é mais sensual, mas ela nunca casou, nem teve um namorado fixo e tem vários amigos homens sem jamais ser julgada por isso. Ela tbm é universitária e me lembro de ter lido algumas histórias sobre ela dando pé na bunda de namorado abusivo. A Pipa é a típica mulher insegura e ciumenta, mas o namorado dela, o Zecão, é igualmente inseguro e ciumento.

E falando enquanto um rapaz gay, eu não vejo o menor espaço pra um personagem lgbt no meio de um bando de criança retratada de forma assexuada. Teve uma história sobre a Tina ter um amigo gay, mas acredito que foi um teste pra ver a reação do público. Por enquanto quem mais chega perto disso é a Denise, que apesar de hetero, entrega estar imersa na subcultura gay pelo seu vocabulário...

http://www.mundohq.com.br/site/detalhes.php?tipo=5&id=245

@ Dona do Sexo -Bonobo rules,Jaçanã forever

Eu tenho esse livro! A edição pra garotos pelo menos, ia comprar tbm a de garotas e acabei esquendo. Mas faz tempo que li e não lembro onde ele tá... Eu não lembro bem, mas vendo o sumário que eu achei na net, ele parece bem heteronormativo e talz... Mas duvido muito que ele ensine a "objetificar mulheres" ou alguma coisa próxima disso. O fato é que chega a idade, durante a puberdade, que os garotos heterossexuais começam a reparar nas meninas, e a sentir desejo sexual por elas. E isso não é objetificar, é completamente natural. Agora obviamente, se você se sentir atraído por alguém que vê na rua ou algo assim, você não vai estar interessada na personalidade profunda dessa pessoa, né? É um interesse físico, interesse que as garotas também tem por sinal. E é até por isso que é uma época em que as pessoas são muito dadas a se "apaixonar perdidamente" por quem nunca trocaram 2 palavras. Tbm é uma fase onde, por conta da nossa sociedade machista, os garotos se sentem bem acuados quando veem os amigos deles desenvolvendo esses interesses (e se relacionando) enquanto eles não sentem o mesmo.

Então, me desculpe, mas acho louvável tanto o Maurício se dispor a ensinar um pouco de educação sexual nessa sociedade hipócrita onde quase todo mundo foge de fazer isso quanto dedicar um trecho a tranquilizar quem pode estar se sentido inferiorizado por não se adequar as expectativas machistas que são impostas a seu gênero. Quanto a versão feminina, não posso emitir opinião pq infelizmente ainda não li.

E longe de mim falar que Turma da Mônica é super progressista, e do mesmo jeito, longe de mim falar que é super retrógrado. O que eu vejo é um esforço grande pra, dentro de uma ótica de inclusão, representar o "agora", para o bem ou para o mal.

Elisa disse...

Seguindo o Daniel Abramowicz e outros:

Não conheço muito bem a Turma da Mônica Jovem. Porém, pelo pouco que vi, parece realmente reforçar muitos estereótipos com isso de a Mônica ter ficado meiguinha e da Magali começar a cuidar do peso. Porém, nas histórias antigas isso já aparecia, com a Magali se preocupando em crescer e ficar parecida com a tia gorda e com as já citadas dietas de "alface e água" da Mônica. Acho que varia muito de história para história. já que o estúdio conta com vários roteiristas para fazer o trabalho. No fim, tudo é aprovado pelo Maurício, claro, mas o grau de machismo das historinhas não é constante. Aliás, teve uma época, há pouco tempo, em que eram comuns histórias em que a Mônica era oficialmente zoada. Não apenas pelos meninos, mas pela própria história, pelos roteiristas, com piadinhas recorrentes sobre o peso e os dentões dela. Esta atitude me deixava muito triste porque a Mônica me deu um puta apoio psicológico quando eu estava na escolinha e sofria bullying. Não que eu saísse espancando as pessoas,(quem nunca brigou? mas não era uma constante) mas era legal ver a menina zoada ganhar de vez em quando. Acho cruel tornar a Mônica a piada do gibi.
Enfim, não considero a personagem feminista, até porque não acredito que o Maurício teve essa intenção na hora de criá-la, mas, no geral, acho um exemplo bacana, sim, para que meninas aprendam a não levar desaforo para casa.

Quanto à questão da homossexualidade nos quadrinhos, o uso de palavras pejorativas (já vi "bichinha" em um Almanacão do começo dos anos 90!) chegou a ser tema de uma reclamação de algum grupo ligado ao movimento LGBT há alguns anos. O estúdio se retratou, mas não sei a quantas anda, agora.
No gibi da Tina, foi apresentado um amigo gay dela em uma historinha. Causou até um certo burburinho quando saiu. Foi beeeeeeeeem discreto, podia ter sido muito melhor, mas já é um passo.

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Quanto a alguém que falou sobre mulheres sustentarem os maridos, uma amiga minha recentemente casou com um mexicano e está segurando as pontas até ele conseguir completar todo o processo de adaptação no Brasil (aprender português, validar o diploma, achar emprego...).
Aqui em casa, minha mãe também foi a única provedora por um bom tempo enquanto meu pai fazia faculdade e mestrado.
Entendo que existe, sim, essa pressão social para que homens sejam os que "trazem o pão para casa", mas, com a gradativa mudança da sociedade, acho que não é nada impossível que mais mulheres possam sustentar seus parceiros temporária ou indefinidamente.

SeekingWisdom disse...

Olá gente,

gostei do texto mas ando sem tempo de comentar, mas sobre quem está defendendo Estado mínimo libertário e blablabla.

Gente, ponham a cabeça pra funcionar. Esse pensamento não tem nada de libertário, já vivemos isso. Tem um zé povim q defende isso e se apoia na visão simplista de que o Estado é corrupto e não funciona e que o mercado deveria controlar tudo. Chama anarcocapitalismo.

Olha, estou de fato sem tempo, mas deixo para quem está defendendo isso esse video crítico, ele é longo porque ele explica tudo, mas eu conseguiria resumir em poucas linhas o porque não faz o menor sentido acreditar nisso.

http://www.youtube.com/watch?v=CtFP4w0kaog

Abraços,
Phillipe

SeekingWisdom disse...

Ah! Esse aqui é bem mais curto e mais claro

http://www.youtube.com/watch?v=_kWA4FtyWV0

Phillipe

Anônimo disse...

Entao se é isso Vinicius...acho q pq tem uma figura de um menino e tinha uma figura de uma revista com mulher nua,semi-nua,nao sei,e tinha essas palavras de o momento ia chegar pra aqueles q nao se interessavam... e como faz tempo q vi...

Consegui ver os da meninas agora,uma amiga minha tem e dando uma olhada rapida vi q toca em gravidez,namoro e fala sobre os conservadores e os liberais sobre a menina ter q dar o primeiro passo no namoro,ou ficar.Tem esse negocio da vaidade feminina.Mas parece nao falar em nenhum momento sobre sentimento sexual da menina, masturbaçao.

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" mulheres possam sustentar seus parceiros temporária ou indefinidamente."

Acho que o indefinidamente vai demorar e muito pra acontecer.Sinceramente.O mais comum é o cara está desempregado ou estudando.

Marina P disse...

Seeking Wisdom, eu também estou sem tempo agora, mas não me considero "zé povim" e não estou defendendo um "Estado mínimo libertário e blá blá blá". Realmente concordo com a Renata e a minha posição não é a mesma dos anarcocapitalistas. Eu inclusive já conheço esse vídeo.

Anônimo disse...

@magrelinha
Olhe, acho que você estava bem até responsabilizar os homens pelos problemas que sofrem.

E na boa? Vocês não são as únicas a serem massacradas. Reconheço que a vida de vocês é bem dura, difícil e perigosa. Mas, por favor, não aja como se todos os homens tivessem uma vida de rei, pois isso está muito longe da realidade da maioria. Muito pelo contrário, aliás. Não se esqueça que a vida e o bem-estar dos homens não são prioridades do Estado.

O problema da violência está além do óbvio. É verdade, tem um forte viés patriarcal aí, mas o problema não é culpa da vítima, quando é homem. O sistema patriarcal tem a sua parcela de culpa, mas é muita ingenuidade dizer que seja só isso. Se acabar com o patriarcado sem atacar outras variáveis, veremos mais e mais gangues de mulheres por aí. Afinal, não estão dando educação adequada, não estão dando oportunidades o suficiente, não estão conseguindo combater as drogas de um jeito eficaz, não estão trabalhando o suficiente para exterminar preconceitos, entre outras coisas.

Veja se na Europa tem tantos incidentes com torcidas organizadas quanto aqui. Aliás, quando foi a última briga entre as torcidas do Barcelona e do Real Madrid? Pois é. Quando ocorre são casos de torcedores isolados, não a guerra campal que vemos no Brasil. E você falou das milhares de mulheres que foram estupradas. E os milhões de homens civis e militares que foram mortos, espancados, torturados, muitas vezes para tentar proteger a mulher que amam ou o lugar onde vivem de invasores? É culpa dele em específico só porque são homens? Dois pesos, duas medidas? É isso mesmo?

E sobre as campanhas de saúde, aquelas que recomendavam o exame papanicolau não sofreram resistência inicial por parte das mulheres? É a mesma coisa. A diferença é que fizeram diversas campanhas em diversos meios até quebrar essa resistência.

Além disso, não estou limitando o problema ao exame de câncer de próstata. Há pesquisa que mostra que os homens procuram o serviço médico apenas quando aparecem sintomas graves, enquanto as mulheres procuram o médico por prevenção. E há três barreiras que impedem (cultural, institucional e médica), sendo que apenas uma delas está sob o controle do paciente. Campanhas, ações, programas, incentivos ou qualquer coisa assim para que essa situação mude? Ninguém sabe, ninguém viu.

bit.ly/Zd9moA

Quantos homens precisam morrer ainda para que vocês entendam que esses problemas estão além do óbvio?

Luiza disse...

Anônimo
5 de março de 2013 10:38

Pare de tentar fazer o assunto ser sobre OS HOMI num espaço feminista.
Nós já temos que aguentar merda todo santo dia fora e dentro da internet e ainda vem um projeto de mascu querer colocar os holofotes nos HOMIS.
NINGUÉM lutou pelas mulheres durante séculos e mesmo que elas tentassem lutar eram silenciadas por homens iguais a você.
Então aprenda:
THIS AIN'T ABOUT YOU.

Luiza disse...

O assunto é a Mônica, a MÔNICA, uma fucking personagem infantil, e o sujeito vem aqui mimimizar. É muita vergonha, cara.

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"Nossa, eu sempre vi a turma da mônica como um quadrinho muito machista! A mônica até podia ser um pouco fora dos padrões de beleza, com comportamentos fora do estereótipo feminino, mas isso se justifica por ela ser criança. Todas as personagens femininas adultas (inclusive as da turma da tina, piteco, etc.) são dedicadas à beleza, casamento e filhos, sem ter nenhuma participação mais efetiva.
Nas histórias da tina, as personagens são sexualizadas, normalmente mostrando a barriga e em posições sensuais. As mães de todas as crianças são donas de casa com a mesma personalidade.
Mauricio de souza incluiu em suas histórias deficientes visuais, auditivos, paraplégicos, pessoas com religiões distintas, mas em nenhum momento menciona a homossexualidade. Pelo contrário, xingamentos como "menina" e "marica" são os mais usados.
Não é questão de empoderar as meninas. O que me incomoda é que nas histórias do maurício raramente meninos e meninas cooperam, se entendem, brincam juntos.. Essa inimizade, competição e guerra de sexos é colocado como algo certo e natural para crianças. O fato de homens e mulheres se entenderem, apaixonarem, casarem e constiruírem uma família tradicional quando crescem também. É muito limitado.
Sobre a turma da mônica jovem, então, nem se fala... A mônica, antes gordinha, vira uma modelo glamurosa como todas as outras personagens, se ajeita, fica feminina... deve ter sido uma decepção pros que se identificavam com a mônica infantil..


Eu acho que tem muita bajulação pro lado do maurício. As histórias não são boas, nem inovadoras... é a velha ladainha do patinho feito, da lagarta que se torna borboleta..."

Como o Vinicius já disse, as mães são personagens de fundo e, além disso, criadas nos anos 60/70. Já tem alguns anos que isso mudou. As mães trabalham e os pais do Xaveco são divorciados.
A turma da Tina, sério? Desde os anos 60 a Tina já era porra louca, estudante, com amigos homens. São jovens na faixa dos 20, ninguém ali se dedica a filhos. A Tina do início se vestia feito hippie, hoje é um reflexo das jovens. Mas não concordo que ela seja sexualizada, o Maurício é cuidadoso com essas coisas.

E sim, um personagem homossexual já foi incluído na turma da Tina, como teste. Espero que ele volte. Sobre os xingamentos, sim, já teve de tudo. Hoje muita coisa o Maurício mudou. Não tem mais xingamentos.

A turma sempre brincou junta, a despeito das provocações dos moleques. Estamos falando de uma revista com mais de 50 anos. Já vi as meninas brincando de carrinho com os meninos, os meninos brincando de casinha com as meninas, todos brincando de qualquer coisa com bola, todos cuidando da irmãzinha do Cebolinha... todos, TODOS são amigos. O quarteto original sempre vai ser de melhores amigos.

E olha, o que eu mais vi de reações com a TMJ foi a sensação de infância perdida, mais do que qualquer coisa. E porra, eu sempre fui fã da Morte. Quer dizer que ela tem que se igualar ao meu gosto?
A Mônica é atemporal, fez e faz parte da infância de milhões de crianças. Demonizar a TMJ não faz sentido, porque ela não é para crianças. Estas tem que ler os gibis.

O Maurício merece ser bajulado mesmo, oras. Criou um universo que não se desprendeu dos adultos, exportou os personagens e sempre lança gibis especiais sobre cidadania. Trabalha com psicólogos. Sabe a responsabilidade que tem.

Se eu tiver que pegar no pé de quem reforça estereótipos, não vai ser no dele, que fez uma menina (oooooh, meninas que não se importam com o que comem) engolir qualquer coisa que vê pela frente e um menino babá da irmãzinha mais nova.

Anônimo disse...

Luiza disse...
O assunto é a Mônica, a MÔNICA, uma fucking personagem infantil, e o sujeito vem aqui mimimizar. É muita vergonha, cara.
-
Não e isso, e que as lideres feministas tentam induzir as pessoas a acreditarem que o feminismo e um movimento igualitário aos dois gêneros, mas na verdade só diz respeito as mulheres, ate por isso o nome "FEMInismo"
Só estamos desmascarando isto.

Luiza disse...

A Luiza das 12:54, se dirigindo ao anônimo, não sou eu, fã da Turma.

Luiza disse...

Mimimimi, ah vá, toma vergonha nessa cara barbada. Honre a vida que tua mãe e teu pai te deram, meliante.

Anônimo disse...

"gostei do texto mas ando sem tempo de comentar, mas sobre quem está defendendo Estado mínimo libertário e blablabla.Gente, ponham a cabeça pra funcionar. Esse pensamento não tem nada de libertário, já vivemos isso."

O governo brasileiro interfere bastante, mas é MUITO mesmo na economia. Você vive em uma ilha ou algo assim?

Carol disse...

Não sei, acho que ela não é feminista sempre, mas posso compartilhar uma imagem?

http://img841.imageshack.us/img841/1714/mnica.png


Risos. Adoro a Mônica!

Anônimo disse...

@Luiza
Que bom que você confirmou o que eu falei anteriormente sobre as dificuldades e ainda veio mais gente servir como exemplo.

Não se preocupe. Eu, pelo menos, já falei anteriormente que não existe espaço para os homens no feminismo e que ele não luta pelos homens (se lutasse por ambos, a luta se chamaria direitos humanos e não feminismo). Então eu sei bem que a sua última frase (o feminismo não é sobre você) é verdadeira. Não precisa tentar ensinar.

Mas, se você realmente levar a sério isso, recomendo que você comece a pregar que os homens sejam banidos de todo o movimento feminista. Afinal, se não é sobre nós, então o patriarcado não é ameaça aos homens, certo? Então não há porque dar atenção a eles, certo?

Se quiser continuar a discussão em outro lugar, dê um toque, que deixo um contato aqui. Estou curioso pra saber o que você acha de homens feministas.

Ana Beatriz disse...

Maurício de Sousa acompanhando mudanças? Em parte e como jogada de marketing. O cadeirante Luca e a cega Dorinha na minha opinião foram apenas criados por quê o deshinista viu que eles podiam dar retorno financeiro, ou seja, ajudar a vender revista.

Veja que o desenhista aborda as questões sociais que lhe convém como o divórcio (os pais do jeremias são divorciados) e foge de questões espinhosas e muito mais relevantes como a inclusão dos negros. Ou o Jeremias é realmente o único negro no bairro do limoeiro inteiro?

Tá certo que a marca "Turma da Mônica" é do Maurício de Sousae ele faz dela o que bem entender, mas se esquivar de certas questões é lamentável.

Ps: Naruto, um quadrinho japonês tem mais negros que a turma da mônica.

Mariana disse...

Também cresci lendo Mônica (apesar de minha favorita ser a Magali). Vou chover no molhado, mas a Mônica foi criada nos anos 60, quando a sociedade era muito diferente do que é hoje e o feminismo ainda se tornava mainstream (em termos). Acho que, pra época em que foi criada, a Mônica é sim um personagem feminista. Ela traz várias matizes, como o questionamento dos papéis de gênero e dos padrões estéticos, só pra ficar no básico. Nasci nos anos 80 e, de lá pra cá, notei várias mudanças nos gibis, como a inclusão de personagens pertencentes a minorias. A Mônica em si não necessariamente tem esse lado pró-minorias, mas o Maurício avançou bem na questão da representação desses grupos.

Agora, Lola, concordo com quem diz que existem muitas correntes e posicionamentos entre direita e esquerda. Não acho que o feminismo seja apenas para pessoas de esquerda, já que alguém pode ser extremamente progressista no que concerne aos direitos civis, mas apoiar menos intervenção do Estado, liberalismo econômico, etc. Em alguns países da Europa tem partidos assim, socialmente liberais e economicamente conservadores (ou seria liberal aqui? tenho dúvida). É direita, mas não socialmente reacionária.

Eu, pessoalmente, me considero como esquerda, já que defendo direitos iguais para todos, porém não acredito em "mão invisível do mercado" (pra mim, foi isso que desencadeou a crise). Acho que deve existir alguma (não total, senão vira ditadura) intervenção do Estado, principalmente em prover bem-estar social e em regular a bagunça do mercado financeiro. Mas "intervenção estatal" tem um estigma no Brasil...

Anônimo disse...

"E sobre as campanhas de saúde, aquelas que recomendavam o exame papanicolau não sofreram resistência inicial por parte das mulheres? É a mesma coisa. A diferença é que fizeram diversas campanhas em diversos meios até quebrar essa resistência."

As mulheres esqueciam de cuidar de sim de tanto cuidar da familia,por isso estavam sendo lembradas.

Um homem mesmo sendo cuidado por sua esposa rejeita ir ao medico por puro preconceito e nao vai ser uma campnha q vai motivar com uma sociedade logo atras pra te condenar.O negocio ta na sociedade e é com isso q o feminismo quer fazer parar a denegriçao da imagem da mulher pq mulherzinha,vc chora feito uma mulher é ofensa pra homens.

Luiza disse...

Não discuto com anônimo covarde que fica fazendo mansplaining pra se fazer de coitado.
E o nome é FEMINISMO mesmo porque é um movimento que visa ajudar e empoderar as mulheres com TODA RAZÃO.
Enquanto houver mulheres sendo degradadas e rebaixadas ao redor do mundo eu vou lutar por mim e por elas GOSTE você ou não.
Pode deixar contato sim vamos ver o que você tem pra falar que é tão importante que eu devo deixar de lutar pelas minhas irmãs e dar atenção ao seu caralho de ouro.
E antes que venha com "mimimi você é muito agressiva" eu cansei de ver a humilhação que as mulheres tem que passar todos os dias,eu não nasci uma feminista brava mas eu abri a janelinha da minha bolha e vi que ser mulher nesse mundo tem um peso muito grande a ser carregado.
P.s: Luiza é apenas um pseudônimo

Anônimo disse...

sempre achei de boa as personagens da monica. é normal durante a infancia os meninos se separarem das meninas, nas brincadeiras, provocarem elas, faz parte de uma construçao psicologica e nas historinha a maioria no final tem sempre uma liçaozinha a ser aprendida como muitas vezes eles se reunindo e sendo amigos. só nao pode ter exageros. depois de um certa idade vao mudando e voltam a se conversar.

ViniciusMendes disse...

@Ana Beatriz

E qual teste você recomenda pra humanidade pra definir os motivos pra alguém retratar uma minoria? Nenhum me vem a mente.

E outra... Pra quem se vê representado faz diferença a motivação ser econômica ou "bondade"?

Quanto a só ter um personagem negro (por sinal, um dos mais antigos da série), os 4 protagonistas não tem característica que os defina etnicamente... Ao ponto que em uma transação com o governo chinês, ao perguntar se precisaria alterar os personagens pra eles serem chineses e mais adequados ao uso local, foi respondido ao Maurício que chineses eles já eram, só tinha que mudar o jeito de desenhar a casa. :P

Sem falar na Turma do Pelezinho onde quase todos os personagens são negros e que vai voltar a ser publicada.

Pedroca West disse...

No caso a Mônica não vai morrer sem emprego, na edição nº55 da TMJ ela é apresentada na capa como operária e passa a história toda pensando no que quer ser pra, no final, descobrir que deseja ajudar aos outros sem deixar de lado seu jeito de ser, então se imagina uma advogada, policial ou até socorrista/bombeira, profissões normalmente masculinas.
E quanto à turma do Pelézinho ela já está nas bancas (comprei hoje) e sim, no núcleo dele só tem 2 personagens brancos, os outros são negros, mas fora isso o resto da sociedade (com exceção do pai do Pelézinho e uma versão negra do Cascão chamada "Zé") é branca.
Maurício tem que dar mais espaço pros negros nas histórias, pq não é raro o Jeremias aparecer apenas de figurante, entrando mudo e saindo calado.

Pedroca West disse...

Aliás o feminismo é sim um movimento de esquerda, ao menos socialmente falando.

Agora estatal e economicamente falando eu não sei afirmar '-'

Sei lá, alguém já ouviu falar que as feministas influenciaram no preço do ouro ou no licenciamento de terras para o plantio por acaso?

Arrisco dizer que o feminismo não tem posicionamento político quanto a esses assuntos, se muito vai falar "não mexe comigo que eu não mexo com você"...

Anônimo disse...

"Mimimimi, ah vá, toma vergonha nessa cara barbada. Honre a vida que tua mãe e teu pai te deram, meliante."

É impossível refutar os brilhantes argumentos contidos nessa frase.

Claudia disse...

Só corrigindo, algumas das mães dos personagens da turma da monica tem profissão sim, a mãe da Monica por exemplo é arquiteta, e é responsável por todas atividades do lar, alem de tambem trabalhar. A mãe do cebolinha não trabalha, mas o pai é visto constantemente dividindo igualmente as tarefas da casa. A mãe da Magali tambem trabalha, acho que é secretaria, a mãe do cascão é dona de casa. Mas não acho que seja triste a Monica crescer e virar dona de casa, isso significa liberdade para escolher o que ela quer se tornar. As feministas não lutaram por várias gerações para agora tornar obrigatorio que todas as mulheres trabelhem fora... Não é sobre isso a luta. O sonho dela é se casar e ser mãe... Entao nao vejo mal algum em ela se tornar isso. Não é indigno cuidar do lar.

Anônimo disse...

Phillipe,

Não compactuo com a idéia dos anarcocapitalistas. Não acredito na tal mão invisível do mercado. Eu acho que tem que haver um controle, só não acho que ele deve estar nas mãos de um estado enorme e portanto provavelmente ineficiente e corrupto. Acredito mais em um controle feito pela própria comunidade, através de associações de pessoas. Eu sei que é uma visão utópica, e se tem alguma chance dela virar realidade seria através da educação. Não dessa educação que temos hoje (que apenas serve para atender os interesses do mercado) mas de uma educação consciente e libertária onde as pessoas percebessem que viver em harmonia, sem ganância, cada um contribuindo como pode é melhor para todos.

Vou dar o exemplo do lugar onde moro aqui na California. É um bairro "rico" em que 95% das crianças estudam na escola pública. Isso porque o governo é maravilhoso? Não, o governo fez o mínimo satisfatório. Mas a comunidade abraçou a escola. 80% dos pais doam cerca de 3.000 dolares por ano para uma fundação administrada pelos próprios pais que supre a escola de materiais e recursos humano. Fora isso, os pais fazem manutenção da escola (pintura, jardim), dão aulas (eu dou aula de artes na sala de aula) enfim. Não foi uma solução via governo, nem via mercado (seria mais prático pagar uma escola particular como as classes médias e altas fazem no Brasil, o que é mais caro e só beneficia a essa classe, ao contrário do exemplo que eu tou te falando que todo mundo ganha com uma escola melhor). Tem vários outros exemplos aqui: horta comunitária, central de equipamentos (de construção e limpeza) organizado e gerido por voluntários onde você pode pegar as coisas emprestadas como numa biblioteca, a própria biblioteca super completa com ajuda pesada de doações e voluntários.

Enfim, acredito nisso no "abraçar" do espaço público pela comunidade. Que por ser a maior interessada no sucesso dos empreendinento é muito menos suscetível ao desvio de verbas.

Como replicar esse modelo para o Brasil e o mundo? Não tenho a menor idéia, mas para mim é esse norte que deveríamos buscar. Beijos Renata

Anônimo disse...

@Luiza.
Ótimo. O contato é domingosdmail-contato arroba yahoo ponto com ponto br.

Se você mudar de ideia quanto a não discutir com um "anônimo covarde que fica fazendo mansplaining pra se fazer de coitado", fique à vontade. Embora, eu não fale qualquer coisa que não tenha sido exposta aqui, muito menos tenho a ambição de te dissuadir de sua luta.

O máximo que posso fazer é apontar alguns dados, como fiz aqui. O que você vai fazer com esses dados depois disso, se vai mesmo desistir da luta, se vai pensar melhor ou se vai qualificar tudo como "mansplaining" e continuar o seu caminho como se nada tivesse acontecido é uma decisão que cabe apenas a você. Eu fiz o que me propus a fazer.

Pedroca West disse...

Moço, pq vc não cria uma página chamada "feminismo para macho" ou "igualdade de gênero: uma visão masculina"?
Se logo antes de criar uma idéia vc já acha que as feministas vão ser uma ameaça, que tal se aliar a elas então?

Anônimo disse...

@Hades
Porque, de acordo com a Luiza, o feminismo não é sobre os homens, não é um espaço para homens. Não faz sentido criar um "feminismo para homens".

Além disso, graças a essa história de "mansplaining", duvido muito que as lideranças feministas deem ouvidos a qualquer ser de sexo masculino. E para haver algum avanço, os homens teriam de ser ouvidos.

E eu não alio às feministas porque - apesar de concordar com a bandeira - discordo respeitosamente dos métodos usados.

Por exemplo, sobre a violência doméstica, sou completamente a favor da lei Maria da Penha e mais a favor ainda do combate à violência doméstica contra as mulheres. Entretanto, começo a divergir da opinião de algumas feministas quando defendo que homens também deveriam ser protegidos desse tipo de violência. Essas feministas discordantes alegam que proteger o homem desse tipo de violência enfraqueceria a luta delas.

Entendeu?

Julia disse...

hahahhahaha

Ô anon, pelo visto você anda mansplainingando muito por aí.

Que coisa mais desagradável.

Pryscila disse...

Grande Lola, entendendo sobre quadrinhos também! Parabéns! bjs

Anônimo disse...

@Julia
Pois é. É bem desagradável mesmo.

Tanto quanto deve ser para você ser interrompida porque algum machista se apressa em dizer "mulher sabe de nada" para tentar te silenciar. É tão preconceituoso quanto.

A propósito, o femismo mandou lembranças a você.

Anônimo disse...

Lola,tu não está sabendo sobre o apedrejamento moral que o Mauricio de Souza promoveu ao que ele chamou de "periguetes"na revista da monica jovem edição 54(jan 2013)? Comparou a "periguete"a prostituta e insinuou que merecem ser estupradas,socorro.Essa revista tinha que ser tirada de circulação!! Por favor Lola,escreva sobre isso,ele escreveu um texto especialmente pra dar essa lição de moral que a periguete é burra e termina sozinha!!!

Luiza disse...

U mad anônimo? STAY MAD
Isso não é,não foi e nem nunca vai ser sobre você.
Femismo HAHAHA risos eternos
Aposto que o caralhinho de ouro também acredita piamente que misandria existe igual misoginia.
Sinto cheiro da sua misoginia e canalhice daqui do outro lado da tela,você e mais 4198623165 que querem fazer o feminismo ser sobre VOCÊS.
Todo dia eu vejo pelo menos umas 10 notícias de mulheres sendo estupradas,espancadas e assediadas e sempre tem um homem pra apontar o dedo sujo dizendo que ELA MERECEU.
Mulheres tiverem seus direitos conquistados as duras penas sempre tendo que PEDIR PERMISSÃO PROS HOMIS e ainda hoje homens querem legislar sobre nossos corpos,nossas condutas,vidas sexuais,trabalho absolutamente TUDO.
Ninguém tem tempo pras suas straight male tears aqui,homens JAMAIS deveriam ditar como e quando as mulheres devem lutar.

Patty Kirsche disse...

Minha última analista entendia a Mônica como feminista. Percebi isso porque uma vez falei sobre a Mônica, e ela a descreveu como personagem que "bate nos homens". Numa outra ocasião, falei sobre estar conversando com feministas, e ela me perguntou se "isso não é uma briga com os homens?". Aí eu entendi que ela não entendia nada de feminismo também.

Milena disse...

Na minha humirde opinião, antes de dizer o que a mônica é ou não é, deve-se levar em conta que a personagem foi criada HÁ 50 ANOS. 50 anos atrás mal havia feminismo, não existia bullying, não havia frescura em cima de alimentação saudável, as mulheres eram donas de casa e a sociedade era mais inocente e permissiva, totamente diferente da sociedade atual. O que o mauricio fazia era retratar essa sociedade. Um personagem negro e um mudo representavam as minorias, e era só um porque eram minorias ué, se fossem vários seriam maioria. Os tempos mudaram, foram nascendo conceitos e termos, e o mauricio fez um esforço bastante louvável pra acompanhar os tempos sem descaracterizar a turma. Muita coisa foi alterada, entrou o politicamente correto, ficou "chato", mas se fosse como nos anos 70 que o cebolinha brincava de acender cigarro com lupa estariam todos revoltados. Não dá pra agradar gregos e troianos, o mauricio faz apenas uma alusão aos valores atuais onde pichar é feio, xingar é bullying, bater nos outros é errado e todas essas "chatices" que não importavam quando éramos crianças, mas que virariam a cabeça das pobres criaturinhas hoje em dia... Pra mim o que o mauricio sempre fez foi mostrar as aventuras de uma turma de garotos de 6 anos no cotidiano ou em histórias fantásticas que sempre tiveram como tema maior a AMIZADE entre todos os personagens. Portanto não acho que a mônica foi criada com nenhuma intenção feminista por trás, e que essa 'teoria' é só a mania de superanalisar e rotular tudo que há no mundo.


yep, haters' gonna hate, mas isso é uma opinião então o ódio tá liberado ;)

Julia disse...

Oi Anon, esse "mulher sabe de nada" machistas falam pra praticamente qualquer assunto, né?

Não é uma boa comparação.


E a sua prepotência de considerar que seus "dados" têm a mais remota chance de fazer a Luiza desistir do Feminismo é de dar dó.

Anônimo disse...

@Luiza
Que pena... Achei que o feminismo fosse sobre igualdade. Acho que me enganei.

Se precisa da permissão de um homem para ser feminista, lamento profundamente por você. O feminismo avançou na sociedade apesar da falta de autorização do patriarcado. Feministas lutaram e venceram batalhas sem ter a permissão de outra pessoa senão delas mesmas para lutar. E é assim que deve ser, caso contrário não haverão mais avanços. Pelo contrário, aliás. E saiba que - fora você - nenhuma feminista precisa de autorização para lutar pelos direitos das mulheres.

E o que eu gostaria de falar com esses dados não é "lutem pelos homens", mas sim "e o que pode ser feito com relação a isso?". A resposta que você e feministas que pensam como você me dá é algo parecido com "dane-se, quero mais que vocês morram mesmo". É isso mesmo o que você quer passar? É isso mesmo o que você acredita?

Eu ser a favor do combate à violência que os homens sofrem não faz com que eu seja automaticamente contra o combate à violência contra às mulheres. Pelo contrário, eu acredito que as mulheres tenham o direito de ter uma vida sem violência. E acho que os dados que são apresentados por entidades sérias (dados esses que não apresento porque já são bastante divulgados aqui, mas que tenho ciência). Mas não entendo o motivo de ser considerado prepotência achar que esse direito é também dos homens.

Por fim, eu sei que o feminismo não seja sobre homens. Não precisa repetir e nem agir como se eu quisesse te fazer desistir de sua luta, muito menos tentar descarregar as suas tensões diárias em um pobre anônimo. Sobre o "stay mad", prefiro pensar como Lia Lopes, quando diz que "Cada indignação,uma reação:construtiva ou destrutiva,você escolhe". Eu tento escolher a reação construtiva. E você?

Anônimo disse...

@Julia
Exatamente. E que tem até mesmo na bíblia, que é um dos livros mais preconceituosos que existem. E você pode não achar uma boa comparação, mas o termo "mensplaining" tem sido usado com o mesmo objetivo: calar a boca de alguém. O que é igualmente discriminatório.

A propósito, alguma vez falei para ela desistir de ser feminista? Eu só falei que ela está sendo tão preconceituosa quanto os machistas que ela combate.

Como falei antes, não quero fazer ninguém desistir de suas lutas. Mas se os dados que mostrei fizerem alguém refletir e talvez, quem sabe, considerar a hipótese da vida masculina não ser esse mar de rosas todo que algumas feministas pregam ou que o patriarcado prejudique a todos (mulheres em maior grau, é verdade, mas homens não escapam desse prejuízo), eu já teria ganho o meu dia. Mesmo que nada seja feito depois.

Eu mesmo estou ainda procurando um caminho, uma saída para problemas que eu mesmo estou sujeito a enfrentar por causa do sexismo e dos padrões de gênero que o feminismo se propôs a desconstruir. Até pensei em tornar eu mesmo feminista, mas sempre paro para pensar melhor quando vejo discursos estridentes como o dela. Repito, não quero que ninguém desista de suas lutas. Só não sei bem qual luta devo lutar. E creio que vários homens estejam tão perdidos quanto eu.

Unknown disse...

Concordo.

Anônimo disse...

Lola, eu não sei ao certo sobre as outras personagens, mas a mãe da Mônica é arquiteta (ou algo relacionado), apesar de trabalhar em casa. Eu tenho aqui uma história que mostra a mãe da Mônica lutando para entregar uma planta no prazo e cuidar da filha.

A mãe do Cebolinha é dona de casa apenas, há uma história que mostra ela arrumando a casa enquanto o Senhor Cebola trabalha e depois vai para a academia.

Das outras eu não me recordo, acho que não existem quadrinhos mostrando a vida delas.

Unknown disse...

eu gosto de todos o gibi da tura da monica