terça-feira, 26 de junho de 2012

AS DECLARAÇÕES FEMINISTAS DE VALESCA POPOZUDA

Bastante gente me pediu pra falar sobre as declarações que Valesca Popozuda deu recentemente, enquanto posava para um ensaio. Então vamulá. Antes quero deixar transparente minha abismal ignorância musical (amo Chico e Beatles, praticamente só isso).
Estou ciente que é preconceito de classe disfarçado de gosto pessoal, mas não gosto do tipo de música que Valesca faz. Nem tenho muita certeza que “tipo de música” é esse, porque não entendo quase nada de música. Isso é funk, certo? E sim, existe um preconceito enorme da classe média contra produtos culturais que não são feitos pra ela. Não vamos fingir que não existe e que só não gostamos das músicas por causa do ritmo ou da letra. Tem um classismo grande nessa avaliação. Desclassificar outras músicas e culturas e apelar pro "é meu gosto pessoal" não limpa a nossa barra.
Nunca vi nenhum vídeo da Valesca, mas outro dia li uma letra transcrita, e achei pornô. Chama-se “Mama”, em parceria com Mr. Catra. Nela, Valesca diz que “quando a p*roca tem dona é que vem a vontade de f*der”, e Catra responde que no harém dele “tem mais de cem, mas você foi a única que se ligou que uma mamada e um copo d'água não se nega a ninguém”. Não acho muito empoderador pra uma mulher fazer parte de um harém com mais de cem. E isso de se interessar por homem casado só reforça o clichê de que mulheres não podem ser amigas porque estarão sempre competindo entre si pela aprovação masculina. E acho também que qualquer pessoa tem o direito de negar a qualquer outra pessoa qualquer coisa que não queira fazer (pagar pensão pra filho: não incluso).
Tampouco acho empoderador ter que colocar silicone, posar nua pra revista, ou fazer qualquer outra coisa que a sociedade já espera de uma mulher. Não estou dizendo que acho necessariamente errado, apenas que não é revolucionário.
Não gosto do termo dar, porque ele sugere passividade. Que tal transar, que é um termo neutro e unissex? O homem come, a mulher dá. Argh. Em inglês não existe isso não. Também odeio termos como cachorra e piranha, que aparentemente são encorajados pelo funk (entre outros estilos musicais).
Sei que esse tipo de música (como qualquer outro) é muito ouvido por crianças e adolescentes, e isso me preocupa. Assim como não concordo que meninos pré-adolescentes aprendam sobre sexo através de filmes pornôs, não quero que crianças sejam expostas a músicas como “Mama” e afins. Eu já acho dançar na boquinha da garrafa bem sugestivo pra adultas, e absurdo para crianças. Não faz tanto tempo que tínhamos concursos na TV com meninas de cinco anos dançando na boquinha da garrafa. Desculpe, não tem nada de empoderador nisso.
Por outro lado, é ótimo que Valesca esteja promovendo um concurso para eleger uma dançarina transexual para o "Gaiola das Popozudas". Tudo que dê visibilidade positiva a um grupo tão discriminado como transexuais me parece excelente.
Entendo que Valesca possa simbolizar, pra muita gente, o controle de sua própria sexualidade. E isso é importante. A liberdade sexual da mulher é uma bandeira fundamental pro feminismo. O corpo de uma mulher é sempre, numa sociedade patriarcal, visto como um bem público (pra ser tocado e avaliado na rua), ou como propriedade privada de um homem (primeiro o pai, depois o marido). Logo, a total autonomia de uma mulher sobre seu corpo será sempre uma bandeira feminista.
Por isso, só posso aplaudir as declações dadas por Valesca na entrevista. Destaco algumas:

- “Ninguém tem que ser julgado pelo jeito que exerce sua sexualidade.
- “Sempre fui independente, paguei minhas contas e na relação homem e mulher não é diferente. Nunca abaixei minha cabeça para homem, nem deixo mandar em mim. Também nunca deixei ninguém me encostar, nunca dei confiança e se encostar, bato também.
- “Sonho com o dia que vão parar de rotular as mulheres de puta ou piranha por causa de sua postura de vida, por causa de um determinado trabalho, como é o meu caso. Ninguém tem que julgar ninguém por causa do seu corpo. Por que a mulher que beija dois é piranha e o cara que beija duas é garanhão?
- “Só comecei a entender que minha música poderia ser usada como um discurso quando as próprias mulheres chegavam para mim e diziam que o que eu cantava dava força para elas fazerem o que queriam e que eu falava muitas coisas que elas tinham vontade de falar.

Discordo apenas do que Valesca responde sobre aborto. Começar com “Pessoalmente, sou contra” é comum (eu também sou pessoalmente contra). Mas a pessoa pode ser pessoalmente contra (ou seja, não abortar se engravidar) e mesmo assim achar que sua opinião não precisa virar padrão a ser adotado por toda a humanidade. Ou seja, faltou Valesca dizer que é a favor da legalização do aborto.
Se Valesca é feminista? Bom, quem sou eu pra distribuir carteirinha de feminista (e muito menos querer confiscá-la)? No que diz respeito à liberdade sexual da mulher, essas declarações de Valesca certamente são feministas. Não sei se tudo que Valesca fez, faz e fará é feminista. Como eu disse, não conheço suas músicas nem sua vida, mas imagino que ela não fale uma coisa numa entrevista e faça outra coisa em sua carreira. Por outro lado, ela não se assume feminista. 
Muitas dessas declarações de Valesca são frases que eu venho dizendo desde os meus quinze anos, quando comecei a ter vida sexual. Eu sempre exigi que meus parceiros usassem camisinha, e isso antes da Aids se tornar conhecida de toda a população. Nunca aceitei ser julgada por fazer sexo com quem eu quisesse e quando quisesse. Se os meninos podiam agir assim sem serem condenados, por que eu não poderia? Algumas coisas mudaram dos anos 80 (quando eu era adolescente) pra cá. De lá pra cá, conseguimos jogar fora o tabu da virgindade, que ainda era forte pra minha geração. Hoje só alguns malucos acham que a mulher deve se casar virgem, e aquilo de anular casamento se a mulher não fosse virgem ficou no passado. Mesmo a onda religiosa que hoje prega o celibato entre os jovens vale para meninas e meninos. Não concordo com isso (mas evito julgamentos; cada um vive como quer), acho que o melhor é experimentar bastante, mas pelo menos essa exigência religiosa pela virgindade não é feita só pra meninas.
Três décadas já se passaram desde que eu, uma menina com então 15 anos, era chamada de p*ta só por insistir em ser sexualmente livre. Hoje o julgamento moral e o padrão duplo continuam firmes pras meninas. Se Valesca ajuda a romper essa besteira de “meninas são piranhas, meninos são garanhões”, só posso ser a favor.

221 comentários:

«Mais antigas   ‹Antigas   201 – 221 de 221
Anônimo disse...

Maicon,

Meu nome e Maria Valéria:))

Quanto ao comentário, sobre homem de verdade, ok vc discordar, faz parte,

Nao entendo pq meu amigo foi " corajoso"
Afinal, que risco ele corria pra se exigir " coragem" dele,???

Ele foi homem o bastante para assumir a mulher que ele amava sem levar em conta o que diziam sobre ela, as fofocas e os op preconceitos acerca de mulheres que já transaram com vários,
;)))
Bj

Maicon Vieira disse...

Ops, desculpe ter errado o seu nome.

Requer muita coragem enfrentar julgamentos dos outros, ele foi corajoso por enfrentar isso. É difícil não se importar com comentários maldosos vindo de conhecidos ou até desconhecidos e quem sabe até da própria família. Ele não se importou e enfrentou isso, então para mim ele é corajoso.

Anônimo disse...

Ahhhh entendi,
-:)))

lica disse...

Oi Lola,

Me considero feminista por definição. Simplesmente por que NENHUMA das minhas escolhas na vida foram baseadas em "coisa de menino".

No pré 3 eu gostava de azul, por que eu não era "obrigada" a gostar de rosa.

Minha mãe teve meu irmão e divorciou há 38 anos (você deve imaginar o que ofi isso).

Meu pai sempre me disse que eu só ia casar, se quisesse, depois de formada, pra terminha independência financeira. E me colocou no taekwondo, por que a única coisa que mulher tem de "desvantagem em relação ao homem é a força.

Agora, pra que estou dizendo tudo isso. Eu tenho uma ENORME dificuldade de enterder a defesa do aborto como "feminismo". Existe um grave problema no início de discussão, no que se refere a definição de VIDA. A ciência e a filosofia deveriam estabelecer uma definição "definitiva" e o aborto ser tratado daí em diante. Eu sou contra o aborto, pois o que me consta, é que o embrião - feto são vida. E eu sou a favor da educação contra a concepção e da igualdade de responsabilidade.

Será que dá pra explicar?

Obrigadinha

ViniciusMendes disse...

Eu adoro o blog da Lola, mas esse vai ser meu primeiro comentário aqui...

Enrico Montenegro Costa Rafaelli

Eu acho muito perigoso a ideia de substituir uma estética pela outra na ordem do "isso é arte" ou "isso não é arte" ("isso é sofisticado", "isso não é sofisticado" também serve), no final das contas, uma das leis mais básicas do mercado é que se algo está no mercado, é por haver uma demanda para aquilo. Se existe o funk carioca da forma como existe, é porque existe uma demanda, pessoas que se identificam e se emocionam (euforia e agressividade são emoções) com essa forma de expressão, e não acho que ninguém tem o direito de propor que essas pessoas se identifiquem ou gostem de "coisas melhores"... Até porque, no final das contas, a qualidade da expressão artística é baseada em regras estéticas criadas por pessoas, e portanto, sujeitas ao contexto cultural e ao gosto do grupo que determina o que é qualidade em um determinado período...

Se tem gente que se identifica com Rap, com Hip Hop, com Funk Carioca, com Sertanejo Universitário, com Axé, com Tecnobrega, Pop, Rock, Metal, com seja o que for, acho que a sociedade só tem a ganhar com o fato de existir gente pregando a liberdade e a igualdade nesses gêneros... Se eles forem bons, vão gerar frutos, se forem ruins, como tende a acontecer com qualquer forma de expressão, eventualmente serão esquecidos^^.

Valeska (e o empresário dela, que é quem escreve as letras) algumas vezes comprova o machismo... Outras vezes ela sai do papel de oprimida para se tornar opressora, algo igualmente negativo, e ainda tem as vezes que acerta na mosca. Considerando que esse é um trabalho feito a partir de tentativa e erro, por pessoas que nunca estudaram o feminismo a fundo, é natural que hajam arestas... Mas se mulheres (e gays) se identificam com a produção dela e isso torna a vida deles melhor, aos meus olhos, é valido que ela exista.

ViniciusMendes disse...

Quanto a ter muitos homens na platéia do show dela, ela tende a se apresentar muito em eventos gays, que comprovando a discriminação até entre os discriminados, costumam ser voltados quase sempre para homossexuais homens. =)

ViniciusMendes disse...

Credo, apareci como Unknown! Hahaha!

Só pra assumir a paternidade da criança! :P

Liana hc disse...

Eu achei bacana as declarações dela sobre a liberdade sexual feminina.

E, mesmo com outras letras dela que me parecem reforçar estereótipos, acho que o impacto geral da imagem dela pode se reverter de forma muito positiva para alguns grupos.

Isto posto, eu não gosto nem do estilo "santinha" tipo Sandy, nem desse estilo extremamente sexualizado a la Valesca Popozuda.

Sigo achando que esse tipo de coisa só existe como subproduto de uma sociedade ainda muito desequilibrada e que com o tempo vai desaparecer. Contudo, eu respeito o trabalho dessas duas vertentes pois falam linguagens específicas que são necessárias e importantes para esses grupos.

O mundo é plural e elas estão aí para somar.

Anônimo disse...

Lola, impressão minha ou vc apagou alguns comentários machistas que tinha aqui? Se apagou, fez bem.
Quem quiser escrever coisas machistas que vá procurar um blog machista ou crie seu próprio blog.

Gosto de escrever aqui, mas ler comentários machistas repetitivos da mesma pessoa cansa a paciência de qualquer um....


Nao sei como duas comentaristas que vi por aqui em outro post,( Alice e Cora) tem tanta paciência pra discutir com esses caras.... Por mim, pode canonizar as duas, porque essa paciência eu nao tenho!!! Hehehehe
Bjs-:)))

Erres Errantes disse...

Oi, Lola.
Acho que ninguém que frequenta um blog feminista (a não ser que seja troll/mascu/sem noção etc.) é tão ingênuo a ponto de achar que não existe preconceito de classe. É óbvio que o funk é visto com preconceito pela classe média. O rap, por exemplo, é considerado "música de ladrão", porque as letras versam sobre o cotidiano na periferia, e assim por diante. Mas não vamos esquecer que na prática, em todas as classes existem pessoas com os mais variados matizes de gostos pessoais, musicais etc. Acho que, a grosso modo, a classe social em que fomos criados molda nossas opiniões, visões de mundo, etc, mas na questão do gosto musical, sobretudo nesta era de downloads, mp3, youtube etc, todo mundo pode ouvir de tudo e, na minha opinião, essa regra de que a classe molda nosso gosto musical é bem mais frouxa.

La Concurseira disse...

[Oi Lola, já acompanho seu blog há algum tempo e é a primeira vez que escrevo. Digo que me tornei feminista e ingrata com o patriarcado por sua "culpa", rsrs.]

"sexo é uma necessidade do ser humano tanto quanto comer ou dormir, alguém se ofende quando falamos estou com fome ou estou com sono?" (Rubens)

Rubens,saudações feministas a vc! Vc estava indo bem em suas colocações, embora discorde de algumas. Mas dizer que sexo é uma NECESSIDADE tal como a fome e sono é uma bobagem muito grande. Morre-se de fome, morre-se por falta de sono, mas não se morre por falta de sexo. Existe os assexuados, sim eles existem!!(vc pode se espantar, eles vivem neste planetinha e são seres humanos) . São pessoas, que não fazem sexo por OPÇÃO e estão vivinhos da silva, hehe! Abraços!

Quanto a Popozuda...Tenho cá minhas dúvidas sobre suas posições. Gostei das suas opiniões, vão bem na linha do feminismo, mas essa parceria com Mr. Catra...mostra uma certa incoerência sabe? Mas quem não é incoerente neste mundo? Como disse a Lola, quem sou eu para dar/confiscar carteirinha de feminista a alguém?

Patrícia Antunes

Leonísia F. disse...

Gostei muito desse post sobre o mesmo assunto, faz a discussão de que mensagem alcança quem.

"Se ser cachorra é ser livre, late que eu tô passando!"


http://atrasdaportablog.blogspot.com.br/2012/06/se-ser-cachorra-e-ser-livre-late-que-eu.html

Unknown disse...

A classe baixa não produz e ouve somente funk carioca. A classe baixa também produz e ouve hip-hop, e bastante engajado - principalmente os que fazem apologia ao crime. Há até mesmo richas entre estes. Mas isso não é o que eu gostaria de levantar aqui. Acho que o olhar para a classe média, que o "universo blogueiro" costuma oferecer é bastante raso e distante da "realidade" que pretende descrever. Pois veja bem, desde quando o funk carioca só é almejado pela classe baixa? Isso é uma ilusão, e das grandes. A juventude da classe média também acompanha as novidades desse cenário que o funk carioca criou. Basta uma turnê pela Av. Paulista durante os finais de semana (à noite) pra observar como todos os hipsters, com seus tênis New Balances, ou como os skatistas com seus shapes e bonés importados caríssimos sabem qual é o 'último sucesso' do funk carioca. Bastante leigo e até mesmo suspeito o discurso sobre a classe média anti-funk carioca. Talvez a classe alta não suporte, em sua maioria. Mas quem é que já não viu também um bombadinho, saindo de sua academia no Itaim Bibi, com sua camisa de $700 da Hollister ouvindo um "Novinha"? Ou quem nunca viu um grupo de jovens caricatos da classe média em carros que só a classe média tem acesso ao som de qualquer coletânea de funk carioca?

E a febre atinge até jovens cristãos.

Patty Kirsche disse...

O Funk carioca está inserido na música eletrônica, diferente do Funk original, que vem do soul.

Sendo bem concisa, o Funk carioca (Rio funk em inglês) vem do Miami bass, que por sua vez vem do Hip hop, que está dentro do enorme gênero Breakbeat.

Claro que tem preconceito, é "coisa de pobre"... As pessoas têm um estranho hábito de julgar produtos culturais pelo público que o consome.

Mas se a gente considerar um clipe de Rap dos EUA, no que seria melhor que um de Funk carioca? Aparecem mulheres com pouca roupa e as letras são cheias de palavrões. Só que em inglês. =D

Patty Kirsche disse...

Bem, eu gosto da Valesca. Sempre a vejo sendo insultada com aqueles termos que denigrem mulheres pela conduta sexual, inclusive por pessoas que dizem curtir funk carioca.

É só olhar os comentários dos vídeos dela no youtube: "Ah, essa Valesca é uma vadia mesmo".

E de onde surgiu a "marcha das vadias"? A ideia é justamente que, se ser vadia é fazer o que queremos, então somos mesmo vadias.

Ela faz o que deseja, ainda que isso inclua exploração da sexualidade. Afinal, por que mulheres não podem gostar de pornografia? Por que mulheres não podem ser exibicionistas?

Nós temos o direito de usar roupa curta e andar na rua sem ouvir comentário grosseiro de homens.

Mas sempre tem alguém pra dizer: "Se você usa 'essas' roupas, é porque gosta do assédio".

Ora, se a gente não parar de abrir mão do que gostamos por causa dos mecanismos de controle sociais, como vamos mudar a sociedade?

Lubastos disse...

Tudo bem, ela gosta de mostrar o quanto exerce livremente sua sexualidade e isso é bom, mas ainda acho "complicado" uma mulher que vive da imagem do próprio corpo (pra mim acaba fazendo o papel de mulher-objeto, por mais que afirme que vai transar só com quem quiser)ser uma espécie de "símbolo feminista". Assim como as Panicats... Só porque usam roupas curtas, sem aparentemente se preocuparem com a opinião alheia, são "livres"? No caso de Valesca, é "livre" porque exibe tanto o corpo? Claro que cada uma pode fazer o que quiser com o próprio corpo e etc, etc, mas me parece que mulheres como ela e as Panicats o exibem tanto porque ganham dinheiro com ele, com imagem, com a academia que fazem, com as "bombas" que tomam e as plásticas que fizeram e farão (eu mesma fiz plástica e faço academia, admito, mas não tomo sequer proteína). Por mais que dê declarações interessantes, Valesca não ganha dinheiro com elas e nem apenas com a música, mas com o corpo também... Por isso não gosto de tê-la como exemplo, desculpem, pode ser preconceito.

Anônimo disse...

penso eu que ela é ate meio machista, pois esse tipo de musica e tanta exposição do corpo e nenhuma das ideias fixa ainda mais o que o machismo prega, acho que mulheres mais inteligentes precisam se esforçar ainda mais por que existem esses tipos ai queimando o filme, ja vi reportagens dela e de outras funkeiras e mais parece um programa de humor onde respondem coisas que não tem nada haver com a pergunta, mas cada uma cada um, se ela é feliz assim eu acho meio mico assim, mas cada um cada um

Mariana disse...

Não gosto de funk. Não consigo entender isso como cultura. Posso até ser preconceituosa nesse comentário. Mas o que me é mostrado me faz pensar assim. A única coisa que vejo são mulheres objetizadas se vendendo pra ganhar dinheiro e homens sacanas forçando tais situações.
Se isso é expressão, me desculpem, mas acho que o sentido de liberdade de expressão está sendo usado de forma errada.
Tem uma frase do Cazuza que vem a calhar "Transformam o país inteiro num puteiro, pois assim se ganha mais dinheiro".

Anônimo disse...

ahahahahaha é muito comédia este movimento feminista...então,quer dier que nós mulheres podemos nos vulgarizar á vontade porque isso é poder,podemos fazer o que quiser? e quando o homem faz o que ele quer,ou seja,nos trata como pedaços de carne?Aí depois reclamam que amídia nos reduz á bundas e pritos....se não é insanidade,pra mim é muita burrice e contradição.

Me digam uma coisa coleguinhas,por quereclamaram então do comercial da Gisele Buchen,ela não estava fazeno o que ela queria com o próprio corpo?? QUANTA HIPOCRISIA DA PARTE DAS SENHORITAS!

è um insulto dizer que mulheres tão baixas e vulgares nos representam..quer dizer que temos que glofificar vadias no lugar de Chiquinha Gonzaga e Pagu??

Nogento...

Anônimo disse...

Olá gente!
Lola: gostei da postagem e li todos os comentários! Justamente porque volta e meia me vejo novamente debruçada sob esse assunto "ValeskaXfeminismo", mergulhei no post. Bem, sabe, concordo com a maioria dos prós e contras aqui no tocante ao funk ser cultura de periferia e ser marginalizado e que as declarações de Valeska foram feministas e suas letras nem tanto (aliás, o maior letrista dela é/era homem, conforme ela declarou numa entrevista, ceio que de mais de 1 ano atrás). Como vim mais para pesquisar e aprender, digo apenas que acho meio repetitiva a mensagem das letras desse tipo de funk carioca, cujo tema é sexo e somente sexo e acho até meio sacal o mesmo ritmo o tempo todo, (meu filho de 18 ouve bastante e me irrita muito! rsr). Na verdade, eu fico aqui torcendo para que isso meio que ultrapasse esse limite de falar somente de relações sexuais específicas nas letras e avance para algo mais abrangente dentro do próprio sexo mesmo, como o que foi discorrido aqui. Imaginem uma letra que dissesse: "ah, é? Então vc acha que eu não sou confiável porque gosto de sexo e de ser livre, de ter prazer e ser feliz? Então, me diga aí como alguém pode confiar em vc, Senhor machão? Que controla a vida sexual dos outros, tem preconceito de classe e julga que a mulher depois dos 30 está velha e desesperada pela "rendição"? (bem, com essa métrica seria um lixo! rsr), algo com mais mensagem de reflexão. Mas, certa vez a própria Valesca disse numa entrevista que "ela só canta o que acontece mesmo na periferia", e, de repente, eu aqui gostaria que o "funkeiro fosse mais filosófico e erudito", isso poderia ser uma "ditadura burguesa para cima do funkeiro"; contudo, na verdade, achar que o pessoal da periferia só pode produzir essa música que notadamente é pobre ritmicamente, em lirismo, em mensagem, é que pode representar ser PRECONCEITUOSO! Creio e acredito nisso, que a periferia pode muito mais! Foi de lá que saiu o "rap do Silva" e Cartola, ou não foi? Esse funk "putaria" (termo trazido a mim pelo meu filho) é só que está tendo saída agora talvez porque seja "a onda". Sobre isso, e finalizando, registro a opinião de um amigo negro que nasceu num bairro pobre de minha cidade e é produtor musical, à minha indagação "o quê você acha desse funk carioca" ele respondeu: "vai passar como a lambada e o axé". "o que vc acha dele como musica representativa de uma classe oprimida?" Ele: "Um retrocesso! Uma classe oprimida que já nos deu toda a velha-guarda do samba de raiz carioca, um Cartola, (citou instrumentistas que não conheço), hoje tem como máxima uma musicalidade pobre dessas?" ...
Meu nome é Mirna Marino Duarte, tenho 41 anos e me identifico pq vou postar como anônimo. Abs!

Anônimo disse...

VTNC !!!! Vc diz q ama apenas Beatles e Chico e vai criticar quem não curte funk ??? Dá licença das pessoas curtirem oq quiserem ! Que repressão é essa moça ???

«Mais antigas ‹Antigas   201 – 221 de 221   Recentes› Mais recentes»