sábado, 16 de maio de 2009

BORDOADAS CARINHOSAS PARA CRÍTICOS DE CINEMA

Ataque dos clones

A crônica abaixo eu escrevi há uns sete anos, pelo menos. Talvez mais. Acho que vem a calhar com o que falei ontem, sobre como escrever resenhas críticas, que é o que tentei ensinar no estágio da sexta série. E também porque fiquei chateada com o que me aconteceu esta semana. Estou quase terminando o doutorado, você sabe. E gostaria muito de dar aula em alguma faculdade no semestre que vem. Numa entrevista, ouvi que há resistência ao meu nome por causa das minhas críticas de cinema. Pode isso? A pessoa disse que minhas críticas não têm teoria. Eu quis saber qual crítica de cinema pra jornal tem teoria, já que não há espaço ou público pra isso. Então ela disse que eu me exponho demais no que escrevo. Pô, quer dizer que onze anos de uma coluna semanal num jornal de grande circulação em SC contam contra mim, não a favor? Fiquei sem compreender qual a resistência contra a minha contratação: o meu estilo nas críticas, que certamente é fora do comum e não agrada a todo o mundo, ou meu estilo de me declarar abertamente feminista e de esquerda. E às vezes sou ingênua: eu pensava que era bom escrever de um jeito diferente. Agora me dou conta que bom é ser igualzinho aos outros, indistinguível. Um clone.
De qualquer
jeito, concordo com o Matt Groening. E ueba, encontrei o cartoon! (quem sabe você prefira ler a crônica abaixo antes, pra entender do que diabos estou falando).Cartoon do Matt sobre críticos (clique para ampliar).

Pouca gente sabe, mas, além dos oito leitores destas minhas crônicas, também tenho outros cinco por causa do Anexo, onde escrevo sobre cinema. Se eu sei somar direito, isso dá um total aproximado de 13 pacientes leitores! Um recorde! Claro que os leitores daqui não são os mesmos das críticas cinematográficas, o que é facilmente explicável – se já é difícil me aturar em um espaço, em dose dupla deve ser impossível.
Eu entendo. Bom, toda essa lenga-lenga é só pra introduzir que li na internet um cartum chamado "Como ser um crítico esperto de cinema", do Matt Groening, criador dos Simpsons. O desenho é muito fofinho e feroz. Atira pra todos os lados. Eu me identifiquei em várias questões. Uma delas é: "Você está qualificado pra ser um crítico inteligente? Você saliva com o prospecto de gastar uma carreira inteira escrevendo análises profundas de filmes para semi-analfabetos de 15 anos?". (A tradução é minha, sorry). Ah, antes de me mandarem ameaças de morte, esclareço que a opinião sobre a habilidade de leitura dos adolescentes é do Matt, não minha. Pois é, mergulhar em interpretações complicadas ao enfocar os filmes atuais já parece uma piada, e tem crítico (e público) que não se dá conta disso. Aí os experts enchem seus textos de jargões para esconder que eles estão tratando de uma porcaria qualquer. Porque, se a gente pensar bem, a produção cinematográfica de hoje está abaixo (ou acima, sei lá) da crítica. Até parece que o teen que vai ao cinema com sua turma pra ver Scooby-Doo está preocupado com o que um crítico vai achar da sua diversão. Pros profissionais da erudição, o Matt tem uma pergunta: "Só para críticos avançados: você consegue usar a palavra mise-en-scène num texto que alguém lerá até o fim?".
E, finalmente, Matt, o demolidor, encerra com mais uma provocação: "Se você não pode ser um crítico de cinema, talvez você possa ser um desses histéricos que escrevem cartas iradas para críticos inteligentes". Ui! Doeu!

26 comentários:

Paulo Soares disse...

Parabéns pelo texto!

(e sim, "Life in Hell" é totalmente recomendado)

Vou ficar leitor do blog.

Anônimo disse...

Lola
Escrevi um comentário imenso, mas achei que você ia ficar meio chateada, então vou falar só umas coisas. Acho que você realmente se expõe demais, mesmo. E eu acho suas críticas de cinema meio ingênuas, no sentido que elas ficam na opinião e deixam de lado a crítica. Elas são bem escritas, irônicas, mas é complicado...
De qualquer maneira, tenta uma universidade em outro lugar, onde as pessoas não te conheçam tanto.
Lúcia

Alfredo disse...

Lola.. amo suas criticas de cinema... apesar da qualidade delas tenham caído por causa do doutorado (isso é compreenssivel e desculpavel). Esse negocio de nao aceitar vc em universidade é tudo inveja!!! Não acho q vc se expoe demais. Bjos!

Felipe Guimarães disse...

Nossa, se esse lugar te recusa por causa do blog, eles são estúpidos. Olha quantos seguidores, visitantes você tem! E tudo isso por que? Todo mundo gosta de seu trabalho, do contrário ninguém leria nada. Procure outros lugares, você achará um que te aceite.

Masegui disse...

Lolinha,

Quer dizer que você se expõe demais? O problema é seu ou dos outros? Ora, manda esse povo à fufa!

"E eu acho suas críticas de cinema meio ingênuas, no sentido que elas ficam na opinião e deixam de lado a crítica."

Uai, se você vai fazer uma crítica, não tem que dar sua opinião? será que para fazer uma boa crítica você terá que seguir a opinião dos outros? mas então não será SUA crítica... ora manda esse povo à fufa!

Ah, e a qualidade NÃO caiu, quem disse isso é um... let it be.

Anônimo disse...

Que pena que não conseguiu a vaga, mas bola para a frente, e sem raiva. Sem revolta. A maior vitória é você se tornar melhor ainda do que vc já é. Tente outra vez, !!
beijos

Tina Lopes disse...

Foi só uma desculpa pra te dispensar dando a impressão que o problema é você, Lola. Uma estratégia pra te desarmar. Fora daí tenho certeza que tuas críticas vão formar um belo portfólio-currículo. Bjk.

Vitor Ferreira disse...

Lola, acho as suas criticas otimas. Li todas que tinham no lost art assim que descobri o site. Suas criticas sao diferentes porque falam a lingua da gente. E abusam do bom humor. Logico que tudo isso vira um saco se vc espinafrar um objeto de adoracao global, como o Sr. dos Aneis. Eu sinceramente acho aquela a melhor critica de todas. So acho que as vezes conta um pouco demais os filmes. Mas acho que isso so te qualifica. Eu iria adorar assistir aulas suas.

Dai disse...

Lola,

Olha, Lola, só queria demonstrar minha solidariedade. Eu passo por isso também, no meu lattes (estou até cogitando tirar até garantir o emprego), constam as palavras feminismo e uma curadoria de uma exposição sobre aborto. E eu sei que isto me 'prejudica', não por que eu esteja me expondo - não considero nenhum demérito ou vergonha, ao contrário, me orgulha o meu trabalho, infelizmente não posso esperar que todas as pessoas sejam conscientes e sensíveis a ele. E o pensamento medíocre e tacanho reina nesse mundo, infelizmente. Eu sei que qualquer idiota especialista em gestão das cucuias é visto com mais simpatia.
É triste, mas a ignorância humana é um poço profundo do qual grande parte das pessoas não faz o menor esforço para espacar. Lamentável... que elas se sintam no direito de julgar munidas exclusivamente de preconceitos e aspereza.
Essa postura é hipócrita e leviana. Para não dizer logo BURRA, o termo mais apropriado, por sinal. Afinal, como podemos nos referir a gente que opta por se manter envolta na neblina do senso comum, por simples e pura preguiça de admitir a existência de pensamentos que o problematizam?

Eu não acho que você se exponha. Nem que isso seja algo negativo. E muito menos que suas crônicas sejam ruins ou padeçam de falta de densidade. E estou certa - lamento pela estupidez de quem não sabe o que é escrever texto para jornal diário e acha que trata-se de um espaço para fundamentação teórica - de que não há traço algum de ingenuidade em suas análises. E falo isso como apreciadora de crítica de cinema, que acompanha pelo feed o Inácio Araújo, Luís Carlos Merten e os blogs de crítica dos jornalões, além de outros tantos, tanto ou mais interessantes, que felizmente existem na Internet - já que a opinião dos críticos é cerceada pelos jabas cinematográficos que bombardeiam as redações.
Gostaria de saber quais os critérios de quem aponta a sua suposta 'superficialidade' e a tal 'exposição exacerbada', afinal, crítica é um exercício extremamente subjetivo e, quase sempre, evoca epifanias pessoais.
Desde a Cahiers, meio que se convenciona que o crítico deve ser capaz de enxergar a vida por trás da arte. Não há como manter uma relação de total distanciamento com a obra analisada, acredito. Até por que, cinema é uma arte que espelha como poucas o contexto em que emerge.
Aliás, acredito, apesar de não ser a minha praia, que haja pouco debate e aprofundamento teórico sobre os elementos da crítica, justamente porque ela envolve estas questões de gosto e repertório, que não podem ser aprisionadas numa fórmula pronta.
Também pouco se discute sobre a utilização da crítica. Eu pelo menos adoro ler e reverencio pessoas que dedicam tanto do seu tempo a assistir filmes e escrever sobre eles de uma forma que seja digerível, apaixonante e, realmente, analítica. Mesmo quando não concordo em nada com eles. E você é um destes casos.
Além de admirar o seu texto gostoso e sua capacidade crítica, te aplaudo de pé por colocar feminismo, com todas as letrinhas, nas páginas de um jornal diário. Tem que ter muito peito para fazer isso. E deve ser bem duro de engolir, aposto, para as criaturas reacionárias que lêem.

(Bem, é o que penso, daqui a pouco virá alguma alma depenada dizer que não tenho cacife para julgar, afinal, eu também sou feminista e compactuo de suas ideologias. Mas,já adianto que tou cagando,viu - desculpa o momento desbocado, eu precisava. Beijocas...)

lola aronovich disse...

Paulo, obrigada. Espero que vc vire leitor E comentarista do blog.


Lúcia, respeito a sua opinião, e sei muitíssimo bem que minhas críticas de cinema (que prefiro chamar de crônicas de cinema) não encantam a todo mundo. Tem quem adora e tem quem odeie, com poucos meio-termos. Pra mim seria bastante fácil, acho, escrever como a maior parte dos outros críticos. Geralmente eu não consigo distinguir um do outro, e não estou falando apenas dos brasileiros, mas dos americanos tb. O estilo deles é muito parecido entre si. Fica tudo meio igual. Eu tento fazer algo diferente. Agora, uma coisa é não gostar do meu estilo, outra é não me contratar, com as qualificações que tenho, pra dar aula numa faculdade. O que minhas críticas têm a ver com o que vou fazer ou deixar de fazer numa sala de aula? Lá é um mundo acadêmico, é outra coisa.

lola aronovich disse...

Asn, quer dizer que vc acha que a qualidade das minhas críticas caiu, mas me perdoa por isso? Puxa, obrigada!


Felipe, acho que o pessoal (e nem sei que pessoal é esse que “tem resistência”) que não gosta dos meus textos nem sabe da existência deste blog. É por causa do que escrevo no jornal, desde 1998. No jornal também tem muita gente que gosta do que escrevo, se não não me publicariam há 11 anos. Mas claro, tem quem não goste. Assim como tem com todo mundo... Existe algum colunista unânime? Nem o Veríssimo!

Mila disse...

Lola, nunca li críticas de cinema até encontrar seu blog!
As suas criticas são muito boas e muito engraçadas!!

Yo já tinha escrito crítica de filme para um exercício do curso de língua inglesa, então, fui obrigada a ler as críticas de cinemas de alguns anônimos da vida, e eu achei um porre! Era uma receita bem medíocre: contar um pouco do filme, elogiar ou criticar ao seu bel prazer e comentar da atuação de alguns atores de forma bem abstrata...

...olhe, o tipo de coisa que eu não me atreveria a chamar de literatura de tão sem gosto...

Tem gente que acha ruim você não escrever o mesmo lenga lenga cansativo de sempre...? Acha ruim você ser feminista e de esquerda...? Acha ruim que você seja de fato crítica...?
É de matar de rir mesmo...
Afinal, é como se dissessem 'Por que você não pode ser cansativa, sem sal e desinteressante como todo mundo??'

Alfredo disse...

Como vc gosta de me afinetar ne Masegui. depois eu sou o troll!!!

lola aronovich disse...

Mario, obrigada pela defesa incondicional, meu querido. Tô te devendo um texto sobre xadrez a cegas. Já tá pronto, ilustrado e tudo, é só postar. Vai sair.


Prity, eu nem sei se consegui a vaga ou não. Não é tão simples, não tem vaga. É pra matérias optativas, já que na grade oficial não tem muita coisa relacionada a minha linha de pesquisa. Vou entregar um projeto oferecendo cursos para as optativas. Mas se eu falasse mais coisas, vc ia ver que é difícil não ficar revoltada. Tipo, tem gente só com faculdade (nada de especialização etc) dando aula lá. Eu já sou praticamente doutora. E eles preferem o carinha recém-formado...

Alfredo disse...

off topico totally!!

Lolinha (que te sempre te adorei (sem ironias)) leia isso!!

http://www1.folha.uol.com.br/folha/esporte/ult92u566561.shtml

lola aronovich disse...

Tina, não sei não. A verdade é que minhas críticas não servem pra muito no mundo acadêmico. Nem pro bem, nem pro mal. Coluna em jornal não tem nada de acadêmico. O que conta pra contratação em faculdade é titulação e publicação em livros e anais da academia. E isso já está bem claro no meu currículo, ué. Tenho certeza que lá não há muitos doutores...


Vitor, obrigada. É justamente o que tento fazer: escrever com linguagem coloquial, abusar do humor, e dar minha opinião. Eu gosto do resultado das minhas críticas. Não todas, óbvio. Tem algumas que ficam legais, outras nem tanto. Quando ficam sérias demais, quando eu sinto que não tem nada de novo em alguma, eu não gosto muito. Mas é aquilo que eu respondi nos comentários acima: no mundo acadêmico, minha experiência em jornal conta mais ou menos assim: “onze anos de coluna em jornal”. Só. Ninguém me contrataria por isso. Contrata pelo meu currículo acadêmico: mestrado, doutorado, participação em eventos, publicações acadêmicas. Meu currículo é de recém-doutora, bastante fraco ainda (não tenho experiência em universidades, só estágio-docência. Orientações e participações em banca valem muito num concurso), mas não é ruim. Aliás, se alguém tiver curiosidade em ver meu currículo Lattes, ele está aqui.

lola aronovich disse...

Dai, obrigada pela solidariedade. Sei que vc está no mesmo barco que eu, procurando emprego. O que não sabia (olha a minha velha ingenuidade aí) é que o que a gente produz seria usado contra nós, não a nosso favor! Deixe-me explicar: a gente depende de publicações em livros e anais. Eu achava que é melhor TER publicações que não tê-las. Claro, a menos que a gente escrevesse algo como a defesa do nazismo ou textos preconceituosos, o que definitivamente não é o caso. A gente escreve textos atacando os preconceitos, defendendo as minorias. Nunca sequer passou pela minha cabeça que alguém poderia não te contratar, Dai, porque no seu currículo Lattes há palavras como feminismo e aborto. Acho que a “resistência” em relação ao meu nome está mais relacionada ao que escrevo que ao meu estilo. Pelo jeito são temas que não agradam ao status quo. É chato, porque eu pensava que o mundo acadêmico fosse um lugar de transformar as pessoas, de combater o lugar-comum, não de abraçá-lo. Quanto às críticas de cinema, eu também leio muitos autores. Uma das minhas maiores inspirações é a Pauline Kael, que escrevia divinamente, com humor, e sem nenhum pingo de teoria. E ela foi uma das críticas mais influentes da história. Mas é justamente como vc pergunta: qual a função da crítica? A crítica de cinema não tem a mesma função, muito menos a mesma importância e influência, que nos anos 70, que é quando Pauline reinou. Os filmes ficaram muito menos importantes. Mas vamos continuar na luta, né, Dai? Algum dia a gente encontra alguma instituição que queira inovação.

lola aronovich disse...

Mila, muitas vezes eu leio críticas que acho um porre também, porque seguem aquela mesma receitinha básica que vc citou. Óbvio, não quero que todo mundo escreva como eu escrevo, mas acho que meu estilo merece respeito. Seria a coisa mais fácil do mundo ser chata e desinteressante. Difícil é remar contra a maré. Abração, e obrigada pela força.


Asn, o Mario alfineta todo mundo (menos o maridão). Até eu. Esse mineiro é um fofinho. Sobre o link que vc mandou, não é uma declaração muito feliz a do Ronaldo (dizer que o filho é europeu), mas tampouco a considero racista. Ele está falando de malandragem, do jeitinho brasileiro, eu acho. O pessoal de classe média vive falando que lá fora tudo é melhor que no Brasil, que brasileiro não presta. Mas se um jogador de futebol (culturalmente inferior pra essa classe média) diz algo assim... sai de baixo!

Lúcia Soares disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Má disse...

Putz Lola, que chato!!!
É aquele troço que tava rolando no debate da MM (que é a autêntica polêmica aceita..), que no teu caso seria "não pode ser tb Tão polêmica assim " né..
Que foda memso!!

Já escutei na acedemia, (no caso os marxistas), que as vezes p conseguir fazer uma pesquisa vc precisa mudar um pouco o título por exemplo. Se não os orgãos não te dão nenhuma ajuda para sua pesquisa mesmo.

É triste, mas a maior parte da academia tb não é crítica não...

Te desejo boa sorte!!!
Abração

Serge Renine disse...

Aronovich:

Escrever crítica de cinema sem teoria não pode ser defeito. Suas critícas são muito boas. Isso jamais poderia te atrapalhar para conseguir um emprego.

Agora, ser: uma mulher gorda, de esquerda de forma declarada e feminista ferrenha, já é outra coisa.

Cris disse...

Acho suas críticas excelentes.
Talvez essas pessoas que têm "resistência" aos seus textos se assustem com sua postura claríssima (que para alguns pode parecr radical) em relação ao feminismo e preconceitos de modo geral.
Em um mundo machista como o nosso, isso assusta muitas pessoas, não só homens mas também mulheres.
Mas, retomando o post da arte, apartir do momento em que vc tiver que colocar rédeas nas suas posições, deixar de expor suas idéias para não assustar ninguém, elas perderão a graça, a intenção e tudo mais.
Dane-se quem não gosta.

Acho uma baita sacanagem alguém não conseguir emprego por causa de suas posições.
Parece muito claro que eles tem medo é das suas posiçõe spolíticas, da sua defesa excelente do feminismo como forma de vida. E estão usando essas outras desculpas pra não ter que falar o verdadeiro motivo.
Não é todo mundo corajoso como vc.

Adoro suas críticas. São engraçadas quando tem que ser, sérias quando o tema pede. E acho maravilhoso que vc não abra mão de seus ideiais quando escreve.
Acho que são crítícas ótimas , mesmo quando não concordo com sua opinião.
Elas levam a reflexão, e isso é ótimo.
beijos

Isabella disse...

que argumento ridículo, Lola! Não deixe que isso lhe deixe mal. Insista! Não é todo mundo que aprecia um bom texto!

Mari Biddle disse...

Serio, isso aconteceu contigo? Aconteceu, acontece, acontecera...olha Lola, tu sabe que isso sempre vai acontecer contigo. Eu amo as suas criticas tanto de cinema quanto "abram seus olhos, people! Aqui fala uma feminista"! Como diz mainha que da "esquete" em fila de banco atras de seus direitos: va em frente! Quem liga se te chamam de loucaquenaotemcreditoequeaopiniaopublicaenojaetcetals??? Serio, eu nem me imagino na sua situacao. Na sua pele...ter que ouvir asneiras como se vc tivesse que se adequar a um metodo, a um jeito pronto e acabado de falar de cinema e NUNCA falar de feminismo, por exemplo. Onde esse povo ta com a cabeca?

L. Archilla disse...

Mas é impressionante como algumas instituições odeiam a diversidade. Fui funcionária pública e sei do q eu tô falando. Ao menor sinal de pensar diferente, vc é jogado no limbo. E isso não tem nada a ver com trabalhar menos, questionar radicalmente as normas; basta fazer uma sugestão pro trabalho andar mais rápido, por exemplo. Vc se destacou da massa, adeus paz.

Júlio César disse...

É nessas horas que eu adoro ainda mais Sociedade dos Poetas Mortos.