sexta-feira, 22 de agosto de 2008

ESTRÉIAS DA SEMANA: OLIMPÍADAS 10 X 0 CINEMA

O Roqueiro Rainn Wilson: não faz barulho que eu quero ver as Olimpíadas!

Se eu ainda morasse em Detroit, este seria outro fim de semana que não me faria morrer de vontade de comparecer ao cinema. O verão acabou, e a temporada agora é de filmecos. Pra se ter uma idéia, a maior estréia nos EUA é uma aventura com o Jason Statham (Efeito Dominó). Em Death Race (que chega ao Brasil 24 de outubro com o título de Corrida Mortal), pelo que eu conferi no trailer, Jason faz as duas únicas expressões que conhece (cara de mau, e cara de eterna perplexidade, como se perguntasse: “Como que logo eu fui virar astro?!”). O diretor é o mesmo de outros sucessos de ação como Alien vs. Predador e Resident Evil, o que pra mim desconta pontos no currículo.

Tá, achou ruim? Os outros lançamentos americanos parecem ser ainda piores. Três comédias! Uma é The Rocker (O Roqueiro, estréia no Brasil 28 de novembro), que eu quase veria por causa do Rainn Wilson (o Dwight do The Office), mas devo enfatizar o quase. Outra é House Bunny (chega aqui 17 de outubro com o título Casa das Coelhinhas), com a Anna Faris, que eu mal sei quem é, interpretando uma coelhinha da Playboy que, depois de expulsa da mansão do Hugh Hefner, vira presidente de alguma sororidade. Parece super promissor, mas eu preferiria sofrer uma morte lenta a enfrentar isso. Posso dizer o mesmo de The Longshots (as zebras?), com o Ice Cube. Como o filme é sobre futebol americano, pode ser que não venha parar no quintal. Oremos. (Os críticos americanos aparentam estar de ressaca: o Metacritic considera todos esses lançamentos regulares, não péssimos. Penso que tá todo mundo prestando atenção nas Olimpíadas, e ignorando o cinema).

Em compensação, O Nevoeiro segue firme pra chegar ao Brasil semana que vem, Violência Gratuita ganhou sua terceira data de lançamento (5 de setembro), e À Prova de Morte, do Tarantino, tá marcado pra 17 de outubro. Será? Oremos, parte 2, a missão.

O que desembarca nas salas brasileiras neste final de semana é bem pouquinho, e não é de encher os olhos: o arrasa-quarteirão O Procurado (leia minha crítica aqui), o drama inglês Reflexos da Inocência, com o 007 Daniel Craig, e Um Crime Americano, trama com a Catherine Keener (Na Natureza Selvagem) como uma dona de casa que, na década de 60, aprisiona e tortura uma adolescente. Logo quem? A Ellen Page. Após Smart People e Juno, dois filmes que detestei, parece legal ver a Ellen ser torturada, mas não acho que Crime vai passar a 500 quilômetros de distância de mim. Ou seja, mais um fim de semana sem a maior diversão.

11 comentários:

Suzana Elvas disse...

Mas afinal de contas qual o seu problema com o futebol americano, hein? É o único esporte em que os americanos realmente mostram sua verdadeira essência!

Tomara que saia logo em DVD.

Liris Tribuzzi disse...

'Após Smart People e Juno, dois filmes que detestei, parece legal ver a Ellen ser torturada'

Caramba Lola, me deu até medo agora.

Santiago disse...

Lola:

A Maurren Maggi levou o ouro olímpico.

Isso sim! faz bem ao Brasil, faz bem a mulher, tanto a mulher brasileira, principalmente, quanto as mulheres do todo mundo.

É por isso que eu não apoio perdedores chorões com desculpas esfarrapadas; desvaloriza o feito de uma deusa grega clássica como essa Maurren Maggi.

Abaixo perdedores!

Parabéns Maurren Maggi! Símbolo da vontade forte e sangue frio, que tanta falta fazem aos brasileiros.

Kaká disse...

Eu vi Um Crime Americano, é daqueles filmes que te deixa um pouco passada com o que as pessoas são capazes de fazer. A Catherine Keener faz a mãe que recebe a Juno e a irmã para cuidar delas por dinheiro, e ela consegue um equilíbrio na personagem entre ser a louca (ou perturbada ou doente ou perversa, não estou achando a palavra certa), a sedutora e a mãe.

lola aronovich disse...

Su, du-vi-do que vc pegue The Longshots em dvd, mesmo gostando de futebol americano. Bom, Hollywood sabe que quando faz filminho com futebol americano como pano de fundo ou tema central, não vai ser um sucesso internacional! Por que será?


Brincadeira, né, Li? Sou contra a tortura em todos os casos. E acho a Ellen uma ótima atriz. E em Hard Candy era ela a “torturadora”.

lola aronovich disse...

Santiago, eu simplesmente não separo as pessoas entre vencedores e perdedores. A vida tem mais nuances que essa divisão que vc plagia dos americanos.


Kaká, é, eu vi a sinopse, e pareceu bem interessante. Eu até tinha colocado na minha lista da Netflix pra ver em dvd, mas só foi lançado em dvd nos EUA este mês, e eu já tava aqui no Brasil.

Andie disse...

Ei Lola! Aqui mais uma noticia sobre a suposta preocupacao com a saude dos gordos... pensei logo no seu artigo sobre a boate. Mas esse aqui eh ate pior, de certa forma. O que que voce acha?

lola aronovich disse...

Andie, esse tipo de “punição” aos obesos não é novidade. No Japão é muito mais sério, por exemplo. As empresas que não fizerem seus empregados emagrecer terão que pagar mais impostos. Então o que várias empresas farão? Despedirão funcionários gordos e/ou não contratarão ninguém acima do peso, lógico. Só que quando pensamos nos japoneses não os associamos com comedores de hamburger, mas de sushi, que é considerado muito saudável. Hmm... Então não é só a alimentação que faz as pessoas gordas?
Mas a alimentação ajuda a engordar em muitos casos. Pessoas pobres são mais gordas porque não têm acesso a verduras e frutas, que são mais caras. A gente vê nos EUA que a obesidade é muito comum entre os negros. Eles já são maiores, mais altos, mais fortes, e têm mais pré-disposição genética pra engordar. E, com o racismo que ainda segue forte nos EUA, mais pobres. Aí, se eles comerem direto nos KFC e Church's da vida, vão engordar mesmo. Aquilo é pura fritura, e não é saudável. Eu comi no Church's algumas vezes. Lembra que até passei mal? Não se trata de abolir alguns tipos de comida, mas comer “deep fried food” todo dia, ou toda semana, não faz bem. Mas um hábito desses é difícil de mudar, porque é algo cultural.
Gostei desse parágrafo na matéria: “A recent study suggested that about half of overweight people and nearly a third of obese people have normal blood pressure and cholesterol levels, while about a quarter of people considered to be normal weight suffer from the ills associated with obesity”. Ah, então a relação entre obesidade e doenças não é tão direta quanto a ciência vem dizendo há décadas? Como que 25% das pessoas de peso “normal” sofrem de doenças associadas à obesidade? E como que não são 100% dos obesos que estão doentes? Já faz tempo que dizem que gordo tem um pé na cova...
Eu não gosto desse projeto no Alabama, mas ele é melhor do que o que está sendo implantado no Japão. No Alabama, vc não vai pagar a mais automaticamente por ser gordo. Vai se estiver com índices de colesterol e glicemia elevados (imagino que os magros serão testados também, certo?). Pessoas com IMC acima de 35 que estiverem saudáveis não serão afetadas. De todo modo, é uma pressão muito grande pros gordos. E isso só vai se alastrar...

Nita disse...

Nossa Lola, você falou tanto de Nevoeiro que eu estou morrendo de vontade de assistir. E se te consola, meu fim de semana também foi totalmente privado de diversões. Até agora só estudei. Ah eh, e assisti as Olimpíadas, obviamente.

Anônimo disse...

O Nevoeiro mais do que confirmado. Pode preparando a crítica, Lola.

Por falar em Ellen Page, ontem vi Menina Má.com e ADOREI!

Lola, então, a Veja ta com uma promoção e vai lançar por semana um dvd por 13,90. Os filmes são MUITO BONS. Só posso comprar 10 dos 50 filmes. Vou te mandar a lista e você me diz quais você compraria, ok? Quem sabe da até um post aqui no blog.

Anônimo disse...

Ta ai a lista
http://www.assineabril.com.br/assinar/colecao-cinemateca-veja/

E um joguinho pra promover a promoção (não muito criativo, mas legal). É legal você ver esse link antes do outro, senão não tem graça.
http://www.cinematecaveja.com.br/